terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Como desenvolver sabedoria?

                     ''Ninguém nasce sábio'', já diz um provérbio e isso é verdade. Todos os seres humanos nascem neste mundo com o fim de aprenderem algo. Se precisamos aprender qualquer coisa é porque ainda não somos sábios. Até o mestre Jesus, enquanto criança não era reconhecido como sábio. Diz o evangelista: ''Jesus crescia em sabedoria e idade''. Portanto a sabedoria foi se manifestando nele com o passar dos anos.
                      Jesus passou por muitos maus momentos até desenvolver sabedoria, mesmo quando passou pelo batismo no rio Jordão, precisou combater as tentações personificadas por satanás. Se Ele que nasceu para ser alguém especial e modificar a forma como agimos e vemos o mundo passou por provações, imagina nós que ainda estamos tentando encontrar um caminho a ser seguido.
                      Quanto tempo precisou Buda para descobrir a fonte da sabedoria? Ele cujo o nome significa sábio ou iluminado. Não foi no esplêndido palácio real, não foi entre os gozos e prazeres, nem mesmo nos banquetes, nem no meio dos aduladores ou servos prestimosos, que ele conseguiu adquirir sua iluminação. Mas também não foi no isolamento que essa iluminação baixou sobre ele.
                       Nos seus primeiros 29 anos de vida, o jovem Sidarta viveu uma ilusão de prazeres e sentidos físicos, por sete anos precisou lutar contra as visões astrais, até que por fim reconheceu que não conseguiria a iluminação se abstendo de alimento e com sofrimento corporal, desistiu desses métodos e tratou de abrir a mente. Só então sentiu-se mergulhado pela luz da sabedoria eterna. Após olhar para seu interior, acessou seu passado espiritual e adentrou ao conhecimento das encarnações, extinguindo seus desejos egoísticos e se desvencilhando de seus problemas cármicos.
                      Se Ele que era a reencarnação do Buda passou por tudo isso, imagina nós que não conseguimos nem perdoar uma fechada no trânsito. O que precisamos fazer ou deixar de lado para adentrarmos ao conhecimento espiritual?
                      São dois os caminhos que nos levam ao pleno conhecimento da verdade, que é ao mesmo tempo a verdadeira sabedoria. Um deles é o caminho do saber e o outro, o caminho da fé. O primeiro caminho foi-nos ensinado pelo budismo e o segundo pelo cristianismo. Não pense que estes dois caminhos são contrários um do outro, ambos levam para o mesmo lugar, e se unem antes de chegar ao deu fim.
                       Ambos são necessários, porque cada alma precisa percorrer este caminho, mas não precisa faze-lo na mesma encarnação. Aqueles que já estão no caminho da mudança, já desenvolveram faculdades racionais, outros já desenvolveram mais o coração, isto é as faculdades sensitivas, Fica evidente que o primeiro caminho desenvolve o saber e o segundo caminho a fé, agora só falta unir os dois caminhos na mesma pessoa.
                       O primeiro também é chamado de caminho da razão, aprender a observar o universo e descobrir nele uma única lei que rege todos os acontecimentos, unindo-os numa harmoniosa unidade. Para o budismo isso se chama lei de carma, lei de casualidade ou lei de causa e efeito. Explica os mistérios da aparente injustiça moral e a existência de uma verdadeira justiça universal.
                        Já no cristianismo aprendemos o segundo caminho, o da fé ou caminho do coração, nos apresenta o universo como sendo um ser supremo, um Deus criador e eterno legislador. É a fé inabalável que precisamos desenvolver cedo ou tarde.
                        Para o verdadeiro sábio, não há diferença existencial entre esses dois métodos de conhecimento. Ambos são apenas dois aspectos de uma mesma coisa, como os discípulos dos dois mestres já o perceberam. 
                        O caminho que nos guia a iluminação, que esclarece todas as dúvidas e nos enche de imperturbável sentimento que de existe uma infinita sabedoria, que é ao mesmo tempo infinita bondade, o criador e legislador do universo, nosso pai, o imortal ideal, exige que passemos um bom tempo caminhando pela senda da razão e um outro tanto pela senda do coração. Deixando de lado a ilusão dos bens materiais, das paixões e dos vícios apra nos dedicarmos ao eu interior.
                       Não estou dizendo que não devemos cuidar do corpo, muito menos desprezar a matéria e seus gozos lícitos, até porque aquele que se afasta de tudo, sentirá falta, mas devemos cada vez mais mantermos o equilíbrio, desenvolvendo a razão e a emoção, as duas devem andar juntas, uma apoiando a outra, uma complementando a outra.
                      Aprenda a valorizar o que realmente tem valor, seu bem estar emocional vale muito mais do que roupas caras e joias. Você é um espírito numa jornada de aprendizados e aprimoramento. Valorize cada degrau que foi vencido, cada novo dia é uma nova oportunidade de mudanças e aprendizados.
                       

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