Tem dias em que minha mente fica acelerada, busco o entendimento de certas situações e parece que estou andando em círculos. Porque nos preocupamos com coisas triviais, quando deveríamos focar em termos uma vida mais leve e plena?
Quem nunca se questionou dos caminhos que tem seguido? Das dificuldades que tem passado? Das amizades que se perderam? Qual é o verdadeiro sentido da vida? Sou feliz ou simplesmente deixo a vida seguir seu rumo?
Essas perguntas fazem parte de nosso desenvolvimento intelectual, mas também estão associadas ao nosso crescimento emocional, afinal nossas emoções tendem a nos desestruturar o tempo todo, pois não aprendemos ainda a controlar os males do ego. O ego é a forma com que nossas emoções se expressam, pois queremos que o mundo gire ao nosso redor.
Sigmund Freud, pai da psicanalise, acreditava que o ego é um dos principais elementos da personalidade humana, o ego atua como um centro de consciência, é responsável pelo lado mais racional, lógico e cientifico de cada um de nós. Além de ser responsável pela nossa interpretação e ação com as problemas do mundo exterior. O ego é a parte consciente dos indivíduos e se desenvolve a partir da interação do ser humano com a realidade.
O ego, quando equilibrado, tem como principio a base na realidade. Essa realidade é adquirida através do meio sócio cultural, onde o ego, ao assimilar esse meio, começa a se esforçar para satisfazer os desejos do inconsciente, numa forma realista e adequada a forma social vigente. Mas quando em desequilíbrio, tende a acreditar que o mundo está contra si, cria neuroses e medos em relação a vida, as pessoas e a forma como é tratado.
O Ego, quando é controlado e equilibrado, entende o principio real da realidade, pondera sobre os custos e benefícios de uma ação, antes de decidir agir sobre desistir ou ceder aos impulsos. Faz parte de nosso inconsciente doentio exigir do mundo uma gratificação atrasada, como se fossemos as vitimas das circunstâncias.
Conforme nossa criação e o que se esconde em nosso inconsciente, iremos decidir o que convém em nosso comportamento, qual a melhor forma e lugares apropriados para determinadas ações e reações, para evitarmos situações constrangedoras e inadequadas. Ou seja, mesmo que haja uma necessidade absurda de agir por impulso, quando o ego estiver equilibrado e agindo a nosso favor, podemos controlar a vontade adequando a ação ao meio social.
Através dos estudos de comportamento, o ego é responsável por descarregar a tensão criada por impulsos não satisfeitos através de um processo secundário, no qual o ego tenta encontrar um objeto no mundo real que corresponde a imagem criada por seus desejos inconscientes.
Nesses casos é comum a pessoa desejar algo que muitas vezes está inacessível a ela, como por exemplo ganhar várias vezes na loteria ou desejar casar-se com uma celebridade que vive em outro país. São desejos tão absurdos para a grande maioria, mas que para essa pessoa é algo que ela consegue realizar facilmente, como o passar dos anos vai se decepcionando e abrindo processos de neuroses e auto sabotagens.
O ego pode ser nosso maior aliado ou nosso maior inimigo. O ego nada mais é do que nossa identidade, nosso eu verdadeiro, nossa personalidade, caráter, nossa real consciência, que pode estar totalmente desequilibrada pelo meio ao qual vivemos, pela educação deturpada que muitas vezes recebemos. É preciso buscarmos o equilíbrio para podermos viver em sociedade, afinal não conseguimos viver isolados e longe de tudo.
Sempre que certas perguntas ou questionamentos afligirem sua mente, reflita, faça comparações, peça ajuda de profissional qualificado, resolva essas dúvidas para poder entender o que realmente circula em sua mente, pois é desses questionamentos que surgirá o equilíbrio interior e seu discernimento.
Nascemos para questionar, aprender, vivenciar novas experiências, encontrar a felicidade nas pequenas coisas, amar e ser amado, buscando incessantemente a felicidade. Este é o real motivo de estarmos aqui, vivendo temporariamente num corpo humano, pois somos luz e para essa luz caminhamos o tempo todo.
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