quarta-feira, 22 de julho de 2020

Só sei que nada sei

         ''Aquele homem acredita saber alguma coisa, sem sabê-la, enquanto eu, como não sei nada, também estou certo de não saber.'' O termo mais usado ou como os estudiosos chamam de imprecisão da frase famosa de Sócrates ''só sei que nada sei'' deriva do fato do autor não dizer que nada sabe, mas sim, que não pode saber com absoluta certeza, mas se sentir confiante acerca de certas coisas.
         Sócrates que era um homem muito a frente de seu tempo, estudioso, professor e filósofo, tinha discernimento para dizer que nem tudo sabia, mesmo sabendo de muitas coisas. Como nós, seres em constante evolução podemos ter certeza de algo?
         Muitas questões estão presentes em nossa vida, existem perguntas que queremos respostas, mas ao mesmo tempo temos medo de perguntar. Quem somos, de onde viemos, para onde vamos, qual é nossa missão?
          Com a doutrina espírita, surgiu um novo caminho, está definido que somos espíritos eternos, irmãos diferentes nascidos da mesma luz, sujeitos as mesmas leis, direitos e obrigações. Todos partimos do mesmo princípio, usamos o livre arbítrio para nos definirmos como individualidades vida após vida, somos hoje as consequências do que fizemos ontem e certamente somos nossa própria continuidade. Estamos destinados a felicidade e perfeição progressiva segundo nosso desejo e esforço, em concordância com as leis do trabalho, do amor e da justiça.
            Porque estamos vivendo aqui na terra? Reconhecidamente somos seres imperfeitos, endividados perante nós mesmos e os outros, doentes de alma, corpo e emoções; muitas vezes com pensamentos e sentimentos insanos. Buscamos a cura física, emocional e espiritual, reencarnando sucessivamente em planetas ao qual sintonizamos por frequência mental e moral, ou seja, estamos aonde precisamos estar para aprendermos a sermos pessoas melhores.
            Quem sou eu em meio a tantas culturas e diversidades? Se refletirmos com sinceridade e coerência, chegaremos a conclusão que somos totalmente desconhecidos de nós mesmos, temos uma visão deturpada e infantil da realidade. Sabemos que somos seres eternos e mesmo assim tememos as doenças e mortes físicas. Queremos saber qual é nossa missão e ao mesmo tempo fugimos de todo e qualquer comprometimento.
            Uma das grandes dificuldades que assolam a humanidade é a preguiça unida ao medo de fazer algo diferente. Nunca em toda a história do planeta estivemos tão avançados em certos assuntos e tão parados ou melhor, travados moralmente. Atualmente a tecnologia, a ciência e até a medicina deram saltos gigantescos em prol de nossa mudança, mas um vírus criado em laboratório nos obriga a estamos isolados e com medo. Você sabe o que o medo faz para nosso espírito?
             O medo nos aprisiona emocionalmente e espiritualmente, cria uma abertura energética liberando nossas forças salutares para qualquer espírito maléfico drenar. O medo restringe nossos pensamentos, nosso viver, sentir e fazer, ou seja, somos prisioneiros de nossas emoções.
              Só sei que nada sei deveria ser uma frase motivadora e não bloqueadora. O que te prende ou te obriga a aceitar as verdades deturpadas que circulam na mente dos outros? Onde foi parar o seu senso de direção e certeza que somos imortais e eternos? Se o espírito não morre e aqui é uma pequena e ínfima passagem, qual é o sentido de termos medo de um vírus, doença ou morte?
              Adquira o hábito de questionar tudo, abra sua mente espiritual para a meditação, procure conhecer o que verdadeiramente circula em seu íntimo e não aceite qualquer verdade. Somos seres espirituais vivendo uma experiência humana.
     

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