segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Cuidado com o fanatismo

          Faz parte de nós seres humanos a procura pela felicidade, pelo bem estar; desejamos ardentemente prosperidade e muitos amigos verdadeiros. Gostamos de estar em meio aos que pensam e agem como nós, mas as vezes este querer nos leva por caminhos tortuosos, beirando ao fanatismo.
           O ano é 2020, vivemos atualmente uma pandemia mundial, onde o medo de contrair uma doença que pode levar a morte física nos prende em casa. O ser humano gosta de convívio e liberdade, quando essas alternativas são tiradas o animal irracional que ainda vive em nós aflora com todo o seu potencial dominador e destrutivo.
           Aquela pessoa calma e serena desaparece e o medo unido ao isolamento tende a causar fanatismo desenfreado. Alguns querem obrigar o mundo a ser, pensar e agir da forma como eles acreditam ser a certa. A partir do momento em que a minha vontade é a que deve prevalecer, algo não está bem.
           O fanatismo sempre esteve presente no mundo, principalmente no meio religioso, foram séculos de guerras em nome de Deus, pela melhor raça e por domínio dos menos favorecidos. Existe o fanatismo pelo esporte, onde a prioridade é sempre ver quem é o melhor, isso sem falar em política, onde os ideais deveriam ser para o povo que os elegeram e não por brigas entre si, como se o momento atual de pandemia que valoriza o medo, já não fosse suficiente.
             Existem pessoas que tem o dom da palavra, conseguem convencer muitos de uma realidade que quase sempre não existe, vocês lembram o que aconteceu em 1979 na Guiana? Onde 918 pessoas cometeram suicídio ou foram assassinadas nem templo religioso comandado por um pastor que se dizia socialista. 
             Hoje em dia o fanatismo está um pouco mais velado, ou seja, está disfarçado de ideologia religiosa, política e até de gêneros. Até quando iremos precisar passar por esse tipo de atitude? Será que precisamos realmente de líderes para nos dizer o que certo ou errado? Será que um dia conseguiremos ter discernimento, coerência e respeito com quem pensa diferente?
             É tanta gente fazendo um desserviço para a sociedade que as vezes o desanimo toma conta. Fanatismo, racismo, charlatanismo e outros ismos sempre estiveram andando ao nosso lado, seja na religião, política, no meio acadêmico e científico; a única forma segura é a instrução, povo que estuda tem discernimento de opinião.
             O esclarecimento repele o entusiasmo cego, precisamos aprender a observar com frieza, clareza e calma, evitando o caminho da vitimização, das ilusões e mistificações. É imprescindível termos cuidado com a boa fé, nossa e das pessoas que nos cercam, as vezes precisamos abrir os olhos, questionando antes de aceitar qualquer coisa como certa ou verdadeira.
             A fé cega vai aos poucos cedendo lugar para a fé raciocinada, que nos oferece a oportunidade de cultivarmos bons sentimentos e percepções do que circula ao nosso redor. O discernimento nos preserva de uma exposição ao ridículo, ao extremismo e fanatismo que nos deixam alheios a realidade, bom senso e equilíbrio.
             Crie o hábito de reavaliar os dois lados de qualquer situação, olhe com olhos livres de preconceitos, dogmas ou frases feitas. Aprenda a pensar, questionar e refletir por si mesmo. Jamais aceite uma verdade sem antes estuda-la por todos os ângulos, esse é o melhor caminho para uma vida equilibrada e plena. Seja feliz com suas decisões hoje e sempre....

          

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