Nem toda ajuda vem do amor e algumas feridas nascem de gestos que pareciam inocentes. Como reconhecer que o apoio de alguém é uma armadilha disfarçada?
Existe um tipo de dor que pega você desprevenido. Aquela que vem de onde menos esperamos, das mãos que se estendem oferecendo socorro, dos rostos que sorriem oferecendo apoio, das vozes que dizem ''estou aqui para você''. E então, quando você já está vulnerável, confiante, aberto, percebe que caiu numa cilada cuidadosamente armada.
Nem toda mão estendida quer te levantar. Algumas querem apenas te puxar para baixo. Isso parece pessimista demais? Talvez. Mas ignorar esta realidade pode custar caro demais. Principalmente quando essas pessoas estão dentro da sua própria casa, sentadas na mesa de jantar, conhecendo cada fraqueza nossa desde a infância, podem ser amigos de longa data ou que acabamos de conhecer.
Esse tipo de pessoa domina uma arte perturbadora, parecem incrivelmente prestativas. Chegam antes que você peça por ajuda. Elas sussurram conselhos, nos dão um ombro amigo, fazem favores pequenos que te deixam em débito emocional. Constroem uma imagem de salvadoras, enquanto, tecem a rede que vai te prender.
O que torna tudo mais difícil é que elas não são grosserias. Não chegam gritando ou ameaçando. Pelo contrário, elas são amorosas, ou pelo menos parecem ser. Tentam ocupar um lugar especial em nossas vidas, são quase insubstituíveis.
A empatia que demonstram é uma performance. Estudada, calculada, convincente. Mas se você prestar atenção, vai notar algo estranho. Existe um peso no ar quando elas estão por perto. Uma sensação de desconforto que você não consegue explicar. Seu corpo sabe antes que sua mente que algo está errado. Nossa intuição nos alerta, mas tendemos a não dar ouvidos.
Existem pequenos sinais que gritam silenciosamente. Tem algumas coisas que denunciam essas pessoas, mesmo quando a máscara está bem colocada. Primeiro, a ajuda deles sempre tem um preço invisível. Pode não ser dinheiro. Pode ser sua liberdade, sua autoestima, sua paz. Essas pessoas costumam fazer favores geralmente em nosso momento mais difícil, viramos devedores. E vão cobrar cedo ou tarde.
Segundo, elas tendem a criar o caos para chegar com a solução, alimentam conflitos entre outras pessoas, espalham mal entendidos, plantam dúvidas para poder chegar como mediadoras generosas. É como atear fogo na casa para depois oferecer um copo de água, esperando gratidão eterna.
Terceiro, elas estudam você nos mínimos detalhes. Observam suas fraquezas, seus medos, seus desejos. Guardam essa informação para ser usado no momento certo, quase sempre de nossa maior fragilidade. Querem nos ver vulneráveis, de preferência submissos.
Quarto, essas pessoas inventam situações com maestria. Se você questiona, vira um ingrato. Se você se afasta, vira frio. Se você reclama, vira louco. Elas são vítimas eternas nas próprias narrativas e você acaba sendo o vilão da história.
Quinto, e talvez o mais revelador. Outras pessoas ao redor dessas vivem diminuídas, confusas, sempre se desculpando. Sempre duvidando de si mesmas, sempre cansadas. Ninguém tem grande importância na vida dessas pessoas. É como se a presença delas sugasse a energia de todos ao redor.
Esse tipo de pessoa é um destruidor emocional ou como a psicologia chama de psicopata. Sente prazer em manipular, em dominar e deseja que a gente fique dependente emocionalmente e às vezes até financeiramente. A melhor forma de identificar essas pessoas é focando no autoconhecimento, desenvolvendo amor próprio.
Quando estiver frágil emocionalmente, fisicamente e financeiramente tente se aproximar de pessoas que já conhece, busque por amigos confiáveis, não aceite ajuda de estranhos duvidosos. Você é especial e amado pela espiritualidade superior. Confie nos seus instintos de sobrevivência e valorize quem fica ao seu lado em todos os momentos. Eu estou a disposição para ter ajudar com palavras amigas e verdadeiras.
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