''No princípio me deslumbrei com a possibilidade de estar fora do corpo, embora só aos poucos dei-me conta que a situação era irreversível. Conseguia ouvir os pensamentos das pessoas no velório, familiares pensando em como fazer a divisão dos bens; tudo junto me fez perceber que as coisas não são exatamente como eu pensava.''
''Nunca havia imaginado o quanto era cômico conseguir ouvir os pensamentos dos outros, observar as fisionomias tristes das pessoas, mesmo quando seus pensamentos eram diferentes. Tenho a impressão de estar em um sonho maluco, desses que ao acordarmos temos a certeza que nada era real.... Mas eu não estava sonhando, estava morto.''
''Aos poucos surgia um sentimento de saudade, uma certa gratidão pelo corpo que estava repousando no caixão. Mas ao mesmo tempo, meu cérebro estava a todo vapor, eu imaginava que ao morrermos nosso cérebro pararia, ledo engano; mil coisas passavam pela minha mente, vi minha vida toda em meus pensamentos como se fosse um filme.''
''Como seria minha vida de morto vivo daqui pra frente? Será que deverei aprender tudo de novo? Ou o aprendizado vai conosco?''
''Eram muitas perguntas, mas de uma coisa eu tinha certeza, sofrer não faz parte de minha jornada.... Já pensava assim quando estava vivo, e como eu continuo vivo, nada mudou... Vi algumas pessoas vindo na minha direção, estava claro pra mim que elas podiam me ver, fiquei feliz, afinal tinha certeza que eu não era o único a sobreviver a morte, pois não sou especial.''
''Reconheci meus avós entre essas pessoas, fiquei extasiado, pois eles haviam morrido quando eu ainda era criança, nos abraçamos muito. Como é bom abraçar... Não é igual de quando estamos vivos, mas tão prazeroso quanto. Me convidaram para ir com eles e como eu estava atoa, fui...''
Esta é a história de Luis Carlos, eu o conheci num hospital no mundo espiritual, mas ele não estava sendo tratado, pelo contrário, estava ajudando a pessoas que desencarnaram com a ilusão de que a vida termina. Lindo trabalho o dele, de levar consolo e amparo aos que precisam, indiferente da crença de cada um, o amor é universal...
''Aos poucos surgia um sentimento de saudade, uma certa gratidão pelo corpo que estava repousando no caixão. Mas ao mesmo tempo, meu cérebro estava a todo vapor, eu imaginava que ao morrermos nosso cérebro pararia, ledo engano; mil coisas passavam pela minha mente, vi minha vida toda em meus pensamentos como se fosse um filme.''
''Como seria minha vida de morto vivo daqui pra frente? Será que deverei aprender tudo de novo? Ou o aprendizado vai conosco?''
''Eram muitas perguntas, mas de uma coisa eu tinha certeza, sofrer não faz parte de minha jornada.... Já pensava assim quando estava vivo, e como eu continuo vivo, nada mudou... Vi algumas pessoas vindo na minha direção, estava claro pra mim que elas podiam me ver, fiquei feliz, afinal tinha certeza que eu não era o único a sobreviver a morte, pois não sou especial.''
''Reconheci meus avós entre essas pessoas, fiquei extasiado, pois eles haviam morrido quando eu ainda era criança, nos abraçamos muito. Como é bom abraçar... Não é igual de quando estamos vivos, mas tão prazeroso quanto. Me convidaram para ir com eles e como eu estava atoa, fui...''
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