terça-feira, 12 de março de 2024

o autoperdão é de extrema importância

              Na oração que Jesus nos ensinou, há uma parte que diz: ''Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido''. Se formos analisar é possível dizer que há um pedido de perdão e um comprometimento em perdoar quem cometeu uma ofensa contra nós. Sem dúvida, essa orientação é muito valiosa, mas o que quero chamar atenção é para o autoperdão.
              Na estrada do autoperdão, existem diversas paradas e muitos caminhos, devemos reconhecer que muitas vezes erramos e muitas pessoas também irão errar conosco. Reconhecer a culpa e reparar o erro é uma forma de iniciarmos o caminho do autoperdão. Precisamos entender que para ir de um caminho a outro, não é possível pular estradas ou paradas, mas sim transformar o caminho em aprendizado. 
              Quando encontramos um ponto em que erramos, é preciso acertar antes de buscar por novos caminhos, o autoperdão se inicia ao confrontarmos nossas ações em busca de solução e reparação. Entender que somos passiveis de erros, assim como todo mundo, já é um grande avanço rumo a transformação pessoal e o autoperdão.
               O autoperdão é um caminho que não tem volta, pois a partir do inicio da grande transformação, não seremos mais os mesmos e veremos as paradas de nosso caminho evolutivo como novas formas de mudanças e aprimoramento.
              É importante lembrar que o autoperdão só é necessário quando houver culpa, se a pessoa não percebe a culpa, não sentirá necessidade de se perdoar. Creio que este é o ponto chave dessa reflexão. Precisamos aceitar que todos erram e vários graus, formas e situações, somos seres em busca de conhecimentos evolutivos.
             Quando não lidamos com a culpa de forma correta, a mesma assume proporções diversas, levando-nos ao remorso, à estagnação do processo evolutivo, e até mesmo a autodestruição. É comum criarmos uma resistência mental ao autoperdão, revivendo em um looping continuado o erro cometido, gerando consequentemente um grande desequilíbrio emocional e espiritual.
              Devemos lembrar que nosso perispírito capta tudo, registra toda a vida terrena e quando ocorrer a morte física, este registro não é apagado. O perispírito é o corpo imperecível da alma, ele é a nossa individualização e intensificação de tudo o que sentimos e pensamos. É uma identidade que se refere à sua própria história, às suas características evolutivas.
              O perispírito é a identidade que guarda nossas qualidades positivas e negativas e transmite na próxima encarnação para o corpo físico. Tudo o que foi aprendido já vem registrado em nossa mente espiritual como algo certo, aquilo que precisamos aprender vem registrado no corpo físico para ser colocado em prática.
              Os erros cometidos em vida, permanecem gravados em nossa mente após o desencarne. Se não forem reparados nesta última vida serão na próxima, a conta matemática tem que fechar para sermos pessoas melhores. 
             Com o passar dos anos e das encarnações precisamos reparar nossos erros e culpas, para nos libertarmos dessa energia negativa que nos acorrenta ao passado, impedindo-nos de evoluir e de sentirmos paz. O autoperdão é essencial, mas como alcança-lo?
             Adentrar ao processo do autoperdão é dar uma chance para nós mesmos de sermos diferentes. Após reconhecermos o erro, precisamos transformá-lo em acerto, conversando com os dois lados da história, afinal se eu errei, magoei alguém; se o magoado fui eu, preciso perdoar quem me magoou para ter paz e continuar minha caminhada.
             Entretanto não se deve esperar um perdão gratuito, pois perdoar-se é consequência de um esforço continuo de enriquecimento moral, de aceitação, comunhão com as leis do universo e em comunhão com você mesmo. Afinal tudo se resume a nós, como encaramos as dificuldades, como nos perdoamos e como queremos ser perdoados. Faça o seu melhor e siga me frente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário