segunda-feira, 12 de abril de 2021

O mal que nos ronda em decorrência ao isolamento social

                 Viver em sociedade faz parte da natureza humana, somos sociais e gostamos de conviver em meio a familiares, amigos e colegas. Na codificação do espiritismo os espíritos orientadores nos disseram que "Deus fez o homem para viver em sociedade'', lhe deu as palavras e todas as outras faculdades necessárias para vivermos da melhor maneira possível.
                 Em termos biológicos, somos pessoas gregarias, ou seja vivemos em bandos e multidões, faz parte do processo evolutivo de todo ser vivo estar unido a sua espécie, por isso nascemos em meio a famílias e ao crescermos desenvolvemos a necessidade de constituir uma nova família ou participar de um grupo familiar.
                Os animais vivem em bandos, se agrupam em uma população mais ou menos estruturada, permanente ou temporânea, visando a proteção de todos, principalmente dos mais fracos, jovens e velhos. Para nós, humanos, viver isolado não é algo natural, pelo contrário, sentimos a falta do convívio e tendemos a sofrer com esse procedimento voluntário ou obrigatório.
                A constituição bio-psico-social humana gosta de ver, ouvir, sentir e tocar outras pessoas, por isso que essa pandemia que atualmente estamos passando, tem causado mudanças radicais em nosso emocional, muitos estão desenvolvendo doenças psicossomáticas com o isolamento social. O medo ronda nossos pensamentos e acaba nos aprisionando.
                Há dois fatores que justificam o isolamento social, guerras e questões sanitárias. A grande maioria de nós não existia no período da última guerra mundial, mas se já estivéssemos nascidos, muito provável a grande maioria dos civis teriam sidos obrigados a ficarem trancados em casa para sua própria segurança.  Não é a primeira vez que passamos por uma pandemia mundial, sempre que surgem doenças graves, infecciosas e transmissíveis é exigido da população permanecer em isolamento para reduzir a contaminação e a taxa de mortalidade.
                 São situações especificas e temporárias, que cessadas as causas geradoras, voltaremos a normalidade da convivência social. Para os seguidores do espiritismo, o isolamento absoluto é contrario as leis da natureza, pois os homens buscam instintivamente a sociedade e todos devem contribuir para o progresso, ajudando-se mutuamente.
                 O isolamento involuntário ou obrigatório, por guerras ou doenças, caracterizam ocorrências que marcam o nosso estágio evolutivo. As doenças indicam em maior ou menor grau que ainda somos espíritos enfermos, por isso que o espírito Emmanuel nos aconselha a agir com moderação e discernimento ante as enfermidades existentes no mundo: ''Não observe os semelhantes pelo caleidoscópio das aparências.''
                 É necessário reconhecer que nós somos espíritos em serviço na terra, estamos temporariamente encarnados, mas podemos retornar para nossa morada espiritual a qualquer momento, ante o volume de débitos que contraímos em nossas existências passadas, somos doentes em laboriosa restauração.
                 O planeta terra não é somente escola, mas também hospital para podermos sanar nossos desequilíbrios emocionais. A reencarnação regenerativa só acontece por meio de sofrimento e suor, que são na realidade nossa medicação compulsória. Somos todos enfermos pedindo alta. Compadeçamo-nos uns dos outros, a fim de que saibamos auxiliar a todos que passam por momentos de sofrimento e dor, estamos juntos por esse motivo. 

Um comentário:

  1. Muito boa elucidação! Agora é pôr em prática o "Compadeçamo-nos uns dos outros", pois nos tempos atuais não está fácil, no entanto se faz necessário o exercício diário do não julgamento e ajuda mútua.

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