O que acontece com as pessoas que morrem com alguma doença?

                 No plano espiritual, assim como acontece no plano físico, existem hospitais, é para lá que pessoas que morrem em decorrência a uma doença vão. Mesmo aqueles que tem uma morte tranquila, às vezes precisam passar um tempo nos hospitais do plano espiritual para se equilibrar e entender que a vida continua, mesmo para aqueles que não acreditam em vida pós morte do corpo físico.

                 Os hospitais espirituais são instituições de extrema importância no plano espiritual, desempenham funções essenciais no tratamento das almas desencarnadas. Seus princípios são baseados na caridade e amor ao próximo, oferecem assistência emocional para os que deixaram para traz o corpo físico, ajudam a promover o bem estar físico e mental, afinal nem todo mundo morre em equilíbrio. 

                 Uma das características marcantes destes hospitais é a presença de equipes altamente capacitadas de espíritos trabalhadores, tanto de desencarnados como de encarnados. Esses trabalhadores geralmente foram médicos, enfermeiros, psicólogos, adquiriram seus conhecimento no plano físico e continuam o trabalho no plano espiritual, com o mesmo propósito que é ajudar quem precisa.

                  Alguns encarnados são convidados neste trabalho, eu sou uma dessa pessoas que ao deixar meu corpo aqui descansando, vou para o plano espiritual ajudar no que for preciso. Por muitos anos ajudei como enfermeira, após um período comecei a ajudar nas terapias psicológicas, veio desse trabalho minha mudança de profissão aqui da terra, saí da área da enfermagem para a área psicológica. Para mim foi o trabalho no plano espiritual quem direcionou minha vida física, geralmente é o contrário. 

                  Fiz muitos amigos no plano espiritual, bem mais do que no plano físico, mas amigos são sempre amigos, não importa em qual dimensão. Já ajudei em centenas de desencarnes de amigos e conhecidos, eu os recebo do lado de lá, os ajudo nesse primeiro momento que é sempre muito difícil. 

                 Para quem não sabe, os laços do desencarne levam meses e até anos para serem todos rompidos, a doença costuma ajudar nesses momentos. Certa vez o pai de uma amiga estava muito doente, ele era uma pessoa muito apegada aos bens materiais, não deixava nem dinheiro no banco com medo que alguém roubasse. Então era obvio que seria preciso uma doença que o deixasse incapacitado, pois seus pensamentos seriam adormecidos para que pudéssemos leva-lo.

                 E assim aconteceu, foram anos de doença, ele foi ficando mais fraco e debilitado, até que adormeceu e foi levado para o plano espiritual. Eu estava lá para recebe-lo. Foi acomodado em um hospital para se recuperar, afinal faleceu devido a um câncer. Por um tempo ele permaneceu adormecido, mas às vezes tinha rompantes ao despertar, queria voltar para sua casa e brigar com seus filhos, dizia que o terreno era dele, ninguém deveria fazer nada, mudar nada. 

               Nesses rompantes, o espírito dele vinha para sua antiga casa, os animais o sentiam e se agitavam, suas filhas começavam a brigar do nada, o clima ficava tenso. Era muito difícil leva-lo de volta. Nas primeiras vezes que isso aconteceu, ele sentia uma raiva absurda, era por causa de seu apego, toda a energia que ele conseguia no plano espiritual, era gasta com brigas no plano físico e ele se alimentava da briga dos filhos. 

                Foram umas três vezes que isso aconteceu, tentamos explicar que ele não podia fazer isso, que era errado, afinal ele já havia morrido, não pertencia mais ao plano dos vivos, mas teimoso como era em vida, não mudaria no plano espiritual. Foi preciso fazer uma contenção no quarto do hospital e no terreno aqui da terra.

                Ele foi colocado num sono profundo por alguns anos, até que a vida daqui seguisse e ele só irá acordar em uma próxima encarnação. Nem todos os doentes passam por essa situação, muitos aceitam que morreram e podem viver uma vida no plano espiritual onde aguardarão seus familiares, mas para os mais teimosos e apegados é preciso outra didática. 

                O plano espiritual é o princípio das coisas, o plano físico que vivemos é uma cópia do que já existe no outro lado da vida, para o espírito não existe morte, nem doenças incuráveis, pois a vida física que deixamos para traz é só uma etapa que se findou, logo iniciaremos uma nova vida cheia de novas possibilidades e aprendizados. A vida sempre continua.

O amor que cresce dentro de mim

                   Não há nada superior àquilo que cada ser carrega em seu coração.

                 O amor que se sente, quem explica?

                 O sopro vital do eterno cantando o infinito na câmara secreta.

                 É como o chamado das estrelas par ao despertar da consciência. 

                 Quem poderá traduzir isso em palavras tão limitadas da terra.

                 A fonte imanente, o poder gerador da vida, está tudo aqui!

                 Desde as vastidões siderais até as menores partículas de energia.

                 E, também, em cada coração...

                 Essa verdade era ventilada pelos mestres, nas iniciações herméticas de outrora.

                 Eles falavam do primeiro amor, a primeira luz, o todo que está em tudo.

                 E ensinavam os discípulos a meditarem nisso antes de qualquer prática espiritual.

                 Eles falavam de gratidão como um estado de consciência...

                 E asseveravam que estar na senda espiritual era um presente do eterno.

                 Quando eles olhavam para a imensidão celestial, seus olhos brilhavam.

                 Eles diziam: ''olhem essa obra maravilhosa, feita pelo ancião dos dias''.

                 Que mão humana poderia esculpir o negrume sideral com tantas estrelas?

                 É esse mesmo poder incomensurável que está em cada coração.

                 Hoje quando os irmãos de outros mundos nos visitam, eles também falam isso...

                 E asseveram que não há nada mais superior do que cada ser carrega em seu coração.

                  Esse é o grande contato que revela o essencial.

                  E não há nada superior a isso.

                  Aprenda a amar incondicionalmente.

                  Ame sua existência, sua vida, sua família.

                  Ame-se acima de tudo.

         

        Palavras de um amigo espiritual que já viveu muitas vidas, vivenciou muitas religiões e agora chegou a conclusão que o amor supera tudo, que o amor transforma tudo, que só o verdadeiro amor pode nos libertar de todas as coisas.

                 

As portas que surgem em nossos caminhos

                       ''Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontram.'' Mateus 7:13-14

                     Encontraremos na vida, muitas portas que conduzem a diferentes caminhos, as portas largas, que se abrem para as estradas das perturbações, desarmonias e degradações; e as portas estreitas, que mostram o caminho da renúncia aos valores transitórios e às ilusões da matéria, apontando a direção da evolução moral e espiritual.

                     A porta estreita, que abre para o caminho apertado, exige esforços sobre si mesmo para transpor e vencer as más tendências. Poucos são os que desejam realmente abri-la, pois ao adentrarem a este caminho, não conseguiram continuar no erro que é tão cômodo. Feliz daquele que é ignorante, pois nada lhe será cobrado. Junto com o conhecimento vem a auto cobrança.

                     Os que abrem a porta estreita e seguem o seu caminho são aqueles que trabalham, praticam o amor, a caridade, a humildade, a tolerância, o desinteresse, a dedicação para com todos, cumprindo suas provas de forma calma e com confiança, resistindo aos maus instintos, às tendências más, através de sucessivas encarnações, rumo a purificação e progresso do espírito.

                     A porta larga nos conduz a perdição, as ilusões, as facilidades e paixões transitórias. É a porta do egoísmo, da soberba, do orgulho, da ambição, da avareza, da preguiça, da inveja, do materialismo, da incredulidade, da intolerância, do fanatismo, de que o mundo está repleto.

                     Muitos são os que por essa porta passam e dela não querem sair, pois o fácil nos entorpece os sentidos. Essa porta é larga e espaçosa, nos faculta uma série de atrativos, adormecendo, aniquilando e adoecendo nosso espírito. Tudo na vida tem um preço, e as escolhas tem consequências.

                    Jesus nos trás a personificação da porta estreita quando nos disse: ''Eu sou a porta, se alguém entrar por mim, salvar-se-á.'' A compreensão dessa frase é buscar o melhor caminho, o da salvação de nossa alma, ou seja, a vida eterna.

                   As palavras do Cristo são para buscarmos a vida eterna, trilharmos o caminho da luz, buscando esperança e discernimento em nossas escolhas, sustentando nossa fé e confiança na justiça, na bondade e na misericórdia divina. A porta por vezes é larga, noutras é estreita, mas cabe a cada um de nós irmos na melhor direção que é o aprendizado interior e a mudança vibratória, estamos humanos, mas somos espíritos milenares rumo a angelitude.

                    

Livre arbítrio

                   O livre arbítrio, segundo o espiritismo, é a capacidade que os seres humanos possuem de tomar decisões de forma consciente e voluntária, sendo responsáveis pelas consequências de suas ações. Esse conceito é amplamente discutido nas obras de Allan Kardec, principalmente em O livro dos espíritos, onde ele explora a relação entre liberdade e responsabilidade no contexto espiritual. A doutrina espírita defende que ao longo das encarnações, o espírito evolui através das escolhas que faz, refletindo diretamente sobre seu progresso moral.

                   No espiritismo, o livre arbítrio está intimamente ligado a lei de causa e efeito, que muitas pessoas conhecem como lei de ação e reação. Segundo essa lei universal, cada ação humana gera uma consequência correspondente, que pode ser positiva ou negativa, dependendo da natureza da ação. Assim, o uso do livre arbítrio não está isento de responsabilidades, cada indivíduo deve arcar com as implicações de suas escolhas, seja nesta ou em vidas futuras.

                   Por exemplo: um espírito que comete atos de injustiça ou maldade, poderá em encarnações futuras, experimentar situações que o levem a refletir sobre suas situações anteriores, promovendo um aprendizado moral. Esse processo de aprendizado e reparação é fundamental para o progresso do espírito rumo à perfeição. A ideia de pagar pelos seus erros não deve ser vista como uma forma de punição, mas sim, como uma oportunidade de reparação e crescimento espiritual, quase sempre por escolha do próprio espírito.

                   De acordo com o espiritismo, Deus concede aos seres humanos a liberdade de escolha para que possam evoluir moral e espiritualmente. No entanto, essa liberdade deve ser usada com sabedoria, uma vez que o desenvolvimento moral depende diretamente das escolhas que o individuo faz ao longo da vida.

                   Em O livro dos espíritos, Kardec pergunta sobre o livre arbítrio e os espíritos superiores explicam que o homem tem plena liberdade para agir, mas será responsável por tudo o que fizer, tanto no bem como no mal. Quanto mais o espírito evolui, mas ele compreende as leis divinas e portanto, maior é sua responsabilidade sobre seus atos. Isso significa que o livre arbítrio não é uma liberdade irrestrita, mas sim um oportunidade para o exercício da responsabilidade e discernimento moral.

                  No espiritismo, há uma distinção importante entre determinismo e livre arbítrio. Embora algumas experiências e circunstâncias de vida sejam pré-determinadas antes da encarnação com o objetivo de facilitar o aprendizado espiritual, o espírito sempre tem o poder de escolher como reagirá a essas situações. Dessa forma não há determinismo absoluto, já que cada um de nós possui a liberdade de ação dentro de certos limites.

                 Após a morte do corpo físico, o espírito continua a exercer o seu livre arbítrio no plano espiritual, sendo responsável por suas ações durante sua encarnação terrena. Aprendemos no espiritismo, que após a morte o espírito revisita suas ações e decisões, tomando consciência dos acertos erros cometidos. Esse processo de reflexão é fundamental para a sua evolução espiritual, pois permite que possamos avaliar como utilizamos o livre arbítrio e quais áreas precisam ser transformadas na próxima encarnação.

                 Os espíritos superiores auxiliam aqueles que desejam corrigir suas falhas, incentivando o desenvolvimento moral e espiritual. Portanto o livre arbítrio, longe de ser um fardo, é uma ferramenta essencial para a evolução do espírito que deve aprender a usa-lo com sabedoria, para alcançar estados superiores de consciência e harmonia.

                  O espiritismo enfatiza a importância da educação moral como meio de orientar o uso do livre arbítrio. Através do conhecimento das leis divinas e do exercício de amor ao próximo, o espírito aprende a fazer escolhas mais conscientes e responsáveis. A educação espírita não se limita ao aspecto intelectual, mas na busca, principalmente, das virtudes e da ética.

                   Os mentores espirituais, guias que auxiliam os encarnados, têm um papel essencial na orientação dos espíritos em suas caminhadas terrenas. Eles respeitam o livre arbítrio de cada um de nós, sempre nos oferecem aconselhamento e inspiração para que nossas escolhas sejam pautadas no bem e na evolução moral. Assim, o ser humano, com a ajuda espiritual, pode melhorar gradualmente suas decisões e contribuir para o próprio progresso e também para o progresso da coletividade.

                    Podemos concluir que o livre arbítrio no espiritismo é um dos princípios fundamentais que guiam o progresso espiritual. Através da liberdade de escolha, o espírito tem a oportunidade aprender, reparar erros e evoluir moralmente. Com tudo essa liberdade traz consigo uma grande responsabilidade, pois cada ação gera consequências que devem ser assumidas pelo espírito, seja nessa ou em futuras encarnações.

                   O equilíbrio entre liberdade e responsabilidade é a chave para uma evolução espiritual e para construções de um futuro mais harmonioso, tanto individual como coletivo. Cabe a cada um de nós escolher com discernimento nossos caminhos, desenvolvendo amor próprio, responsabilidade de nossos atos, amorosidade com a vida e as pessoas, perdão das ofensas e auto perdão sobre nossos erros. Você tem o poder em suas mãos, faça bom uso.