Quando nos tornamos adultos

             Para a idade cronológica chegar as 21 anos significa ser adulto, mas em termos emocionais não existe uma idade especifica, mas sim um despertar para o amor próprio, para priorizar o que nos faz bem e nos dá prazer.

            O amor é o sentimento que nos faz crescer e evoluir mais rapidamente, mas é algo difícil de ser sentido. Eu já amei meus pais, meu marido, meus filhos e meus amigos, finalmente comecei a me amar.

            Acabei de perceber que não sou um atlas, afinal o mundo e as pessoas não repousam sobre meus ombros, mas sim ao meu lado, caminham comigo. Crescem, aprendem e sofrem, eu querendo ou não. Descobri isso e perceber que o mundo continua a girar sem a minha presença é libertador.

            Agora parei de negociar com vendedores de frutas e verduras. Afinal alguns centavos a mais não irão abrir um buraco em meu bolso, mas podem ajudar quando estamos economizando para algo importante. Saber abrir mão de algumas coisas supérfluas é importante em nosso crescimento emocional.

            Costumo pagar o taxi sem esperar o troco, pois o dinheiro extra pode trazer um sorriso no rosto do motorista. Afinal ele trabalha muito mais duro do que eu. E esse dinheiro não me fará falta.

            Parei de contar aos mais velhos as mesmas histórias que muitos já contaram. Certas histórias fazem com que determinadas recordações surjam junto com certa dor ou saudade. Hoje conto piadas e boas histórias, dessa forma alegro o meu coração e ganho sorrisos de presente.

             Aprendi a não corrigir as pessoas, (as vezes esqueço que aprendi) mesmo quando sei que elas estão erradas. Afinal a responsabilidade de achar que todos são perfeitos não é minha. A paz é mais preciosa do que a perfeição. Se a pessoa escolhe viver presa em uma bolha, o problema é dela.

             Tento dar elogios de forma simples e generosa, pois isso melhora o humor do destinatário e também de mim mesmo. 

             Deixei de me sentir incomodada com qualquer pequena mancha em minhas roupas, afinal a personalidade fala muito mais alto do que as aparências.

             Aprendi a ficar longe de pessoas que não me valorizam. Eles podem não saber de meu valor, mas eu sei. 

             Fico calma quando alguém vem falar de politica ou corrupção, para mim isso é uma corrida de ratos rumo ao esgoto. Afinal não tenho politico de estimação, não sou rato e nem estou numa corrida, ou seja, deixo a pessoas falar e mudo de assunto.

            Estou aprendendo a conhecer e não ter vergonha de minhas emoções. Afinal são essas emoções que me tornam humana e quem eu sou realmente.

            Aprendi que é melhor abandonar o ego do que perder um bom relacionamento, afinal meu ego vai me manter distante e distraída com as coisas que realmente importam, enquanto que com os meus relacionamentos, eu nunca estarei sozinha.

            Aprendi a viver cada dia de forma única e como se fosse o último dia de minha vida, afinal hoje pode ser meu último dia. Estou fazendo tudo o que me deixa feliz, afinal sou responsável pela minha felicidade, e devo isso a mim mesma.

            Ser adulto não é para qualquer um, é para as pessoas que se valorizam, que se amam incondicionalmente e sabem que podem fazer de tudo, desde que não se perca a essência. Pois somos seres únicos em busca de equilíbrio e bem estar