Nem todos querem ser ajudados

       Eu usava roupas longas e um véu cobrindo meu rosto, estávamos em um pequeno prédio, dois andares no máximo, era um hospital; pela estrutura muito simples e com muitas dificuldades, pois o atendimento era bem precário. Não sei dizer que cidade era, mas certamente era no oriente, por causa das vestimentas.

      A equipe da qual eu fazia parte era muito grande, estávamos ali para tentar remover o máximo de pessoas do local, fomos informados que uma bomba explodiria logo. Tentávamos contato telepático com alguns enfermeiros e também com os doentes que tinham uma percepção maior ou uma mediunidade, por esse motivo usávamos as roupas parecidas com as deles, para não assustá-los.
      Fazer contato mental com qualquer pessoa não é fácil, mas com essas era muito mais difícil pelo fato que eles não acreditam em intuição ou mediunidade, mas nem por isso deixávamos de tentar. Se fosse no Brasil teríamos tido mais sucesso.
       Nosso coordenador conseguiu fazer contato com um dos médicos que é vidente e o alertou sobre o incidente que ocorreria em breve. O médico tentou alertar a todos dizendo que recebeu informação de uma possível bomba, mas as pessoas não acreditaram muito. Algumas saíram do hospital e ficaram do outro lado da rua, mas a grande maioria não fez nada.
       Como nossos esforços para tirar as pessoas de lá não tiveram exito, tentamos a segunda alternativa, deter os homens bombas, nos aproximamos deles, que eram cerca de seis jovens rapazes, sendo que dois estavam com as bombas presas aos corpos, tentamos persuadi-los a desistir da empreitada, mas eles estavam muito bem protegidos por campos de contenção energética maligna. Estavam também em um quase transe, não viam nada e nem ninguém, estavam orando em silêncio para que Deus os recebesse com glorias pelo sacrifício que fariam.
       Nesses momentos a gente se sente muito fraco, pois não poderíamos fazer muita coisa, ninguém queria a nossa ajuda. Decidimos criar uma barreira de contenção ao redor destes soldados para que morresse o mínimo de pessoas, a intenção era dizimar o hospital e não deixar nenhuma pessoa viva.
       Mentalizamos o campo de proteção usando técnicas de magnetismo e poder mental quase no mesmo instante que a bomba explodiu, conseguimos conter a explosão numa pequena parte do hospital, mas infelizmente muitos morreram e pelo menos uma centena ficou ferida.
       Enquanto fazíamos a barreira eu pude sentir no meu corpo astral um forte calor seguido de muito pó, ainda bem que não estávamos com nossos corpos físicos, pois eles seriam destruídos. Essa é uma das vantagens de se trabalhar desdobrada....

       Felizmente conseguimos atenuar o desastre e muitos se salvaram, segundo nosso coordenador poderia ter sido melhor, pois as pessoas se esquecem de orar e mesmo ao receberem uma intuição, não a seguem....
       Queridos amigos, ouçam seus corações e suas mentes, pois quando estiverem em consonância poderão lhes mostrar o caminho do bem; procurem conhecer e estudar tudo o que lhes parecer desconhecido e confiem mais no poder amoroso do Mestre Jesus....Só assim seremos pessoas melhores....