quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Vamos abrir nossa mente para o mundo

         -Eu vim pra cá, para ser feliz, aproveitar a vida, curtir tudo o que o mundo tem de bom, não me importo se tiver que viver da boa vontade alheia, acho que obrigação dos outros me ajudar...

         Foi com essa frase que uma pessoa começou a falar comigo, eu estava fazendo um trabalho voluntário, sempre que posso, participo de um grupo que se reúne para levar alimentos a moradores de rua. Lá ouvimos histórias muito interessantes, de pessoas que já sofreram muito, outras que abandonaram seus lares por motivos sérios, mas foi a primeira vez que encontrei alguém que estava feliz com a vida na rua....
        Ele se identificou com o nome de Sérgio, tinha em média 30 anos, boa aparência, jeito de malandro, sabia falar muito bem, provavelmente estudou, dava-se para perceber que não era alguém sem instrução. Conhecia muitas cidades, vários estados e até países da América Latina, disse-me também que desde seus 20 anos estava ''nesta vida'', e que não trocava por nada.
        Depois que fomos embora, eu fiquei a refletir, como pode alguém gostar de viver assim? Sem casa, sem trabalho, sem família....
        Pra ele isto é liberdade, não era sofrimento nenhum depender da boa vontade dos outros para se viver, percebia-se até que ele achava quase que uma obrigação nossa ajuda-lo.
        Aí eu fiquei a me perguntar, será que sou eu que vivo presa em preconceitos e modo de vida antiquado? Ou estou tão acostumada com esta vida que não aceito alguém querer viver diferente?
        Nós somos criados para estudar, trabalhar, criar uma família, envelhecer e morrer; quando alguém decide quebrar estas barreiras e fazer diferente, nosso primeiro instinto é achar errado, mas será que temos que ser todos iguais?

        Estamos em um estágio evolutivo do planeta e da moral em que cada um tem o direito de pensar diferente, e é nosso dever aceitar pois senão daqui a pouco seremos nós os que não evoluem por ter a mente fechada......Fica a dica....

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