terça-feira, 10 de maio de 2022

Quando a mente está doente, o corpo padece

                A cada ano milhares de crianças nascem, ficando mais evidente que nada acontece por acaso. Atualmente uma em cada 160 crianças que nascem, tem algum tipo de TEA-Transtorno de Espectro Autista. Há duas décadas eram 2 ou 3 crianças a cada 10.000 que nasciam com TEA. Porque isso está mudando? Será nossos hábitos ou algum alimento que provocou essa mudança?
                Existem estudos científicos atestando esse aumento, mas no fundo o que realmente acontece é que hoje em dia prestamos muito mais atenção a crianças do que algumas décadas atrás. A tecnologia unida a mídia e a medicina faz com que seja detectado ainda na infância qualquer tipo de transtorno, ajudando dessa forma a diminuir o sofrimento das famílias, fazendo-as entender que é preciso uma adaptação e entendimento da doença para poder conviver em harmonia com quem tem TEA.
               O autismo é considerado um espectro por apresentar quadros, sintomas e graduações diferentes em cada caso, afinal somos pessoas únicas, não existem duas pessoas iguais, assim como não iremos encontrar dois autistas parecidos. Esse transtorno afeta muito mais meninos do que meninas, mas isso a ciência ainda não entendeu o motivo.
                Em linhas gerais, a criança ou o adulto que é diagnosticado com TEA, apresenta algum distúrbio neurológico, afetando a comunicação e socialização, além de mostrar um padrão de comportamento que se repete e na maioria das vezes se limita a coisas de seu interesse. Por esse motivo, muitos diagnósticos são difíceis, pois variam muito. 
                Darei um exemplo clássico de como o autismo passou por muitos anos despercebido por nós. É comum em muitas famílias e grupos de amigos, uma determinada pessoa ser chamada de teimosa, possuir algum comportamento diferente do restante, gostar de isolamento, falar pouco e ser muito inteligente. Na minha infância lembro de ouvir que determinada pessoa era tímida, por isso brincava sozinha e raramente saia do quarto, muito provável possuía algum nível de espectro autista.
                O autismo pode variar do grau mais grave ao mais leve, deve ser diagnosticado somente pelo psiquiatra e o neurologista, após muitos exames e consultas para eliminar qualquer dúvida. A ciência ainda não conseguiu descobrir ao certo o que causa esse transtorno, mas admite-se que haja fatores diversos que podem estar associados a genética, ambientes e a biologia, mas nada ainda é 100% de certeza.
                O que é certo é que somos espíritos reencarnando sucessivamente no planeta em corpos e vivências únicas para aprendizado. A terra passa por uma transição, ou melhor, por uma ebulição de sentimentos, emoções, doenças e tecnologia, tudo pode ser mudado a qualquer momento, mas precisamos ter em mente que independente do transtorno, todos estamos no mesmo barco, tentando atravessar esse mar chamado encarnação.
                Um espírito que tem a necessidade de reencarnar com TEA, precisa fazer uma reestruturação mental, devido a comportamentos inadequados que foram praticados em existências anteriores, sobretudo no que diz respeito às relações humanas. A justiça divina nos diz que ao praticarmos o mau uso de nossas potencialidades e emoções, devemos vivenciar o outro lado da moeda para valorizarmos as boas ações.
                Se olharmos com profundidade para alguém que possui esse transtorno, veremos que existe uma grande falta de empatia, geralmente carregado com orgulho e até frieza nas emoções e decisões. Alguns autistas são totalmente desprovidos de emoções e sentimentos, mas são atraídos pelos prazeres carnais e determinadas situações por instintos de sobrevivência. As vezes podemos ter a sensação que eles são até meio robotizados, fazem algo por obrigação ou treinamento. 
                Em casos em que o transtorno é mais grave, é comum o autista imergir em seu próprio mundo, alheio a tudo ao seu redor, talvez essa seja a forma que esse espírito encontrou para fugir da realidade, das cobranças em sua mente, dos erros que cometeu. Ele deseja fugir, esquecer e se manter nesse estado sonambúlico, muito provável só reencarnou porque foi obrigado.
                Quando nossos erros se tornam volumosos e nos afetam  de formas dolorosas, é comum nascermos com alguma doença para nos ajudar na mudança rápida e definitiva. A espiritualidade nos ajuda a transformar nossa próxima encarnação em um grande laboratório, onde seremos obrigados a mudar, independentemente da situação ou necessidade, precisamos acolher esses irmãos, trata-los com amor, empatia e respeito, para que possam desenvolver essas emoções em seu intimo e assim se libertar das cobranças e medos.
                  O espírito que experimentou as limitações que o corpo físico oferece dentro do espectro autista, quando regressa a pátria espiritual, deixa o corpo físico para trás, mas leva gravado em sua mente as novas vivências e reestruturação mental. Ao retomar suas faculdades adormecidas, percebe a mudança e entende a oportunidade que lhe foi dada.  As leis universais são justas, não existe cobrança sem erro. Somente o amor dissipa uma multidão de pecados. 

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