Buscando o equilíbrio emocional

         As doenças emocionais fazem parte das estatísticas na atualidade, estudos mostram que um grande número de pessoas sofre de algum distúrbio emocional, a depressão é a que está no topo dessa lista, seguida pela ansiedade e falta de motivos para viver. Os jovens são os que mais sofrem, afinal ainda não desenvolveram equilíbrio emocional suficiente para conseguir lidar com essas mudanças tão significativas.

         Os distúrbios emocionais são muito mais que tristezas, medos, inseguranças e falta de desejo pela vida, é deixar de sentir vontade de ser ou querer a felicidade, perder o prazer por tudo, não conseguir tomar decisões, perder a esperança, se afastar de tudo e todos, querer estar isolado para não precisar dar satisfação e muitas vezes tentar tirar a própria vida. O que faz um pessoa entrar nesse ciclo destrutivo?
          Enquanto a ciência e algumas terapias complementares pesquisam como libertar a humanidade dos distúrbios emocionais, existem algumas iniciativas que podem ser tomadas que nos ajudam a não cair no poço das desilusões. A primeira coisa que devemos fazer é mudar nossos pensamentos, troque o pessimismo e vitimismo por otimismo. Ninguém nasce pessimista, pensar de forma negativa é coisa que se aprende e pode ser esquecida. Apague de seu cérebro todo e qualquer pensamento negativo, crie o hábito de trocar as palavras ruins por boas.
           Quando algo sair errado, não se ache incompetente, pense que é um caso isolado e não generalizado. Reconheça e aceite que nem tudo é culpa sua, os outros também erram e prejudicam os que estão próximos. Lembre-se que tudo pode mudar a qualquer momento, amanhã será um novo dia cheio de novas oportunidades.
            As vezes o dia amanhece chuvoso, frio e escuro, mas como num passe de mágica as nuvens escuras mudam de lugar e o sol aparece brilhando intensamente, aquecendo tudo, secando as poças de água e tudo está belo outra vez, nós podemos ser o sol em nossa vida. Com a mudança de pensamentos criamos um mundo novo.
            A segunda mudança que precisamos fazer para nos mantermos bem é aprender a relaxar mais. Programe seu dia para ter momentos de descontração, leia bons livros ou artigos, respire ar puro, ouça músicas que acalmem o coração e os pensamentos. Saia para um passeio sem local definido, olhe as crianças brincando na praça.

            Deixe o sol acariciar seu rosto e o vento desarrumar seu cabelo, fique minutos olhando para o céu, para as plantas. Cheire as flores, corte a grama, apare as árvores, plante uma flor, sinta-se útil fazendo algo inesperado. Vá ao teatro, cinema e bate papo com amigos, diversifique suas formas de lazer, saia da monotonia.
            A terceira mudança de seu estado emocional é procurar por apoio, tire de sua mente o medo de psicólogo, psicanalista ou terapeutas. Eles estudam muito para poder nos ajudar e estão ali para nos ouvir e ajudar no que for necessário. Falar sobre seus sentimentos é muito importante para permanecer em equilíbrio.
            Procure por ajuda espiritual, vá a um templo religioso, se reconecte, encontre forças para levantar, aceite a mão amiga que está querendo te ajudar. Muitas vezes perdemos a oportunidade por medo de nos mostrarmos fracos, ninguém é forte o tempo todo, aceite isso e estará a um passo da melhora.
           A vida é preciosa demais para não ser vivida em sua totalidade. Produza coisas e pensamentos positivos, aceite que a felicidade é sua companheira. Ame-se acima de tudo, ame seu corpo, sua vida, sua família. A vida só faz sentido se tivermos amor.

Quem tem medo de espíritos?

            Ouço muito as pessoas se queixarem que sentem medo dos espíritos, de vultos ou barulhos durante a noite, como ter medo de espíritos se nós também somos. A única diferença é que temos um corpo físico e denso e eles vivem em outra dimensão.
           Os espíritos nada mais são do que nós após a morte física. Eles permanecem individualizados com o corpo fluídico ou espiritual, cada crença tem um nome especifico. Os espíritos não são detectáveis através dos cinco sentidos humanos, mas são vistos, ouvidos e sentidos pela alma.

          Eles vivem em outra dimensão, não perdem sua fisionomia, nem seu pensar, só mudam de lugar, vivem em grupos, estudam, trabalham, se alimentam. Para nós que estamos acostumados com o mundo denso acreditamos que no mundo dos espíritos tudo é sutil, não é bem assim, existe matéria também, só é diferente da nossa. Qualquer espírito pela sua vontade poder agrupar moléculas e se fazer visível, num futuro quando deixarmos de sentir medo, todos poderemos visualizar e interagir com o plano espiritual.
           A materialização de espíritos ou objetos, não tem nada de sobrenatural, é um fenômeno facilmente explicado pela física ou ciência que sempre estudou os diversos estados da matéria ou energia. Existe uma condensação tal qual as moléculas da água que estão no ar, na maioria das vezes não as vemos, mas estão lá, com o frio intenso, essas moléculas se condensam e viram flocos de neve.
           Os espíritos podem graduar a intensidade de condensação e se deixar ver por uma ou mais pessoas em um ou mais lugares. Jesus após a crucificação usou essa técnica e apareceu para centenas de pessoas que podiam toca-lo e senti-lo, mesmo ele sendo espírito desencarnado.
            Qualquer espírito pode se fazer visível, é preciso uma grande quantidade de moléculas e energia para que isso aconteça, por isso é mais comum que determinadas pessoas vejam, por exemplo, os videntes tem essa faculdade desenvolvida, conseguem visualizar facilmente. Mas nada impede que o espírito estude e aprenda a usar um número maior de moléculas e consiga aparecer para quem não tem mediunidade.

            As pessoas que desenvolveram certas aptidões em outras vidas, nascem com maior facilidade, existem os médiuns de efeitos físicos, raros na atualidade, que conseguem através de um transe doar seu ectoplasma para os espíritos se materializarem. O ectoplasma é de natureza fluídica e maleável, sai pelos orifícios superiores do médium, tornando-se tangível, ou seja, pode ser modelado em forma de objetos ou de pessoas, mas não pode ser tocado, pois deverá retornar para o copro do médium, afinal é a energia vital do mesmo, podendo debilita-lo ao ponto de adoecer ou até mesmo morrer.
             É importante deixar claro que, seja na visualização ou aparição, o espírito escolhe se aparece por inteiro ou parcial, podendo ser de forma rápida como um flash de luz, ou mostrando somente a cabeça. Eu particularmente tenho um acordo, só aparecem parcial, para que eu não confunda com os encarnados e sem falar que é muito menor o desgaste energético do espírito.
             Creio que o que mais interessa nesse assunto é o despertamento para a realidade espiritual, já passou da hora de acreditarmos em milagres ou coisas fantásticas, não existe morte, apenas separação temporária, os que se foram estão muito mais vivos do que nós. Abra sua mente, aprenda a ver, ouvir e sentir tudo o que circula ao seu redor, somos energia e ela vibra intensamente.
             

A caridade da língua

         ''De uma mesma boca procede bênção e maldição. Se não tiver caridade, nada sou...'' Paulo, apóstolo.
         Paulo que ficou conhecido como o apóstolo dos gentios, deixou claro que aquela altura dos acontecimentos e da compreensão, todos já possuíam instruções, não haveria mais necessidade de alerta-los ''quanto a caridade fraternal que deveria vigorar entre eles, visto que já estavam instruídos por Deus que deveriam amar-se uns aos outros''. Na caridade fraternal inclui-se também a caridade da língua.
         Outro apóstolo escreveu sobre isso, Tiago nos diz: ''todos tropeçamos em muitas coisas, se alguém não tropeça em palavras, o tal é perfeito e poderoso para também refrear todo o corpo. Ora, nós pomos freios na boca dos cavalos, para que nos obedeçam, e conseguimos dirigir todo o seu corpo. Assim também a língua é um pequeno membro, por vezes se gloria de grandes coisas. A língua também é fogo, ela está posta entre os nosso membros, e contamina todo o corpo, inflama o curso da natureza e é inflamada pelo inferno.'' A língua, ou melhor, a boca pode pedir benção ou maldição, pode ajudar ou caluniar.
         Quantos males já foram feitos a partir de um comentário? Quantas tristezas a nossa língua pode nos trazer?
          No meio espírita fala-se muito em caridade, alguns acreditam que caridade é doar o que está sobrando, o que não faz falta, mas caridade é muito mais do que doar roupas e alimentos. A maior caridade é não julgar, não caluniar, não difamar.
         Como podemos acalmar nossa língua e mente, afinal as vezes nossa boca não fala, mas nosso cérebro fala, grita e amaldiçoa. Emannuel ensinou a Chico Xavier a colocar água na boca para não falar, isso porque Chico era uma pessoa amorosa, nós não somos exatamente amorosos, só a água não resolve. Então, o que fazer?
         Aprenda a tranquilizar a mente, sempre que tiver vontade de falar, coloque água na boca e mude seus pensamentos, que tal usar psicologia reversa? Em vez de xingar mentalmente, comece a elogiar, pense coisas boas, faça uma oração, se imagine abraçando quem lhe fez mal.
         É obvio que na primeira tentativa será difícil, mas com o tempo você aprenderá que sua mente é plástica, pode ser moldada conforme sua vontade. Crie o hábito de agradecer cada ser que convive com você, agradeça e envie boas energias para todos que estão ao seu lado, comece vendo somente o melhor de cada criatura, não observe os defeitos morais ou intelectuais, seja caridoso e amoroso com todos.
         Deixe sua língua longe dos falatórios, só abra a boca para elogiar ou ajudar, quando for possível abrace em vez de falar, essa é a verdadeira caridade.

Quanto tempo ficarei no mundo espirital?

           Nascer, crescer, procriar, envelhecer e morrer, essa é a lei da vida no planeta terra. O que acontece depois da morte física? Quanto tempo ficamos no plano espiritual? O tempo é contado da mesma forma que aqui na terra?
           São muitas as perguntas e dúvidas que temos em relação ao plano espiritual e a vida do lado de lá, uma coisa é certa, depende da disponibilidade, vontade de aprender e da evolução de cada um, não existe um tempo específico, cada caso é um caso.

           Kardec na codificação da doutrina espírita, chama de estágio na erraticidade o tempo ou a vivência no plano espiritual. Podemos ficar alguns anos ou milênios, tudo depende das nossas necessidades e opções. Em média ficamos mais tempo lá do que aqui na terra, isso sem falar que o tempo no plano espiritual passa diferente do nosso no plano físico.
           Tendemos a ficar maior parte de tempo no plano espiritual até por questões de disponibilidade reencarnatória, a população desencarnada é bem maior do que a que está vivendo aqui na terra, segundo alguns espíritos, para cada um encarnado existe seis espíritos desencarnados, é uma multidão do lado de lá esperando por uma oportunidade de praticar os aprendizados no plano físico.
             Por isso a importância de valorizarmos cada experiência terrena, considerando que há inúmeras filas para o mergulho na carne. Nada se compara a vida aqui na terra, mas os aprendizados acontecem nos dois lados da vida, aqui é onde praticamos a teoria que aprendemos no mundo espiritual.
            Para nós que somos adolescentes espirituais, o tempo que ficamos nas escolas astrais é muito maior do que quando estamos encarnados, lá estudamos, adquirimos conhecimentos, fazemos estágios e a prática fica para a próxima encarnação, onde sentiremos na pele as dores, os medos e os anseios em acertar e seguir pelo melhor caminho.

            Para os espíritos amadurecidos, conscientes de suas responsabilidades, podem planejar com calma a época do seu retorno, nós que somos um pouco imaturos, precisamos de ajuda e orientação, somos conduzidos por espíritos com certa evolução que serão nossos mentores na próxima etapa de aprendizado.
            Há os que teimam em não reencarnar, mas os amigos espirituais não deixam ninguém para trás, para esses casos existem as reencarnações compulsórias, o espírito é enviado contra sua vontade para evoluir, afinal a evolução faz parte da lei divina que diz que todos serão espíritos de luz um dia, pode demorar, mas acontecerá.
            O mais importante não é saber se ficaremos pouco ou muito tempo no plano espiritual, mas sim os aprendizados que teremos. Seja aqui em meio a sofrimento ou do lado de lá, o certo é que sempre teremos alguém para nos amparar, cuidar e sinalizar o melhor caminho. Cabe a nós, aprender a ouvir as intuições, asserenando a mente e o coração para a ajuda celeste.

Excesso de informação pode nos fazer mal

            O maior paradoxo da atualidade é que vivemos em um mundo inundado de informações, mas sedento de conhecimento emocional. Esta afirmação é dos estudiosos do comportamento humano, nunca em toda história da humanidade ocorreram tantos problemas de relacionamento e emocionais, vivemos em um mundo avançado tecnologicamente e intelectualmente, mas moralmente e emocionalmente ainda temos muito o que aprender.

            O mundo é movido a velocidade, tudo é muito rápido e na grande maioria das vezes difícil de acompanhar. Alguns estudiosos e pesquisadores estão denominando uma nova síndrome para este comportamento, Síndrome do Excesso de Informação(SEI), que nos afugenta a uma correria desenfreada por buscas constantes e insatisfatórias de querer sempre mais, mais dinheiro, mas diversão, mais de tudo. É como se abrigássemos em nosso interior, um poço sem fundo, que nunca está satisfeito com as conquistas, é um querer em ser melhor e superior a todos.
           Queremos e desejamos cada vez mais, e o mundo está aparentemente disposto a nos oferecer tudo isso envolto a uma insanidade quase incontrolável de aparências e ilusões. Que doenças, síndromes e traumas esse tipo de vida pode desencadear em nossa mente, espírito e estado emocional?
            É necessário darmos uma pausa em nossa correria diária, no excesso de informação e olharmos para nosso íntimo, será que precisamos estar sempre tão atualizados assim? Precisamos de tempo ocioso para descansar nossa mente e conseguir acessar o conhecimento e a tranquilidade espiritual que vive dentro de nós.
            As religiões, doutrinas e seitas vieram para dar sentido a nossa vida, para deixarmos de lado um pouco o plano material e entrarmos em conexão com nossa espiritualidade. Todas falam de amor, Jesus nasceu entre nós para ensinar que o amor começa em nós e se amplia para todos ao redor. Quanto amor você sente? Quem está no topo da sua lista de sentimentos?
           Quando Jesus falou de amar os inimigos como a nós mesmos, Ele queria que aprendêssemos a amar, a perdoar a sermos pessoas melhores. O amor deve ser nossa principal necessidade de aprendizado, é ele que nos impulsiona a sermos melhores. Quanto tempo você está dedicando ao seu autoconhecimento, ao olhar para seu interior?
           A informação e o conhecimento são extremamente importantes para nosso crescimento evolucional, use-as a seu favor. É possível atravessar o mar de dificuldades com serenidade através da mudança e melhora emocional, crie o hábito de parar por alguns minutos de seu dia, respire, desligue todos os eletrônicos que estão ao seu redor, ouça as batidas do seu coração e o som de sua respiração, conecte-se com o ser imortal que vive dentro deste corpo orgânico. Assuma o controle de seus pensamentos, sentimentos e emoções, seja livre e feliz a partir de agora.

Cuidado com os falsos médiuns

           O sobrenatural sempre despertou a curiosidade nas pessoas, desde que desenvolvemos a consciência procuramos por algo mágico ou divino, faz parte da ilusão humana que alguém venha nos salvar ou mostrar o caminho que devemos seguir.
           Queremos uma vida mágica, sem sofrimento, sem mágoas, mas na realidade a mágica está em nos transformarmos em pessoas melhores e aprendermos a ver o bem nos outros. Como poderemos ver o bem se não conhecemos ou ainda não desenvolvemos em nós mesmos?
           João Evangelista, foi o apóstolo mais jovem que seguiu Jesus e o que mais viveu, foi preso na ilha Patmos onde teve suas mais reveladoras visões e escreveu o Apocalipse, foi fervido em óleo quente por sete dias e sete noites e nada lhe aconteceu; Ele escreveu: ' Amados, não creais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se tem levantado no mundo.''
           Hoje em dia observo muitas pessoas a procura de misticismo e sobrenatural, não querem estudar, querem conversar, ou melhor, receber instrução de como proceder em qualquer situação. Muitos pseudos médiuns estão enriquecendo e manipulando pessoas. Será que devemos acreditar em tudo o que um espírito ou uma pessoa mediunizada fala?
            João Evangelista já tinha nos alertado sobre os falsos profetas ou médiuns, Kardec quando codificou a doutrina dos espíritos escreve: a linguagem revela sempre a sua origem, seja pelo pensamento que traduz, seja pela sua forma, seu cheiro; mesmo que um espírito quisesse nos enganar sobre sua pretensa superioridade, bastaria conversar algum tempo com ele para identificar. A bondade e benevolência são ainda atributos essenciais dos espíritos depurados.

           Eu particularmente gosto muito da máxima de Kardec, estudar, pesquisar e questionar sempre. Para mim não importa se o espírito se apresente de forma simples ou cheio de frescuras, o importante é o que transmite, a energia, a bondade em forma de palavras.
          É preciso questionarmos, espíritos bons ou que pretendem nos ajudar, jamais darão fórmulas feitas, nunca dirão qual o caminho a ser seguido, quando muito eles nos indicam livros, lugares onde nos reconectar ou técnicas de relaxamento. Eles querem nos ajudar mas sem interferir em nosso livre arbítrio.
          Tenho a benção de vê-los desde tenra idade e nunca exigiram de mim nada além de estudo e melhora mental, física e espiritual. Ouve épocas em que pedi por conselhos, a resposta foi simples: estude sempre.
          Cuidado com as respostas direcionadas, espírito não precisa de dinheiro, alimentos ou bebidas, eles precisam e pedem por preces. Abra sues olhos e sua mente para tudo o que te cerca, nem tudo que reluz é ouro.

É preciso despertar para a vida

         No meio espírita costuma-se dizer que quem não muda por amor, será pela dor. Parece clichê, mas é indiscutível que a grande maioria só aceite mudar após muito sofrimento. Será que gostamos de sofrer ou não aprendemos com as dificuldades alheias?
          A humanidade parece ter perdido a capacidade de sentir compaixão, de sentir empatia, de ajudar  quem sofre. Tirando os rompantes de caridade e amor ao próximo que se faz no fim do ano, a grande maioria das pessoas não está disposta a dedicar uma parte de seu dia ou mesmo algumas horas do seu fim de semana para ouvir um amigo ou familiar, levar ajuda a um desconhecido ou mesmo ser útil.
         Conversando com um amigo que fez uma viajem a trabalho para o Japão, ele comenta que nunca viu povo tão feliz, disse que eles riem de tudo, até da própria desgraça, que não reclamam de nada; será que nós brasileiros também temos esse espírito esportivo?
         Existe uma teoria da conspiração ou da realidade, que diz que em alguns países colocam remédios na água para o povo ficar dócil, isso começou na segunda guerra mundial e persiste até hoje. O Japão é um desses países. Seria por isso que seu povo é sorridente a ponto de não se importar com nada ou estão acostumados a serem obedientes?
         Atualmente conversamos mais nas redes sociais do que com quem convivemos, temos centenas de seguidores e amigos virtuais, mas na hora do desespero não existe ninguém para nos ajudar. Nunca se precisou tanto de psicólogos, psicanalistas e terapeutas, a quantidade de remédios que são receitados ou consumidos é exorbitante. É preciso despertarmos para a vida, é necessário abrirmos nossa mente e coração para o que está ao nosso lado.

          Uma grande parte da humanidade ainda busca aquilo que despreza e na prática despreza aquilo que deseja. Desejamos paz, amor, união, fraternidade, solidariedade, equilíbrio material e espiritual, mas agimos de forma egoísta, pretensiosa, individualista, e muitas vezes usamos de desonestidade quando ninguém vê, igual aos que criticamos.
          Observo que existe um contra senso, se o erro é meu, tudo certo, mas se outra pessoa faz o que eu fiz, ele está errado e normalmente sou o primeiro a crucificar. O que é certo ou errado?
          Despertar é abrir a mente para o novo, é refletir usando a razão e a emoção. Despertar é sair do sono hipnótico, é acordar, é sair do estado de torpor ou inércia, é readquirir forças, é recomeçar.
         Acorde, abra seus olhos e mente para o que circula ao seu redor, faça algo novo e não espere dos outros a mudança, comece por você. Seja o homem de bem que Kardec descreve nos livros da codificação espírita, seja o bem, o bom e o belo que tanto almejamos. Seja feliz.