segunda-feira, 14 de novembro de 2016

O nascer de um espírito

       
 Desde a primeira publicação do livro dos espíritos, onde Kardec com o auxilio dos espíritos amigos, nos deixou bem claro que a centelha divina aportou no mundo mineral totalmente inconsciente, estagiou no reino vegetal e animal, para a partir daí desenvolver sua lenta evolução ao longo dos milênios incontáveis, até adquirir rudimentos de consciência e se aperceber de sua existência.
         Numa fase mais avançada, quando já começou a compreender melhor a vida, cheio de dureza, severidade e hostilidade do meio, com maior grau de consciência, começa a questionar sua existência, sua finalidade, seus problemas e seu destino.
         Agora, já espírito reencarnante angustia-se, olha para os espaços infinitos onde julga ser a morada dos deuses e se pergunta:
         -De onde eu vim?
         -O que estou fazendo aqui?
         -Para onde vou?
         Alguns refletem mais e constroem diversas respostas, outros, refugiam-se na negação, nos caminhos religiosos, nas teses filosóficas ou científicas; mas não satisfeitos, continuam buscando como viver melhor, como evoluir mais depressa e com o menor esforço, com menos dor e menor sofrimento, com mais proveito, mais rapidez, harmonia e felicidade.
         Com tantas perguntas e querendo que a vida seja sempre fácil e prazerosa, acabamos caindo num ciclo vicioso onde as depressões e fobias acabam por nos derrubar num buraco cada vez mais profundo.
         Queremos evoluir, mas sem muito esforço, queremos ser pessoas boas mas sem tratar o mal que ainda nos domina. Isso só ocorre, porque na verdade conhecemos muito pouco dos fenômenos de origem espiritual e as propriedades do psiquismo, temos pouco ou nenhum conhecimento deste tema e acabamos por ignorar o poderoso gigante adormecido que dormita em nossa intimidade espiritual.
          Na atualidade, não temos mais dúvidas de onde viemos, o que estamos fazendo aqui, e para onde a vida está nos conduzindo, porem necessitamos saber como aproveitar melhor nossas potencialidades e oportunidades de crescimento, para vivermos melhor e resgatar nossos antigos erros de consciência e enfim sermos felizes.
          A iniciativa, a decisão e a tarefa de resgate é pessoal e intransferível. O estudo continuo e a reforma íntima só depende de nós. Os acomodados, cautelosos e sem coragem, serão estimulados pela dor e sofrimento.
          Como você quer evoluir, pela dor ou pelo amor?

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