quarta-feira, 9 de julho de 2025

Toda omissão têm sua consequência

                     Todos renascemos trazendo gravado em nossa mente espiritual os erros do passado. Possuímos um conjunto de metas a cumprir, ou seja, mudanças em nossos comportamentos e desajustes que precisam ser reparados, precisamos adquirir virtudes e aprendizados para melhorarmos nossa vida.
                   Neste sentido, cada um de nós tem sua própria história de erros e acertos e como não estamos alcançando a necessária elevação, pois acabamos tropeçando em nossas imperfeições e defeitos milenares. Não precisamos nos recriminar por essas atitudes, afinal ao nascermos esquecemos tudo e recomeçamos uma nova jornada. Essa é a grande beleza da reencarnação, a cada nova vida, novas oportunidades de mudança e aprendizados.
                   No decorrer da vida, a maioria das pessoas tende a internalizar o dever de não praticar o mal e fazer o bem que conseguir. Ocorre que, entre esses dois extremos, há um estágio intermediário representado pela omissão comportamental. Trata-se de uma postura igualmente comprometedora a nossa evolução, embora muito praticada, mas com o tempo conseguiremos eliminar esse comportamento de omissão em nossa vida.
                    Cabe destacar que perante a história da humanidade, ocorreram muitas situações em que a nossa omissão desencadeou guerras e intrigas. O próprio Jesus sentiu na pele a omissão de seu apóstolos através do abandono e da negação. Que atire a primeira pedra quem nunca se omitiu de falar ou fazer algo.
                     Kardec na questão 642 do livro dos espíritos pergunta aos espíritos superiores: Para agradar a Deus e assegurar a sua posição futura, bastará que o homem não pratique o mal? Resposta: Não, cumpre-lhe fazer o bem no limite de suas forças, porquanto responderá por todo mal que haja resultado de não haver praticado o bem. 
                     As nossas decisões não estão somente atreladas ao não fazer o mal, mas também em relação ao bem que deixarmos de fazer, isso faz que repensemos um pouco nossa forma de agir e pensar. Quando vejo alguma injustiça devo tentar mudar essa situação, pois se eu nada fizer estarei sendo omissa e cedo ou tarde arcarei com as consequências.
                     Quando olhamos ao nosso redor perceberemos a abundante imperfeição presente nas instituições religiosas, nos governos, nos ambientes de trabalho, no funcionamento das sociedades e sobre tudo nas relações humanas, identificamos também que para a maioria das pessoas o bem não é a prioridade. Infelizmente deixamos de pratica-lo em situações e contextos onde nossa boa vontade e empatia são altamente requeridas.
                      Não cogitamos que pequenas ações e iniciativas de nossa parte poderiam ser implementadas, o que certamente redundariam em benefícios aos nossos semelhantes. Certamente que o nosso engajamento em fazer o bem, além de ajudar em nossa auto iluminação atenua as tristezas de nossos irmãos. Desse modo, evitar a prática do mal constitui apenas um dos nossos desafios, precisamos fazer sempre o bem.
                       Por isso alerta-nos com propriedade o espírito Emmanuel no livro Justiça Divina: 
                      ''Asseveras não haver praticado o mal, contudo reflete no bem que deixastes a distância.''
                       ''Não permitas que a omissão se erija em teu caminho, por chaga irremediável.''
                       ''Imagina-te à frente do amigo necessitado a quem podes favorecer.''
                       '' Não te detenhas a examinar processos de auxilio.''
                       ''Não percas a divina oportunidade de estender alegria.''
                       ''Faze em cada minuto, o melhor que puderes.''
                       É comum nos queixarmos dos problemas e obstáculos que surgem desafortunadamente m nossos caminhos. São experiências, perfeitamente evitáveis em alguns casos, sofríveis que adicionam mais transtornos às nossas vidas, Sendo essa a realidade, meditemos se de nossa parte, também não contribuímos para isso devido à nossa omissão e silêncio diante das coisas erradas. 
                      Vivemos ainda num mundo onde as imperfeições tudo abarca, podemos pelo menos em nossa defesa de ação, averiguar se o comportamento omisso ainda nos inspira. Ao chegarmos no plano espiritual veremos que essa atitude só nos atrasará a evolução.

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