Pressentimentos

                Você já deixou de ir em uma festa ou lugar por sentir que não deveria?

                Já teve alguma sensação ruim sobre determinada pessoa ou circunstância?

                Você tem pressentimentos, sensações e intuições?

                 Há os que digam que isso faz parte da mediunidade, segundo Allan Kardec, codificador da doutrina espírita todos somos médiuns em determinado grau, uns mais outros menos, mas todos de alguma forma podem sentir intuições, pressentimentos e percepções extra físicas. 

                 Nem todos que habitam o planeta terra seguem a doutrina espírita ou espiritualista, vivemos em meio há muitas religiões e religiosidades, a mediunidade não é exclusiva do espiritismo, somente a denominação, afinal sentir algo a mais não é do corpo, mas sim da alma, em termos técnicos da psique. 

                 Na codificação espírita Kardec escreve que a mediunidade vem da alma, ou seja, somos médiuns anímicos, é nossa alma, psique ou espírito quem ouve, vê, sente e pressente as energias, os espíritos e as intuições. Somos pessoas psíquicas, pois pensamos e raciocinamos.

                 No livro dos médiuns encontramos: ''o pressentimento é uma intuição vaga das coisas futuras. Algumas pessoas tem essa faculdade mais ou menos desenvolvida. Pode ser devido a uma espécie de dupla vista, que lhes permite entrever as consequências das coisas atuais e a filiação dos acontecimentos. Mas, muitas vezes, também é o resultado de comunicações ocultas e, sobretudo neste caso, é que se pode dar aos que dela são dotados o nome de médiuns de pressentimentos, que constituem uma variedade dos médiuns inspirados.''

                   Somos inspirados o tempo todo por outros espíritos, sejam eles desencarnados ou encarnados, a inspiração capta a energia que circula ao redor de todos, essa energia vibra em diferentes tonalidades, unindo-se a outras de mesma intensidade e gerando maior ou menor lucidez de percepção.

                   A palavra pressentimento vem do latim, sentir antes de acontecer. Qualquer pessoa consegue sentir ou pressentir, mas o entendimento dessa sensação é outra história, aquele que vive uma vida mais leve, focado no bem, tendo suas emoções e reações mais equilibradas, consegue acessar o futuro e com a alma decifra seus pressentimentos, mas aquela pessoa que vive em meio a turbulências não entenderá os avisos, correndo o risco de agir de forma contrária.

                  A melhor maneira de estar aberto a essas intuições é através da mudança íntima, o auto conhecimento é a grande virada que podemos dar em nossa vida, entender nossas emoções, silenciar nossos medos e ouvir a intuição é o caminho mais fácil da evolução e do equilíbrio.

                 Pensar menos, agir mais, desenvolver o auto amor, aceitar que tudo está interligado e gira ao nosso redor, só atraímos o que vibramos, não existe mudança drástica, tudo é lento e gradativo, quando aceitarmos que estamos humanos e que somos espirituais, a caminhada fica mais leve.  

Adereços necessários ou dispensáveis?

              É comum encontrarmos pessoas portando adereços em seus pescoços, pulsos e até dentro de suas carteiras e bolsos. Existe uma infinidade de figuras, figas, crucifixos, trevos, cristais, duendes em miniatura, entre outras coisas. Cada pessoa que carrega um determinado adereço acredita firmemente que seu corpo, casa e trabalho estão protegidos de todo e qualquer mal.

              Há também objetos, adereços e orações que garantem que além de nossa proteção, ajudam ainda a atrair coisas boas, sorte no amor, no trabalho e nas finanças. Será que realmente isso é verdade ou mais uma crença que teimamos em acreditar?

              Sempre que observo certas pessoas cheias de crenças e devoção, lembro-me da história do rei que tinha um filho que não sorria. O rei, enviou seus mensageiros por todo o reino a procura de alguém que conseguisse fazer seu filho, o príncipe sorrir. A pessoa que conseguisse essa façanha seria muito bem recompensada.

               Apareceram pessoas contando piadas e fazendo graça, tudo para provocar um sorriso no príncipe, mas ninguém conseguiu. Até que a madrinha do príncipe teve uma ideia, ela trouxe uma corrente de ouro com um pingente em formato de coração, afirmando que aquela joia era rara e milagrosa, se ele a usasse diariamente pendurada em seu pescoço, a alegria viria viver ao seu lado.

                E assim aconteceu, o príncipe começou a sorrir, sua alegria causou uma enorme felicidade ao rei que já não sabia o que fazer com tanta tristeza sentida por seu filho. Passado meses do ocorrido, o príncipe volta a mergulhar em uma tristeza sem fim, a desculpa foi que ele havia perdido o cordão com seu medalhão.

                Todos saíram a procurar, cada canto do palácio era revistado com lupa a procura desse cordão de ouro, até mesmo o príncipe saiu a procurar pelas estradas ao redor do castelo, a cada dia procurava mais longe. 

                Certo dia, exausto de tanto procurar, acabou se afastando de seus serviçais, recostado em uma árvore observa as crianças brincando. Ele sente vontade de brincar, afinal nunca teve outras crianças com quem brincar, todos cuidavam dele ininterruptamente.

                Perdido em seus pensamentos e observando que aquelas crianças corriam e de tempos em tempos, paravam para beber água e comer um pedaço de pão ou fruta. Elas brincam e se alimentam, sorriem e gesticulavam, nenhuma tinha um cordão de ouro, afinal só o cordão poderia deixa-las tão felizes assim, resolve se aproximar para saber qual é o motivo para tanta alegria.

               -Porque vocês riem? Perguntou o príncipe e ouviu como resposta:

               -Porque estamos felizes.

               -Mas vocês podem ser tão felizes se não tem um cordão de ouro pendurado em seu pescoço com um pingente de coração?

               -Não precisamos de nada pendurado ao pescoço. Estamos felizes porque temos pais que nos amam, temos um pão saboroso que nos nutre, temos leite de cabra e frutas para saciar nossa sede e fome, não precisamos de mais nada. Somos felizes por viver, por poder brincar, cantar e louvar a Deus que nos criou.

               Depois dessa conversa o príncipe nunca mais foi triste, afinal ele possuía tudo e não havia motivo para não ser feliz o tempo todo. A vida é curta demais para ficarmos tristes e enfurecidos com coisas pequenas. Existe uma imensidade de coisas a serem feitas, lugares a serem conhecidos e pessoas a serem amadas.

                Devemos aprender assim como o príncipe que a alegria vem de dentro, nada material que venha de fora poderá nos conceder paz, serenidade e alegria. Tudo que se refere ao estado da alma vem do espírito, somente ele e mais ninguém é o promotor de sua felicidade ou infelicidade.

                Muito mais importante do que adereços ou talismãs são nossos valores morais, assim como é muito mais importante nos preocuparmos com nossos pensamentos, nossa intimidade. Se queremos atrair boas companhias espirituais, precisamos mudar nosso padrão mental. Não será um cristal, uma corrente ou um pingente que fará isso, mas sim nossa mudança moral, ética e mental.

               Não há problema algum em gostar de pulseiras, colares e adereços, o verdadeiro poder está em nosso sentir e agir no bem. Para atrair sorte é preciso vibrar amor, perdão, compaixão e serenidade por todos os lados, somente assim teremos uma vida plena, alegre e feliz. 

               

Vaidade numa visão espiritualista

            Segundo o dicionário, vaidade é característica daquilo que é vão, que não possui conteúdo e se baseia numa aparência falsa ou mentirosa. Podemos dizer que o vaidoso tem o desejo de ser admirado por outras pessoas, quer que suas qualidades físicas e intelectuais sejam valorizadas, mesmo quando não as tem, é uma necessidade de se exibir, ostentar e vangloriar-se por uma aparência ilusória.

            De certa forma é fácil concluir que a partir da própria etimologia da palavra que o vão pode ser atribuído ao vazio de nossa própria alma, que em algum momento todos já sentimos, afinal estar encarnado no planeta terra já é difícil, sem falar que ainda temos que lidar com nossas provas e expiações, nossos sentimentos, medos e emoções, vivemos constantemente numa montanha russa.

            Existe uma pergunta ou dúvida que não quer calar, como preencher essa necessidade de vazio? De falta de algo ou alguém que nem sabemos o que é?

            Nós humanos somos insatisfeitos por natureza, não raro as pessoas buscam posições elevadas sem ao menos possuírem condições ou requisitos para ocupa-las. São cargos altos, de comando e poder, tudo para estar numa posição de superioridade, isso na forma profissional, mas o que dizer dos lideres religiosos?

             Há casos em que ser líder religioso não dá direito a nenhum tipo de salário, pois é um cargo associado ao voluntariado, mas gera status, é admirado por todos e acaba aumentando a vaidade, essa admiração de certa forma preenche um vazio gigante que existe dentro de certas pessoas. Já vi casos em que o coordenador é somente a pessoa que mais trabalha, mas na visão de quem está fora e louco para entrar, isso é um cargo movido a vaidade.

             Buscar satisfação em coisas mundanas significa alimentar o corpo, e não o vazio da alma. Não sabemos lidar com esse vazio, sentimos falta de amor, de amizade e companheirismo; o poder vem com responsabilidade e a construção de uma imagem sólida, estamos humanos, mas somos essências espirituais.

             Jesus nos disse: ''Bem aventurados os pobres de espírito, pois eles herdarão o reino dos céus.'' Para nós espiritualistas ser pobre de espírito é ser humilde, não ser vaidoso e orgulhoso ao ponto de buscar um lugar na terra acima dos demais. No evangelho segundo o espiritismo encontramos a seguinte citação:''não procureis pôr-vos acima dos outros, se não quereis ser obrigado a descer, procurai ao contrário, o mais humilde e mais modesto, pois Deus saberá dar-vos um lugar, mais elevado no céu, se o merecerdes.''

              Para eliminar a vaidade de nossa vida é só escolhermos o caminho do bem, preferindo a humildade à vaidade, almejando um lugar melhor no plano espiritual do que na terra, vigiando e orando nossos atos, para que no momento certo possamos ter merecimento, condições e discernimento para preencher o vazio de nossas almas, que logo ocorrerá, pois tudo tem um tempo certo para acontecer, é o tempo de Deus ou do universo e não o nosso.

Ninguém pertence a ninguém

             ''Quem é minha mãe? Quem são meus irmãos? E estendendo sua mão para os discípulos disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos, porque qualquer um que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, este é meu irmão, irmã e mãe.'' Mateus12. 

             Estamos seres humanos e reencarnamos no planeta terra, somos recebidos por uma família consanguínea ou não, que pode ser composta por diferentes formas, haverá casos em que teremos muitos parentes, tal como pai, mãe, tio, avós e irmãos, não podemos deixar de lado, que o sangue e a genética não são fatores principais ou de obrigatoriedade para uma família, o amor deveria ser o fator principal.

             Independente de estamos numa família sanguínea ou amorosa, não podemos esquecer o fator espiritual, afinal somos espíritos vivendo experiências terrenas e humanas. A família espiritual se forma a partir de afinidades, são amizades que ultrapassam a vivência terrena, que continuam no plano espiritual, onde se ampliam os desejos de permanecerem juntos e em ajuda mutua, são almas afins.

             A cada nova encarnação essas almas afins se aproximam de formas diferentes, as vezes nascem na mesma família, noutras são amigos, enamorados que aparecem em nossa jornada reencarnatória, principalmente quando estamos precisando de um apoio; quando passamos por momentos difíceis é comum surgir alguém para nos ajudar a encontrar o melhor caminho, essa pessoa pode permanecer ao nosso lado ou desaparecer, desde que tenha cumprido com sua missão de ajudar, mostrar outras alternativas e soluções para nossos problemas. 

             Quando Jesus pergunta aos seus discípulos quem é sua mãe e irmãos, Ele nos mostra que não existe contexto certo ou errado, de certa forma todos que circulam ao nosso redor e nos apoiam fazem parte de nossa família, seja ela espiritual ou física.

              No evangelho segundo o espiritismo lemos: ''Os espíritos formam no espaço grupos ou famílias unidos pelo afeto, simpatia e semelhança. Esses espíritos, felizes por estarem juntos, procuram-se. A encarnação só os separa momentaneamente, porque, após sua reentrada na erraticidade, reencontram-se, como amigos no retorno de uma viagem. Muitas vezes, se acompanham na encarnação, na qual são reunidos na mesma família ou no mesmo círculo, trabalhando juntos para o progresso mútuo.''

             Podemos estar separados de nossa família espiritual mas não podemos deixar de amar e agradecer a família que nos acolheu, afinal se estamos juntos nessa caminhada é porque algo precisa ser aprendido. O amor deve ser praticado por nós o tempo todo, assim como a caridade, o respeito e a generosidade.

            Se nascemos em uma família com laços genéticos, amorosos ou espirituais é para nosso crescimento moral, ético, espiritual e desenvolvimento do amor em nossos corações. Ninguém pertence a ninguém, estamos em busca de nossa maturidade e precisamos passar por provas e situações, nada acontece sem um motivo ou programação. Aceite suas provas com serenidade e desenvolva lucidez em suas decisões, somente assim estará aproveitando bem essa oportunidade reencarnatória. 

      

Nem tudo que reluz é ouro

            Desde a minha infância ouço falar em final dos tempos, lembro de minha época da catequese que o padre falava sobre o fim do mundo, de doenças, pragas, terremotos, criminalidade e mortes coletivas. O medo era a maneira mais comum usada por nossos pais para que a gente não se metesse em encrencas.

            Passaram-se os anos e o medo ainda ronda nossa mente e sonhos, vivemos uma época complicada, uma pandemia tomou conta do planeta, isso sem falar que a terra está mudando de estágio evolutivo. Já vivemos tempos em que nossa mente primitiva focava somente no seu bem estar, a prioridade era o alimento, sexo e procriação, após vieram tempos de provas e espiações, como o próprio nome diz, o espírito experienciava novos aprendizados a cada encarnação.

            Passamos por guerras, doenças e muita evolução tecnológica, atualmente vivemos momentos de transição, ou seja, não saímos totalmente do estágio provas e expiações e nem chegamos ao próximo estágio que é regeneração. Transição como o próprio nome diz é uma passagem, só que essa transição pode levar séculos ou milênios, tudo depende da mudança interna de cada um.

            Será que o planeta e seus habitantes querem mesmo mudar? Será que conseguiremos eliminar o mal que ainda vive em cada um de nós?

            O espiritismo nos esclarece que tudo o que vive no universo, incluindo nós seres humanos, os espíritos em todos os graus e evolução, os planetas e galaxias, são regidos pela lei do progresso. É nosso destino a evolução, mas nem todos estão preparados para abandonar suas más tendências.

             No livro No Rumo do Mundo de Regeneração por Divaldo Franco lemos: ''Estamos no início de grandes transformações e fenômenos próprios demonstram que são chegados os tempos anunciados pelas escrituras e confirmado pelos imortais''. Encontramos essa comprovação no livro dos espíritos, na questão 728, item lei da destruição: '' É preciso que tudo se destrua para renascer e se regenerar. Porque o que chamais de destruição, não passa de uma transformação, que por fim virá a renovação e melhoria dos seres vivos.''

             A humanidade segue sempre uma marcha progressiva, na sua grande maioria o progresso é lento e regular, afinal nós seres humanos não evoluímos ou progredimos tão depressa como deveríamos. Por isso o universo em sua infinta bondade de tempos em tempos nos põe a prova com abalos físicos ou morais para nos incentivar a mudar. É a partir de grandes comoções que o ser humano desenvolve empatia e amorosidade, pois se depara com uma confusão mental, uma certa desordem momentânea que fere seus interesses materiais e o obriga a ver a vida e as pessoas com outros olhos.

             Nem tudo que parece  ruim é verdadeiramente mau, assim como nem tudo que se pressupõe ser bom é do bem. O ditado popular já nos diz que nem tudo o que reluz é ouro. Precisamos aprender a ver, ouvir e agir no bem, o tempo está se esgotando e muitos não poderão voltar a reencarnar na terra.

             O verdadeiro processo evolutivo é entender que a cada catástrofe, pandemia e doença, somos convidados a buscar de forma sincera e incessante a reforma íntima, para evoluímos moral e espiritualmente. Estamos terráqueos, mas somos espíritos reencarnando sucessivamente até nossa angelitude. Ame, perdoe e seja feliz. 

Você precisa de cura?

              Atualmente vivemos um momento muito difícil, o planeta está adoecido e todos os seres vivos que coexistem também correm risco de morte. Segundo o ditado popular para morrer basta estar vivo. Se formos observar no âmbito orgânico, desde o nosso nascimento, estamos morrendo um pouco a cada dia.

              No exato momento em que escrevo essas palavras, centenas de pessoas buscam respostas para seus problemas físicos, outras tantas imploram por cura e melhora de suas doenças, estamos doentes fisicamente, mentalmente e espiritualmente por dores que afligem a alma, tornando nossa caminhada terrena mais complicada.

              Todos desejamos a cura física, a libertação de nossas aflições e um pouco de calmaria em nossa vida. Segundo Bezerra de Menezes ''Não há cura para as doenças da alma, enquanto nossa alma não se render ao impositivo de recuperar-se a si mesma.'' O que esse espírito que trabalhou tanto em prol dos doentes quer dizer com recuperar-se?

               Para os que como eu, seguem os princípios da doutrina espírita, sabemos que é preciso ter um olhar mais amplo e abrangente das doenças, estar passando por uma doença grave não significa somente dor física, mas sim expiação de nossas mazelas do passado. As enfermidades da alma e do corpo não são castigos e nem surgem do nada.

              Nossa ciência já constatou que quando nossos pensamentos estão em desequilíbrio é comum surgir alguma doença física, emocional e até espiritual. Segundo os espíritos as doenças começam em nossa mente, no valor que damos a determinada situação, há os que adoecem quando estão solitários, outros adoecem quando são infelizes e há os que precisam passar por determinada doença para mudar moralmente.

             Eu poderia elencar inúmeras situações em que adoecemos por causa de nossas ações, mas o ideal seria focar na saúde. Quando entendemos que tudo é questão de como encaramos os problemas, fica mais fácil caminharmos no sentido da aceitação e mudança íntima. Ninguém cresce sem passar por alguma dificuldade.

              Somos espíritos jovens e na maioria das vezes caímos nas armadilhas do ego, do querer ser melhor sem mudar nada. Queremos saúde e optamos por não cuidarmos de nossa alimentação, de nossos pensamentos, sentimentos e emoções, somos seres pensantes, tudo o circula em nossa mente interfere em nossa vida.

               Em Mateus 17 Jesus nos diz: ''Não entendeis ainda que tudo o que entra pela boca desce para o estômago e mais tarde é lançado ao esgoto? Entretanto as coisas que saem da boca vem do coração e são essas que tornam uma pessoa impura. Porque do coração é que procedem os maus intentos, os homicídios, adultérios, imoralidade, roubos, falsos testemunhos, calunias e blasfêmias. Essas coisas corrompem o individuo, mas o comer sem lavar as mãos não torna ninguém impuro.''

               Jesus não falava somente do coração como órgão, mas sim como sentimento, sabemos que todo e qualquer sentir vem da mente, a alma ou espírito é quem pensa. Tudo circula em nossa mente e dali parte para o corpo, se seus pensamentos são bons e elevados, seu corpo será saudável e ativo, mas se somos doentes emocionalmente, fica evidente que nosso corpo e espírito também serão.

              Precisamos de cura e ela só nasce na mudança mental, na busca do autoconhecimento, na renovação de nossas ideias e sentimentos. A busca é intima e interna e só depende de você.

      

Amigos de outras vidas

              Pessoas marcantes passam por nossas vidas a todo momento, porém há aquelas que não se apagam de nossa memória, independente do tempo e da situação. Há pessoas que encontramos e a simpatia é automática, existe uma confiança e certeza que ela fará parte de nossa caminhada. Essa amizade cresce com o tempo, são os amigos de outras existências que ao se reencontrarem ativam automaticamente os laços emocionais já criados no passado.

              A amizade por si só já é fundamental para a construção do ser humano, saber interagir e viver em sociedade é uma maneira de manter a energia e a mente saudável. Passar o tempo e as experiências ao lado de boas companhias é muito mais importante do que imaginamos, sem falar que ajuda no desenvolvimento do eu interior.

              Uma amizade verdadeira pode surgir a qualquer momento em nossa vida, mas saber identifica-la no momento exato é um pouco mais complicado. O amigo leal pode surgir na infância, na adolescência e até na fase adulta, pode vir disfarçado como um parente, como um vizinho, um professor ou um desconhecido que senta ao nosso lado no ônibus.

              Contudo, há aquele amigo que se torna indispensável, que muitas vezes você nem lembra como ele surgiu em seu caminho. Há casos em que vocês são completamente diferentes nos pensamentos, sonhos e ideais, mas nem assim a amizade deixa de acontecer, esse será o amigo que você pode contar em todos os momentos, principalmente nos difíceis.

              Existem aquelas almas que surgem do nada e dão um novo colorido especial em nossa vida, será um reencontro do passado? Um amor sem cobranças de outras vidas que só veio nos ajudar a enfrentar as dificuldades atuais de nossa caminhada?

              Encontrar amigos de outras vidas, abrem novas formas de aprendizados, novos caminhos a serem seguidos, novas oportunidades e alegrias. Amigos são presentes divinos que o universo nos envia para podermos completar nossa missão aqui na terra.

              O verdadeiro motivo para esse reencontro é porque vocês ainda possuem algo para viverem juntos ou alguma missão que deve ser completada. Essa experiência de evolução entre vocês pode ser a compreensão de uma emoção ou sentimentos, essa amizade veio para lhes ajudar a evoluir e desenvolver o amor em seus corações.

              Identificamos um amigo de outra vida  pelo sentimento que surge a primeira vista, a empatia é recíproca, surge uma sensação de livro aberto, ou seja, sem medo de mostrar quem realmente somos. Você não sabe porque, mas sente a necessidade de estar próximo, é como se existisse um imã entre vocês, um sendo atraído para o outro, sem maldade, sem segundas intenções.

              Se você ao longo de sua caminhada terrena deparar-se com esse tipo de amizade recíproca, onde exista essa emoção e necessidade de proximidade, invista  sem medo ou receios, agradeça o universo pela oportunidade de novos aprendizados. Há diversos mistérios nessa vida que não encontraremos soluções lógicas, por isso devemos aproveitar as boas companhias e as grandes amizades para vivências únicas e indescritíveis.

               Siga sua intuição e o que seu espírito te pede, afinal seu espírito sabe das coisas, para ele não existe passado, presente ou futuro, tudo acontece ao mesmo tempo e em muitas dimensões. Aceite esse presente do universo e faça bom proveito dessa amizade espiritual, viva intensamente essa amizade, cresça e prospere ao lado de quem te ama e quer o seu bem.