quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

O caminho do bem

                        ''Não te prendas ao passado material, mas sim as lições e virtudes que ele deixou em seu coração''. Espírito André Luiz.
                      Quem busca algo para transformar sua vida nas religiões espiritualistas e espíritas, encontra os ensinamentos de Jesus, a moral do Cristo é pura e universal. A maioria das religiões seguidas em nossa planeta, tem o Cristo como modelo e guia, pois em sua passagem pela terra deixou muitos ensinamentos e orientações espirituais.
                       Encontramos no Salmo 32:8 ''Instruir-te-ei e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir, guiar-te-ei com meus olhos''. Este versículo, carregado de ternura e sabedoria, reflete a promessa divina de orientação constante, algo que encontra eco nos princípios espíritas de aprendizado contínuo e auxílio dos bons espíritos.
                        No espiritismo, as escrituras sagradas são vistas sob uma ótica que transcende o literalismo, buscando seu significado espiritual e moral. Allan Kardec destacou que muitas das palavras do Cristo possuem sentidos velados que foram revelados a luz do espiritismo, como parte de um ensino progressivo da humanidade. A parábola do Bom Samaritano por exemplo, revela o ideal de amor ao próximo, que também é uma das bases da moral espírita. 
                         Voltando ao Salmo 32:8, assim como muitos outros textos bíblicos, ele sugere que Deus não apenas nos observa, mas nos guia através de meios diretos e indiretos. No contexto espírita, isso pode ser interpretado como assistência dos espíritos protetores, que segundo o livro dos espíritos, têm como missão nos orientar e auxiliar em nossa evolução.
                         A frase ''instruir-te-ei e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir'' evidencia a ação divina de ensinar, mas respeitando o livre arbítrio humano. Na doutrina espírita percebemos que o aprendizado é pessoal e intransferível.
                          Leon Dennis no livro o problema do ser, do destino e da dor nos diz: ''A vida do ser consciente é uma vida de solidariedade e liberdade. Livre dentro dos limites que lhe assinalam as leis eternas, faz-se o arquiteto do seu destino. O seu adiantamento é obra sua. Nenhuma fatalidade o oprime, salvo a dos próprios atos, cujas consequências neles recaem, mas não podem desenvolver-se e medrar senão na vida coletiva com o recurso de cada um em proveito de todos''.
                          Nesse sentido os espíritos superiores nos guiam, mas cabe a cada um de nós escolhermos o melhor caminho a ser seguido. Nada elimina a responsabilidade individual, ao contrário, tudo nos lembra que o aprendizado decorre de nossa interpretação dos fatos e acontecimentos. O plantio é livre, mas a colheita é obrigatória.
                          A moral espírita busca resgatar a essência dos ensinamentos do Cristo, enfatizando o amor, a caridade e ao fraternidade, propondo que a evolução moral e espiritual do ser humano seja contínua, exigindo esforço e compromisso de cada um de nós, para transformar nossos hábitos, pensamentos e sentimentos.
                          Somos seres espirituais vivendo uma experiência humana, todos passamos por dificuldades, mas é na dificuldade que aprendemos a ter resiliência, portanto, tenha paciência caso sua prova seja difícil, no final valerá a pena tudo o que você realizou, escolha seguir pelo caminho do bem e seja feliz.

quinta-feira, 27 de novembro de 2025

Nossa responsabilidade perante o envelhecimento da população

                   O passar dos séculos tem trazido novas realidades e perspectivas à humanidade. O ambiente, o modo de vida, as ciências, as tecnologias, enfim, tudo evolui a olhos vistos. As mudanças promoveram e ainda promovem, benefícios em todos os setores da vida humana. As consequências dos avanços levam a melhoria nas condições de vida da população em geral e também ao aprimoramento das técnicas e práticas em relação a saúde, bem estar e dos recursos. 
                   O envelhecimento da população é uma realidade que ocorre em diversos países, tornando-se uma das preocupações da organização mundial da saúde. Inúmeras ações são realizadas para dar suporte às comunidades de todo o planeta. Mas qual é a obrigação de nós como filhos, esposas, maridos e amigos de quem está envelhecendo?
                    Os cenários projetados apontam que o envelhecimento é uma tendência cada vez mais consolidada, sendo indispensável preparar pessoas para encarar e vivenciar a senilidade, afinal nós também estamos envelhecendo a cada novo dia.
                     Demonstrando a atemporalidade dos acontecimentos, a doutrina espírita nos instrui e prepara para essa fase tão desafiadora da vida, mesmo tendo sido codificada num período em que a perspectiva de vida era inferior à que temos hoje.
                     No evangelho segundo o espiritismo encontramos um texto sobre piedade filial: ''Honrar a seu pai e sua mãe não consiste apenas em respeita-los, é também assisti-los na necessidade, é proporcionar-lhes repouso na velhice, é cerca-los de cuidados como eles fizeram conosco na infância''.
                      Em o livro dos espíritos, na questão 685, Kardec indagou aos espíritos se o homem tem o direito de repouso na velhice, e a resposta foi: ''sim, que a nada é obrigado, de acordo com suas forças''. E continuou a questionar: o que há de fazer um velho que precisa trabalhar para viver e não pode. Obteve a seguinte resposta:''o forte deve trabalhar para o fraco. Não tendo este família a sociedade deve fazer as vezes desta. É a lei da caridade''.
                      Torna-se imprescindível promover esforços para o amparo, é claro que não é uma tarefa fácil, mas cabe a cada um de nós fazermos nossa parte. Devemos começar com os cuidados entre nossa família e vamos aos poucos ampliando com quem está por perto e para depois conseguirmos ajudar os necessidades em âmbito de sociedade.
                      ''Cada homem possui, com a existência uma série de estações e uma relação de dias, estruturado em precioso cálculo de possibilidades. Razoável se torna que o trabalhador aproveite a primavera da mocidade, o verão das forças físicas e o outono da reflexão, para a grande viagem do inferior para o superior, entretanto a maioria aguarda o inverno da velhice ou do sofrimento irremediável da terra, quando o ensejo do trabalho está findo''. Emmanuel
                       Que possamos ser mais caridosos conosco mesmos, com as pessoas que nos cercam e desenvolvermos empatia para com o sofrimento alheio. Lembre-se que estamos aqui vivendo temporariamente num corpo físico e logo retornaremos a nossa verdadeira vida que é a espiritual.

sexta-feira, 21 de novembro de 2025

Objetivos da reencarnação

                   A doutrina espírita nos ensina alguns pontos importantes que foram apresentados por Allan Kardec na codificação, na parte VI da introdução de O livro dos espíritos, ''em que destacamos que Deus o criador do universo, dos seres materiais e imateriais, animados e inanimados possibilita aos espíritos ocuparem temporariamente o corpo humano, e que tivessem que passar por incontáveis existências a fim de alcançar o aperfeiçoamento''.
                     A busca pelo aperfeiçoamento é que caracteriza a necessidade de encarnarmos, além de ''pôr o espírito em condições de suportar a parte que lhe toca na obra da criação''. Como se afirma na questão 132 de O livro dos espíritos, a imposição da encarnação feita por Deus ou pelas leis do universo, pode ser encarada como expiação ou missão para uns ou outros espíritos.
                      Além das experiências expiatórias, em nosso mundo estamos sujeitos a desempenhar missões que foram destinadas pela espiritualidade e aceitadas por nós no momento de nosso planejamento reencarnatório. Independente da evolução dos espíritos, são confiadas certas missões, tendo todos nós alguma utilidade para o desenvolvimento do universo. 
                    Seja no auxilio da evolução moral de outros seres encarnados ou ajudando no progresso de nossos irmãos, seja como bons espíritos ajudando a combater as más inclinações dos outros, sem importar se são grandes feitos ou aparentemente pequenas funções que desempenhamos. As nossas atitudes estão em conformidade com a nossa evolução e da sociedade ao qual vivemos, ou seja, todos estamos sujeitos a avanços e melhora moral.
                     Outra finalidade da reencarnação é dispor o espírito de condições de suportar o que lhe condiz na parte da criação. Todos somos instrumentos divinos que compõe a grande obra universal e estamos harmonicamente interligados na obra geral, a fim de cumprir com o que seja necessário para nossa evolução.
                      A nossa inclinação ao bem e ao cumprimento das leis divinas determina o nosso estado de adiantamento em direção ao objetivo de alcançarmos a perfeição. Por sermos criados simples e ignorantes, a luta e as tribulações da vida tendem a nos depurar e amenizar as torturas que ainda precisamos experimentar. Mesmo escolhendo os caminhos que nos conduzem ao bem, precisamos compreender que nossas imperfeições acarretam tormentas.
                       Devido a finitude da experiência corpórea a que ainda estamos sujeitos a experimentar, não seria possível à nossa alma depurar-se em apenas uma experiência a fim de alcançarmos a perfeição, sendo necessário, pela justiça divina, vivenciar novas experiências, caracterizando o sentido da reencarnação.
                        Considerando a lei do progresso, não podemos desconsiderar a reencarnação. visto que, não haveria justiça divina com aqueles espíritos mais primitivos que cometem brutalidades a milênios, nem mesmo com aqueles que cometem erros brutais ainda atualmente, pois somos todos filhos do mesmo Pai, o que não haveria de nos condenar eternamente às tormentas.
                        Devemos considerar a reencarnação apenas como um estado transitório do espírito, ao estar livre da matéria, encontrar-se-á em seu estado normal. Em A gênese, Kardec nos diz: ''o espírito só se depura com o tempo, sendo as diversas encarnações o alambique em cujo o fundo deixa de cada vez algumas impurezas''.
                        Que possamos valorizar a vida aqui no planeta terra, valorizar as oportunidade de melhora e buscar diariamente a evolução, pois essa é nossa grande meta de vida.
                     

 

terça-feira, 11 de novembro de 2025

Precisamos desenvolver a gratidão

                       Gratidão é um sentimento motivado pelo reconhecimento e pela valorização de benefícios recebidos ou de bons momentos vivenciados. Esses benefícios podem ser diversos, tais como: auxílios, favores, dádivas, graças, experiências positivas ou relacionamentos significativos.
                       Pode-se incluir ainda, como benefício uma situação aparentemente negativa, mas que evita um mal maior, denominada de coincidência, infortúnio, acaso ou milagre, tais como: perder um embarque de um avião que caiu depois da decolagem, estar envolvido em acidente grave que saiu ileso, ou outros acontecimentos que evitaram danos graves. Normalmente após situações como essas, as pessoas passam a ter uma nova visão da vida, valorizando o que antes não davam importância.
                        Parece meio contrassenso, mas a dor e o sofrimento podem ser, também, considerados benefícios para o sentimento de gratidão, quando esses efeitos suscitam em nós lições importantes, como ensinamentos valiosos e aprendizados renovadores, que nos motivam mudanças para a nossa melhor versão e o crescimento interior e nos estimulam a nossa melhora moral, intelectual e espiritual.
                        Há um ditado que diz: ''insanidade é fazer a mesma coisa repetidamente e esperar um resultado diferente'', para obtermos um resultado diferente será preciso mudar nossa forma de realizar as coisas, mudar nossa forma de pensar, agir e esperar. Lembre-se a mudança começa sempre no pensar.
                        Em vez de lamentar, reclamar ou rejeitar, podemos focar nos ensinamentos da adversidade para desenvolver resiliência e a gratidão pelas oportunidades renovadas. A mente que é grata, recebe os aprendizados e usa-os a seu favor.
                        Algumas pessoas mesmo recebendo benefícios, não os reconhecem como tal, pois são dominadas pelo sentimento de egoísmo, orgulho, soberba, indiferença, superioridade, inveja ou arrogância, que levantam barreiras impedindo a gratidão de florescer.
                        Esse tipo de pessoas acreditam que são merecedoras de tudo o que receberam, tratam os benefícios com menosprezo, como algo natural em retribuição pelo que são ou realizam, de certa forma se sentem superiores, pois acreditam que são merecedoras de tudo e que o resto do mundo não é.
                       A humildade está diretamente ligada à gratidão, pois o humilde reconhece que apesar de sua qualidades e talentos, possui limitações, e em algum momento, necessitará do auxilio do outro.
                  Na passagem evangélica de Mateus 6: 1 a 4 encontramos: ''Tende cuidado em não praticar as boas obras diante dos homens para serem vistas, pois do contrário, não recebereis recompensa de vosso Pai que está nos céus. Assim, quando derdes esmola, não façais tocar a trombeta diante de vós, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos homens. Digo-vos em verdade.que eles já receberam sua recompensa. Quando derdes esmola, não saiba a vossa mão esquerda o que faz a vossa mão direita, afim de que a esmola fique em segredo, e vosso Pai, que vê o que se passa em segredo, vos recompensará''.
                        O bem e a caridade devem se praticados em silêncio, sem ostentação e de maneira incondicional. A verdadeira recompensa está na ação realizada, de ter feito o bem pelo simples ato de doar-se sem esperar o reconhecimento do outro.
                          Desenvolver gratidão é saber esperar, é acreditar que tudo o que te pertence chegará até você, cedo ou tarde, é confiar na justiça divina e confiar em você mesmo. Aprenda a agradecer cada nova situação que surja no seu caminho, agradeça pela vida que possui, pelos bens, pelos amigos, pela família, pelo trabalho que lhe proporciona seu bem estar. Comece agradecendo no pouco que possui que logo estará agradecendo no muito que recebeu.
      

terça-feira, 4 de novembro de 2025

A importância do perdão

                   ''Então Pedro, aproximando-se, disse-lhe: Senhor, quantas vezes perdoarei ao meu irmão, quando ele houver pecado contra mim? Será que até sete vezes? Jesus lhe respondeu: Eu não vos digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes''. Mateus 18: 21-22.
                   O perdão é um dos principais ensinamentos do mestre Jesus. O perdão liberta o espírito das amarras do ódio e do ressentimento, sentimentos que podem causar desequilíbrios emocionais a até físicos.
                    Quando perdoamos interrompemos ciclos de vingança e ressentimentos, permitindo que o amor prevaleça. Com isso crescemos e evoluímos espiritualmente. Perdoar é
limpar o coração de sentimentos ruins, nos proporcionando paz interior.
                    Perdoar é um ato de sublime compaixão para consigo mesmo e para com o próximo que falhou com você durante a caminhada. O perdão é também um ato de compaixão com você mesmo, porque quando ficamos remoendo sentimentos de ordem inferior, oriundos de injustiça ou maldade que sofremos de alguém, esse sentimento negativo nos prejudica, pois passamos a vibrar emocionalmente uma energia densa, permitindo que o mal cometido pelos outros nos afete profundamente.
                     O importante é entendermos que o perdão não se limita somente aos outros, mas deve ser aplicado a nós mesmos. Ao nos perdoarmos, reconhecemos com humildade nossa condição humana e passível de erros. No entanto quando assumimos o compromisso de aprender com nosso erros e nos esforçarmos para não repeti-los, damos um salto quântico em nossa evolução e aprendizados.
                      O perdão nos permite curar feridas antigas, resolver conflitos e restaurar relações danificadas. Perdoar é um instrumento poderoso de transformação. Perdoar é um ato libertador, traz alívio para quem oferece tanto quanto para quem recebe.
                       Reconciliação não é apenas perdoar, mas buscar reparar qualquer mal entendido ou prejuízo causado, promovendo harmonia e bem estar.
                       Devemos reparar nossos erros e perdoar quem nos feriu, reconciliarmo-nos o mais breve possível nessa existência, para evitar que se prolongue para as próximas vidas. Pela reencarnação iremos retornar em meio às pessoas com as quais precisamos resgatar pendências. Reparar o mais breve possível para que não se prolongue após o desencarne e acabe iniciando um processo obsessivo.
                       Perdoar é mostrar que se tornou uma pessoa melhor. É ser caridoso e indulgente, fazer o que já nos foi ensinado por Jesus, quando aqui esteve. Perdoar não é esquecer, mas libertar nosso coração da mágoa e do ressentimento.
                       Como praticar o perdão e a reconciliação? Ao reconhecermos nossos erros, buscamos uma forma de não repeti-los. Precisamos desenvolver empatia, nos colocarmos no lugar do outro. A prece é uma ótima alternativa para o equilíbrio, ela alivia a mágoa e manda para longe os maus pensamentos. A prece nos fortalece na disposição de perdoarmos e nos reconciliarmos. É preciso buscar no diálogo o respeito para o entendimento.

quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Dor como forma de evolução

                ''Não causarei dor sem permitir que nasça algo novo''. Isaías 66:9
                 Nenhum de nós está livre da dor, este fardo faz parte do nosso processo evolutivo. O peso da bagagem é proporcional às nossas imperfeições. Desfazer-se dela é purgar o tanto que fizemos em desacordo com as leis divinas. Nossa visão, hoje é menos preconceituosa sobre a reencarnação do que era a um século, e isso é um bálsamo para todos, já que teremos oportunidades para uma devida reparação.
                 Essa realidade de podermos quitar nossas dívidas do passado, expande um horizonte de esperanças, onde teremos, gradativamente, o alívio das provas e expiações, com o discernimento que o tempo nos trás, adentraremos ao processo de consolo e calma emocional e espiritual. Nossa viagem rumo a evolução é contínua e ocorre gradativamente conforme nossa melhora moral e intelectual.
                  No livro'' O além e a sobrevivência do ser'' de Leon Dennis lemos: ''Sim, não obstante o desenfreado amor à matéria, característico dos tempos atuais, não obstante a luta ardorosa da vida, luta que nos arrebata em sua engrenagem e nos absorve inteiramente, a ideia do além se ergue a todo instante em nosso íntimo''. Esse sentimento inerente ao ser humano apresenta-se como sendo uma centelha divina a nos alertar quanto ao amparo constante que temos, face a misericórdia do Pai, que nos oferece seus mensageiros de luz para nos acompanhar.
                    Encontramos em Mateus 5:16 '' Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem o vosso Pai que está nos céus''. Essa assertiva nos remete por analogia ao diamante, que para reluzir precisa ser lapidado. As provas e expiações, para nós espíritos, são necessárias para que possamos galgar os patamares da evolução.
                    As dores e os sofrimentos decorrem de nossas atitudes e pensamentos, recaindo sobre nós o ônus da reparação. Esse processo penoso, mas regenerador, leva-nos à libertação. Para tal, devemos nos valer da fé, ancorada na esperança de que tudo passa e que precisamos cultivar sempre a resignação e a resiliência, que nos fortalecem nos passos da vida. Como já tão sabiamente nos disse Lya Luft ''O tempo não é apenas um devorador de horas, mas um enfermeiro eficiente''.
                   A dor tem o seu princípio pedagógico, ela nos ensina nas vicissitudes, deixando a lição quando nos apercebemos de que é preciso mudar nossos rumos. É óbvio que ninguém gosta de sofrer, mas se buscarmos compreender de forma mais acurada, ou seja, com cuidado e zelo tudo o que nos acontece, não raro, encontraremos de forma sutil algo que nos alerta.
                    A dor surge para deixamos de lado tudo o que não é de extrema importância e nos voltarmos para nós mesmos, ou seja, devemos olhar para dentro, observar nossos sentimentos, nossas atitudes e reações, por isso que a dor é uma forma pedagógica de evoluirmos, pois ela nos ensina a valorizar o que realmente é importante, que é nossa essência.

                   

              

quinta-feira, 23 de outubro de 2025

Cuidado, algumas ajudas podem ser armadilhas

                      Nem toda ajuda vem do amor e algumas feridas nascem de gestos que pareciam inocentes. Como reconhecer que o apoio de alguém é uma armadilha disfarçada? 
                    Existe um tipo de dor que pega você desprevenido. Aquela que vem de onde menos esperamos, das mãos que se estendem oferecendo socorro, dos rostos que sorriem oferecendo apoio, das vozes que dizem ''estou aqui para você''. E então, quando você já está vulnerável, confiante, aberto, percebe que caiu numa cilada cuidadosamente armada. 
                     Nem toda mão estendida quer te levantar. Algumas querem apenas te puxar para baixo. Isso parece pessimista demais? Talvez. Mas ignorar esta realidade pode custar caro demais. Principalmente quando essas pessoas estão dentro da sua própria casa, sentadas na mesa de jantar, conhecendo cada fraqueza nossa desde a infância, podem ser amigos de longa data ou que acabamos de conhecer.
                     Esse tipo de pessoa domina uma arte perturbadora, parecem incrivelmente prestativas. Chegam antes que você peça por ajuda. Elas sussurram conselhos, nos dão um ombro amigo, fazem favores pequenos que te deixam em débito emocional. Constroem uma imagem de salvadoras, enquanto, tecem a rede que vai te prender.
                     O que torna tudo mais difícil é que elas não são grosserias. Não chegam gritando ou ameaçando. Pelo contrário, elas são amorosas, ou pelo menos parecem ser. Tentam ocupar um lugar especial em nossas vidas, são quase insubstituíveis. 
                      A empatia que demonstram é uma performance. Estudada, calculada, convincente. Mas se você prestar atenção, vai notar algo estranho. Existe um peso no ar quando elas estão por perto. Uma sensação de desconforto que você não consegue explicar. Seu corpo sabe antes que sua mente que algo está errado. Nossa intuição nos alerta, mas tendemos a não dar ouvidos.
                      Existem pequenos sinais que gritam silenciosamente. Tem algumas coisas que denunciam essas pessoas, mesmo quando a máscara está bem colocada. Primeiro, a ajuda deles sempre tem um preço invisível. Pode não ser dinheiro. Pode ser sua liberdade, sua autoestima, sua paz. Essas pessoas costumam fazer favores geralmente em nosso momento mais difícil, viramos devedores. E vão cobrar cedo ou tarde.
                      Segundo, elas tendem a criar o caos para chegar com a solução, alimentam conflitos entre outras pessoas, espalham mal entendidos, plantam dúvidas para poder chegar como mediadoras generosas. É como atear fogo na casa para depois oferecer um copo de água, esperando gratidão eterna.
                      Terceiro, elas estudam você nos mínimos detalhes. Observam suas fraquezas, seus medos, seus desejos. Guardam essa informação para ser usado no momento certo, quase sempre de nossa maior fragilidade. Querem nos ver vulneráveis, de preferência submissos. 
                      Quarto, essas pessoas inventam situações com maestria. Se você questiona, vira um ingrato. Se você se afasta, vira frio. Se você reclama, vira louco. Elas são vítimas eternas nas próprias narrativas e você acaba sendo o vilão da história. 
                       Quinto, e talvez o mais revelador. Outras pessoas ao redor dessas vivem diminuídas, confusas, sempre se desculpando. Sempre duvidando de si mesmas, sempre cansadas. Ninguém tem grande importância na vida dessas pessoas. É como se a presença delas sugasse a energia de todos ao redor.
                        Esse tipo de pessoa é um destruidor emocional ou como a psicologia chama de psicopata. Sente prazer em manipular, em dominar e deseja que a gente fique dependente emocionalmente e às vezes até financeiramente. A melhor forma de identificar essas pessoas é focando no autoconhecimento, desenvolvendo amor próprio.
                        Quando estiver frágil emocionalmente, fisicamente e financeiramente tente se aproximar de pessoas que já conhece, busque por amigos confiáveis, não aceite ajuda de estranhos duvidosos. Você é especial e amado pela espiritualidade superior. Confie nos seus instintos de sobrevivência e valorize quem fica ao seu lado em todos os momentos. Eu estou a disposição para ter ajudar com palavras amigas e verdadeiras.

quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Todos possuímos o direito de escolher, mas arcaremos com as consequências de nossas escolhas

                   No espiritismo aprendemos que somos os arquitetos do nosso próprio destino.  Através do livre arbítrio, fazemos escolhas diariamente e essas decisões desencadeiam consequências que moldam nosso futuro espiritual. Esse é o princípio fundamental da lei de causa e efeito, mas como essa relação funciona? E de que maneiras podemos utilizar nosso livre arbítrio para promover nossa evolução?
                    O livre arbítrio é a capacidade de tomar decisões de forma consciente e independente. Diferente dos instintos que guiam os animais, o ser humano tem a liberdade de escolher entre o bem e o mal, de seguir diferentes caminhos e assumir as consequências dessas escolhas. No entanto essa liberdade vem acompanhada de responsabilidade. Como nos ensina o espiritismo ''a cada um será dado segundo suas obras''. Mateus 16:27.
                      A medida que evoluímos e desenvolvemos moralidade, nosso discernimento também se aprimora, permitindo melhores escolhas, focadas na razão e deixamos gradativamente a emoção de lado. As emoções quando são nossas prioridades sempre nos prendem, decisões em que a razão e as emoções andam juntas são sempre assertivas.
                     A lei de causa e efeito ou do retorno é um dos pilares do espiritismo. Segundo essa lei, tudo o que fazemos gera uma reação proporcional, ou seja, tem consequência. Boas ações resultam em experiências positivas, enquanto atitudes negativas trazem consequências que devem ser reparadas.
                     Essa lei não é um castigo, mas um mecanismo pedagógico que nos auxilia na evolução. O sofrimento, muitas vezes, é a oportunidade de aprendizado e reajuste espiritual. O espírito colhe aquilo que plantou, seja nessa encarnação ou nas vidas futuras.
                     Como o livre arbítrio e a lei de causa e efeito se relacionam? O livre arbítrio nos dá o poder de decidir, para o certo ou para o errado; a lei de causa e efeito nos ensina com base nas escolhas que fazemos. Se tomamos decisões impulsionadas pelo egoísmo, pelo orgulho e pela maldade, naturalmente colheremos experiências que nos ensinarão os efeitos dessas condutas. Da mesma forma, quando praticamos o bem, acumulamos méritos espirituais e atraímos experiências mais equilibradas para a nossa jornada terrena.
                     No entanto, a lei divina é sempre justa e misericordiosa. Quando reconhecemos nosso erros e buscamos corrigi-los com sinceridade, temos a oportunidade de modificar nosso destino e acelerar nossa evolução espiritual.
                      Como fazer escolhas conscientes para um futuro melhor? Diante da liberdade de escolher, é importante refletirmos sobre nossas atitudes e buscarmos agir com sabedoria. Algumas práticas podem nos ajudar:
                      *Autoconhecimento. Refletir sobre nossos pensamentos e ações, poderá nos ajudar a tomar decisões mais conscientes e racionais, fazendo com que se inicie a transformação interior.
                      *Estudo do evangelho. O conhecimento espiritual nos orienta a agir de acordo com a leia divina. Desenvolver a espiritualidade é desenvolver discernimento.
                      *Prece e sintonia espiritual. A oração e a busca por bons pensamentos favorecem nossa conexão com espíritos bem feitores, acalmando nosso coração e mente.
                      *Prática da caridade. Agir com amor e fraternidade gera efeitos positivos tanto para nós quanto para aqueles que auxiliamos.
                      * Resiliência e aprendizado. Diante das dificuldades, é essencial compreendê-las como oportunidades de crescimento.
                       Podemos concluir que o livre arbítrio é um presente divino, que nos permite construir um futuro melhor. No entanto, devemos usá-lo com responsabilidade, pois a lei de causa e efeito nos ensina que cada escolha trás consequências. A busca pelo bem, pelo amor e pela evolução espiritual nos leva a uma jornada mais harmoniosa e iluminada. Que possamos a cada dia fazer melhores escolhas que nos aproximam da paz interior e da verdadeira felicidade espiritual.
                     

sexta-feira, 10 de outubro de 2025

A morte segundo o espiritismo

                        "Muitos daqueles que o mundo leva para cá e para lá, entre sofrimentos físicos, psicológicos e psiquiátricos, com mentes em conturbação, são vítimas de si mesmos e a todos nós cabe ação favorável, por misericórdia.'' Yvone do Amaral Pereira.
                      A morte é a certeza que nos vê nascer. A partir do instante que somos concebidos, a morte passa a ser parte inexorável da vida, eis que não há dentro de nós, quem permaneça encarnado eternamente. Vida e morte são sempre interligadas.
                      Morrer é viver uma pausa entre as nossas diversas tentativas de evolução, uma bolsa de ar onde deixamos a materialidade que nos pesa, retornando ao plano espiritual, que é nossa verdadeira casa, a fim de recarregarmos as energias para uma nova incursão evolutiva.
                      A vida material é dolorosa para o espírito que verdadeiramente somos, uma prisão recheada de provas, expiações e complicações que não raramente, nos tiram a paz que tanto desejamos que nos faça companhia. Durante a vida, o espírito se acha preso ao corpo pelo envoltório semimaterial ou perispírito. A morte é a destruição do corpo somente, não desse invólucro, que do corpo se separa quando a vida se estingue.
                      Mas, a morte não é o fim, a morte não é nenhuma interrupção, nem a cessação da vida, mas uma transformação, sem solução de continuidade.
                      O fato de morrermos fisicamente significa tão somente uma mudança, fazendo com que nosso espírito retorne ao plano imaterial. A vida segue pulsando, nós seguimos vivos, só que em outro espaço.
                        Essa transformação não ocorre da mesma forma para todos os espíritos, sendo a passagem da vida física para a espiritual, uma experiência particular de cada um, levando-se em conta diversos fatores. No livro dos espíritos encontramos a seguinte citação: ''A observação demonstra que, no instante da morte, o desprendimento do perispírito não se completa subitamente, que ao contrário, se opera gradualmente e com uma lentidão muito variável conforme o individuo.''
                         Portanto, a morte física acontece diferente para cada individuo. A chegada ao plano espiritual também, afinal nem todos vão direto para um hospital, nem todos são amparados imediatamente pelos bons espíritos, pois isso depende de como vivemos aqui na terra, nossas ações definem o lugar para onde iremos após a morte física.
                          Para alguns de nós será apenas a saída da prisão que chamamos de corpo. Sim, pois o espírito anseia pela liberdade, o corpo material é como um cárcere durante nossa estadia aqui no plano físico. O corpo é o instrumento que nos permite atravessar as dificuldades da vida terrena, então, de acordo como livro dos espíritos '' em uns é bastante rápido, podendo dizer-se que o momento da morte é o da libertação, com apenas algumas horas de diferença.''
                          Entretanto há entre nós aqueles que levam uma vida mais apegada aos prazeres que a materialidade proporciona, sendo, portanto, apegados aos bens materiais, vícios e paixões humanas, que fazem com que o desprendimento do corpo físico seja mais demorado. Ali não há vida física, apenas afinidade do espírito com a matéria, fazendo com que ele tarde a deixar o veiculo que não mais pode lhe atender.
                         O espiritismo nos pede o raciocínio da fé, e é por ele que podemos compreender que quanto mais formos apegados ao corpo que temos ou às coisas que angariamos ao longo da vida, mais nosso espírito encontrará dificuldades no momento de abandonar essa encarnação.
                          Novamente socorre-nos o livro dos espíritos: ''É, com efeito, racional conceber-se que, quanto mais o espírito se haja identificado com a matéria, tanto mais penoso lhe seja separar-se dela, ao passo que a atividade intelectual e moral, a elevação dos pensamentos que operam um começo de desprendimento, mesmo durante a vida do corpo, de modo que, chegando a morte, ele é quase instantâneo.''
                          Precisamos valorizar a vida,valorizar os aprendizados e nossa moral, dessa forma conseguiremos nos desprender do corpo físico sem dor ou sofrimento. Comece hoje mesmo sua mudança interior, pois você merece uma vida plena e cheia de novas possibilidades.

terça-feira, 30 de setembro de 2025

Da ilusão para a busca da espiritualidade

                           Será que o ser humano vê as coisas e a vida como elas realmente são? A ilusão das coisas é uma percepção falsa, inadequada, parcial e incorreta de um estimulo sensorial existente, em que a mente interpreta mal aquilo que observa, sente ou ignora, criando uma visão subjetiva que não corresponde à realidade objetiva ou alguma esperança com fundamento.
                         Pode haver ainda a distorção de um estado mental em que os desejos se confundem com a realidade. Na ilusão, criam-se entendimentos, imagens e fantasias, ludibriando a consciência que se conflita com a verdade.
                         Acredita-se que ideias, pessoas, coisas, informações, opiniões, pensamentos, dentre outros tantos, são absolutos, racionais e lógicos. Nos sonhos ilusórios, nos esforçamos para materializa-los, e quando não conseguimos realiza-los, sofremos com a desilusão, frustração e decepções de todo tipo. 
                         Os iludidos querem receber aquilo que desejam, seja das outras pessoas ou da vida, esperam que o mundo ao seu redor haja da forma como eles acreditam ser real. Essa é a maior de todas as ilusões. Dessa forma a nossa consciência fica iludida por ilusões que impossibilitam a nossa auto percepção, isso dificulta o contato com a realidade das coisas e situações.
                          A ilusão pode nos conduzir a fascinação, que é um estado mental de auto engano com uma atração dominadora e encantamento irresistível. Ou seja, perdemos o entendimento da realidade. 
                         A fascinação paralisa o senso crítico e a capacidade de julgamento de qualquer pessoa, tornando-a cega com a ilusão reinando plenamente, impedindo-nos de enxergarmos a falsidade ou o absurdo daquilo que a cativa.
                         Neste estado, a pessoa pode aceitar ideias estranhas ou ridículas, agindo sem perceber que está sendo enganada. A fascinação física e emocional abre portas para a fascinação espiritual, colocando a vítima sob controle mental intenso, fazendo-a acreditar que não é enganada, fugindo à realidade, cujo processo é de difícil tratamento para voltar ao normal.
                          A pessoa fascinada é atraída pelo ego, pelo orgulho e pela vaidade, que a iludem pela auto admiração e pela auto valorização externas em detrimento da percepção da realidade. Quando se chega nesse estado a ajuda tem de vir de fora, pois interiormente a pessoa já está dominada pela fascinação. Neste caso deve-se buscar ajuda em lugares espíritas ou espiritualistas para ser feita uma desobsessão.
                             As ilusões servem, também, como mecanismos de defesa contra a realidade amarga, para nos poupar de dores momentâneas, nos deixando presos na irrealidade. Precisamos aceitar a realidade como ela realmente é, sem pensarmos em fugir de nossas obrigações.
                          Contudo, não é fácil renunciar às ilusões sem se conscientizar que alegrias e sofrimentos não estão nos fatos e nas coisas da vida, mas sim, como nossa mente encara as dificuldades. 
                          Dessa forma, usamos os mecanismos de defesa, consciente ou inconscientemente para evitar ou reduzir os efeitos, as coisas e os fatos indesejados da vida. Entretanto, quando a realidade se estabelece, o ser humano é tomado pela desilusão e quedas temporárias.
                          O iludido pelos bens transitórios ignora o que seja essencial em sua vida, permanecendo em estado de sono para a sua realidade adormecida. Essa realidade fundamenta-se na imortalidade espiritual da qual todos precisamos evoluir na busca de nosso destino em pluralidade de existências para alcançar a felicidade da paz de espírito na conquista do infinito.
                           O verdadeiro sentido espiritual será percebido quando conseguirmos atingir certo grau de consciência da própria realidade, que transcende a forma física, transitória e experimental. A crença ilusória de que tudo é eterno no mundo físico conflita com a realidade universal de transformações incessantes que ocorrem nesta e nas vidas que já vivemos, tudo é transitório, menos o espírito e os ensinamentos.
                            Portanto comece a se livrar desse peso morto que é a ilusão, você é muito mais que um corpo cheio de emoções e sentimentos, você é essência divina vivendo temporariamente no planeta terra. Desperte para a vida espiritual, desenvolva autoconhecimento, amorosidade com suas imperfeições e principalmente senso crítico e seja racional em suas emoções.
                          

terça-feira, 23 de setembro de 2025

Compreensão profunda da fé

                     Quem é espiritualizado tem uma compreensão diferente da fé, o espiritismo permitiu que eu conseguisse desenvolver uma compreensão mais racional e lógica sobre a fé. Diferente de uma fé cega, baseada apenas na aceitação de dogmas, o espiritismo codificado por Allan Kardec, defende uma fé raciocinada, ou seja, uma fé que se apoia na razão, na observação e coerência com os ensinamentos morais de Jesus.
                     A fé é um sentimento inato dos seus destinos futuros, é a consciência das grandes faculdades depositadas em germe no seu interior, a desabrochar e crescer pela ação da vontade. A fé raciocinada não rejeita a razão. Fundamenta-se na verdade, não compactuando com a mentira e diverge na fé cega que tudo aceita. (Freire, 2021)
                     Fé não é só acreditar em Deus, é uma força viva e transformadora que nos impulsiona a mover montanhas e nos dá coragem de sempre seguir em frente. No evangelho segundo o espiritismo, capitulo 19 encontramos: ''Pode a fé ser raciocinada ou cega. Nada examinando, a fé cega aceita sem verificação, assim o verdadeiro como o falso e a cada passo se choca com a evidência e razão. Levada ao excesso produz o fanatismo. Já a fé raciocinada, se apoia sobre os fatos e a lógica''.
                      A fé inabalável segundo o espiritismo, não é ausência de dúvidas momentâneas, nem negação da dor. É antes, a capacidade de manter a confiança no bem maior, mesmo quando tudo em nossa volta parece desabar.  Ela não se desespera diante das provas da vida, porque compreende que tudo tem um sentido e um tempo certo no plano divino.
                       A fé é a força que nos move, a luz que inspira e poder que nos capacita a tornar possível o que, aos olhos da dúvida, parece inalcançável. Ao colocarmos a fé em prática, tudo começa a fluir conforme deve ser, precisamos entender que não temos controle sobre tudo o que nos acontece, mas a fé nos ajuda a receber as dádivas com calma e serenidade.
                       É preciso cultivar em nossos corações uma fé serena, que não se abala diante dos desafios, nem recusa diante dos obstáculos que a vida nos apresenta. A fé raciocinada é aquela que caminha lado a lado com a razão, uma fé que busca compreender, que se aprofunda no saber, que questiona, que reflete e se fortalece no entendimento.
                       No espiritismo aprendemos que a fé não deve ser imposta, mas construída pelo entendimento. Através do estudo das leis espirituais, da reencarnação, da evolução moral e da comunicabilidade dos espíritos, o individuo começa a compreender os porquês da vida, e essa compreensão fortalece a fé.
                       Como fortalecer nossa fé: com esforço, estudo, reflexão e prática diária. Reserve um tempo para a prece sincera. Busque luz nas obras espiritas e espiritualistas. Reflita com o coração aberto sobre os ensinamentos e permita que eles floresçam em sua vida. Viva a caridade com gestos simples e cultive o amor ao próximo caminho de transformação e fortalecimento de fé.

terça-feira, 16 de setembro de 2025

A importância dos pensamentos motivacionais em nossa vida

                       Pensamentos motivacionais tem uma importância gigantesca em nossas vidas, moldando não apenas a nossa perspectiva em relação a tudo, mas também nosso comportamento, nossas decisões e até mesmo em nossa saúde mental e espiritual.
                      Em um mundo onde desafios e adversidades são inevitáveis, manter a mente direcionada faz uma diferença enorme em nosso equilíbrio. Sem falar que ao pensarmos positivo tendemos a nos inspirar a alcançar nossos objetivos para vivermos uma vida plena e significativa.
                      O poder dos pensamentos positivos começa em nossa mente. Nossos pensamentos criam a base para nossas emoções, ações e resultados. Pensamentos motivacionais nos ajudam a enfrentar as dificuldades com coragem, a manter o foco nos objetivos e a cultivar uma visão otimista, mesmo em tempo de incertezas.
                      Pensamentos positivos tem a capacidade de afastar emoções negativas, como medo, ansiedade e pessimismo. Eles funcionam como âncoras para a positividade, ajudando-nos a lidar melhor com situações estressantes e a manter a calma diante das adversidades. Este é um grande impacto em nossa saúde mental.
                      Quando alimentamos nossa mente com mensagens positivas e inspiradoras, fortalecemos nossa autoestima. Os pensamentos motivacionais nos lembram de nossas capacidades, do nosso valor e da nossa capacidade de superar qualquer obstáculo, isso influência em nossa autoconfiança.
                       A prática constante de pensamentos motivacionais pode reprogramar nosso subconsciente. Isso é extremamente importante porque o subconsciente governa grande parte de nossas decisões diárias. Ao substituir essas crenças limitantes por pensamentos positivos, abrimos espaço para o crescimento pessoal e profissional.
                       A motivação é um combustível que nos impulsiona a agir, mesmo quando as circunstancias não são favoráveis. Ela é essencial para superar os desafios que surgem em nossa vida, para mantermos a persistência de alcançar nossos sonhos. No entanto, a motivação não surge automaticamente, ela precisa ser cultivada, e os pensamentos motivacionais são uma ferramenta poderosa nesse processo.
                      Quantas vezes adiamos algo importante por medo do fracasso ou falta de energia? Os pensamentos motivacionais ajudam a quebrar esse ciclo, nos lembrando do porquê de nossos objetivos e da importância de agir.
                       A vida está cheia de altos e baixos, mas a resiliência nos permite seguir em frente, independente das dificuldades. Pensamentos motivacionais nos dão força para encarar os desafios como oportunidades de aprendizado e crescimento.
                      Quando estamos motivados, trabalhamos com mais foco e entusiasmo. O pensamento positivo elimina distrações e nos ajuda a manter a energia necessária para concluir tarefas importantes.
                       Pesquisas na área da psicologia positiva mostram que pensamentos positivos podem alterar a química do cérebro, liberando hormônios como o dopamina e serotonina, que estão associados a felicidade e ao bem estar. Além disso estudos indicam que pessoas que cultivam pensamentos motivacionais tem maior probabilidade de alcançar metas e são mais resilientes diante as adversidades.
                       A visualização positiva de um objetivo, cria um senso de clareza e propósito. Isso motiva a mente subconsciente a buscar soluções criativas e a atrair oportunidades que ajudam na realização deste objetivo. Crie o hábito de pensar positivo, crie em sua mente o mundo que você deseja, somos cocriadores de nosso mundo interior e exterior. 

terça-feira, 2 de setembro de 2025

A mente cria e transforma

                      Habitamos um corpo elétrico, nossa mente é composta por milhares de sinapses e neurônios. O ser humano é um feixe de energia pensante. Energia essa que existe ilimitada no universo cósmico e nós a absorvemos sem ao menos percebermos. 
                     Segundo o conceito espírita, os princípios que regulam a vida no universo, depois do grande criador que podemos chamar de Deus ou Essência Divina, existe a matéria e o espírito, e nós fazemos parte dessa criação, somos espíritos vivendo alternadamente na matéria e no plano espiritual. É na matéria que aprimoramos nossas habilidades, nosso intelecto e nossas mais profundas capacidades.
                      Se acreditamos nessa informação e eu acredito, vale a pena considerar que somos feixes de energia e cada um de nós vibra numa intensidade energética. Cada ser vivo vibra dentro de um determinado quadro, de um determinado espectro, que faz com que essas energias pulsem e essa pulsação de energia que nos compõe é a nossa vibração, ela é única.
                       Nossos pensamentos, ações e reações interferem na nossa vibração, podendo baixa-la ou aumenta-la. Por isso é tão importante nosso equilíbrio. Nós somos os responsáveis pelo bem estar e ninguém mais. Portanto, cuide de seus pensamentos, as ações definem quem somos e as reações só nos desequilibram, quem pensa de forma racional tende e não reagir. Reações em casos de forte emoção são sempre prejudiciais para nós e para quem é o alvo dessa reação.
                         Quantas vezes nós damos vazão a certos hábitos psíquicos que nos levam ao fundo do poço por pura vaidade? Baixamos nossa vibração por motivos fúteis e desnecessários, geralmente levaremos dias para voltarmos para aquela energia boa de antes do episódio. Nós somos os nossos maiores incentivadores ou os que destroem completamente o equilíbrio. Preste atenção a forma como você encara vida e as dificuldades. 
                          Há também determinadas situações que fazem a nossa frequência ficar mais baixa, mexendo com a qualidade de ondas cerebrais, fazendo com que nossa vibração oscile, isso fará com que a gente deixe de se alimentar normalmente, podendo gerar doenças e mal estar físico. Nossa energia regula o bem estar físico, portanto não se deixe abater por qualquer motivo.
                        Para mantermos nossa saúde e adquirimos maior bem estar precisamos controlar os pensamentos, devemos adotar certas disciplinas na vida e a maior disciplina é a mental. Pois a mente é quem regula, administra e equilibra nosso bem estar emocional, físico e espiritual.
                       Para manter a mente calma devemos ler sobre o assunto, meditar ou silenciar a mente para podermos ouvir as nossas intuições, fazer o bem e viver com bons pensamentos.  O equilíbrio é algo que deve ser conquistado e aprendido com a prática do cuidado mental. Quem manda em você é a sua mente equilibrada ou seu ego adoecido?
                      Sua mente pode criar saúde ou doença, tudo depende de como você a está alimentando. Alimente sua mente com alegria, generosidade, empatia, amor e o resultado será o equilíbrio.

sexta-feira, 29 de agosto de 2025

A fé pode mover montanhas ou nos afundar em um monte de terra

                     É verdadeiramente bela a teoria que diz que a fé nos torna mais fortes. Contudo, nem sempre. Há gritantes diferenças entre uma fé serena e amadurecida e uma fé adoecida e sem bases sólidas. É sobre essa divisão que devemos refletir.
                  Ter fé é acreditar que existe uma força superior nos protegendo, que sustenta nossos passos, nos guiando por um caminho melhor ao longo da estrada da vida que quase sempre é cheia de percalços e desafios. Crer é deparar-se com um início da estrada pouco iluminado, mas com a certeza que o que nos espera no final dessa trajetória é a realização de nossos desejos mais profundos. A fé nos faz caminhar e enfrentar os desafios com a certeza que tudo dará certo.
                   A fé nos trás um caminhar sereno e maduro, que podemos chamar de confiança na espiritualidade, não importa o nome dado ao poder celestial, seja Deus, Javé, Buda ou Krishna, o que realmente importa é nossa fé unida a certeza de realização. Quem de nós pode responder com certeza absoluta quem é Deus ou se ele não está em tudo e todos?
                   Quando Kardec na codificação da doutrina espírita pergunta aos espíritos superiores quem é Deus, a resposta foi ''a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas, soberanamente justo e bom'', entendemos que a ele agrada a fé que une e constrói recantos de paz. A Deus ou a Divindade Suprema agrada a adoração sincera, o que sai direto de nosso coração, o sentimento mais puro e desinteressado, não é preciso palavras bonitas ou decoradas, somente aquilo que está em nosso coração.
                   A um pai soberanamente justo e bom importa que seus filhos tracem um caminho reto, sem desvios desnecessários na vigilância de si mesmos, no amor, na fraternidade e na caridade. Deus sendo Deus não se apega a forma, mas sim ao conteúdo.
                   Jesus em sua passagem rápida pelo planeta terra nos diz ''Nem todo o que diz Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus''. Ele veio nos trazer o conhecimento e entendimento de que Deus não pune ninguém, Deus é pai amoroso. Suas lições seguem incompreendidas e ignoradas até hoje.
                   Jesus, assim como tantos outros avatares que já viveram no planeta terra, nos trouxe uma lição de amor ao próximo, de amor ao Pai Celestial, de bondade e caridade. Se buscarmos em todas as religiões que ainda existem, encontraremos na essência de cada uma delas as mesmas palavras que Jesus nos trouxe, ou seja, não importa a denominação, mas sim o conteúdo.
                   Se nós conseguíssemos aprender e praticar só um pouquinho do que nos é ensinado, estaríamos andando por caminhos melhores. Mas, ao contrário, até hoje ainda preferimos os atalhos, caminhos esses que nos levam a doenças emocionais e físicas, sem falar nas dores espirituais. Realmente ainda somos crianças espiritualmente falando. 
                   Num país, grande como o nosso, onde existem muitas diferenças culturais, muita diversidade de religiões e seitas é imperdoável ainda ter preconceito com determinada religião, afinal Deus é pai de todos. O Brasil é o celeiro religioso do planeta, pois cada uma das religiões do mundo estão aqui e devemos conviver em harmonia e respeito.
                   Que a nossa fé transporte montanhas e nos enterre embaixo de uma. Adquira conhecimento, respeito e viva sua crença religiosa de forma simples e harmoniosa com as pessoas ao seu redor e com o mundo em geral. Lembre-se que estamos aqui, mas não somos deste tempo e lugar. Nossa verdadeira casa é o universo.

quarta-feira, 20 de agosto de 2025

Curiosidade sobre outras vidas

                     Quem nunca teve curiosidade de saber como era sua vida passada que atire a primeira pedra. A curiosidade faz parte de todos os humanos, alimenta a fantasia de muitos e o fato de querermos saber sobre nosso passado por pura curiosidade faz com que o universo não realize nosso desejo. Se ainda fosse por uma boa causa, como por exemplo tentar resolver os equívocos do passado, aí seria algo interessante.
                    No capítulo VII de o livro dos espíritos encontramos a necessidade do esquecimento do passado. ''Em nosso estado atual evolutivo, é proposital a inexistência de lembranças precisas sobre nossas experiências anteriores, pois se assim não fosse, estaríamos expostos a gravíssimos inconvenientes. Em alguns casos, as lembranças poderiam nos humilhar extraordinariamente, em outros, exaltar nosso orgulho e vaidade''.
                    Allan Kardec nos diz que se quisermos saber como éramos, basta examinarmos as nossas tendências instintivas de hoje. Tendências boas expressam progresso moral.Tendências más explicitam orgulho e vaidade, cabendo-nos o esforço do auto melhoramento por meio de ações equilibradas. Nem precisamos refletir muito sobre este assunto é só fazermos uma pequena reflexão e percebermos que ainda precisamos mudar e aprender muito.
                    Em casos específicos há utilidade em conhecer experiências passadas, porém sempre com seriedade e jamais para satisfazer uma curiosidade vã. Atualmente podemos utilizar a terapia de vidas passadas, objetivando sanar transtornos e desconfortos psicológicos, presentes por meio da revivência de experiências traumatizantes do passado. A cartase gerada atua favoravelmente na vida atual do individuo, alterando padrões de comportamentos nocivos para outros mais adequados.
                     No meio espírita e espiritualista existem muitos adeptos em buscar no passado a solução para algo que incomoda no presente, isso não é do todo errado, o problema é acessarmos o passado e não trabalharmos de forma correta para trazermos para o presente a solução e não como ainda acontece muito, a pessoa volta para cá com muito mais dor e sofrimento. Portanto escolha bem seu terapeuta, ele precisa ser ético e moralmente qualificado para acessar esse conteúdo e trabalha-lo da melhor forma possível.
                      Recebo muitos pacientes que foram nesses pseudos terapeutas e ficaram pior. Infelizmente uma boa parte da população quer resolver o problema de forma simples, sem mudança interior e sem esforço nenhum. Lembre-se, você está mexendo com sua mente e seu estado emocional. Vai aceitar qualquer terapeuta?
                      Diferentemente do que algumas tradições orientais que tentam identificar personalidades relevantes a própria religião, como os budistas fazem à procura do Buda reencarnado, não existe qualquer motivo útil para as buscas especulativas. A vida que estamos vivendo é a presente, portanto precisamos tratar o que nos incomoda na atualidade, se surgir algo do passado, tratamos da mesma forma.
                     O estudo e desenvolvimento da espiritualidade liberta nossas consciências e esclarece sobre as reais necessidades dos seres que estão atualmente humanos, mas lembre-se, somos seres espirituais vivendo uma experiência humana. Todos reencarnamos para continuar a progredir moralmente, intelectualmente e emocionalmente, nossa maior missão é refletir sobre as conquistas e os erros, pois já passamos por inúmeras encarnações. Hoje somos melhores que ontem e trabalhamos para amanhã sermos melhores que hoje.