segunda-feira, 26 de julho de 2021

Diga-me quem és e te direi com quem andas

          Segundo o ditado popular: diga-me com quem andas e te direi que és. Essa expressão está associada com as nossas companhias, dependendo de quem escolhemos para caminhar ao nosso lado, supõe-se quem somos. Mas será que é tão simples assim?
          É inegável que somos atraídos para certas pessoas e energias, mas segundo o ditado popular, são elas que nos definem. Mas o que vai em nossa mente, nossas ações, atitudes, sentimentos e emoções não dizem nada? Eu acredito que vale muito mais o meu pensar do que o pensar de quem está próximo.
           Em minhas andanças pelo mundo dos espíritos, tenho observado que o ditado popular não é a verdadeira realidade das coisas, afinal se alguém consegue nos influenciar é porque de certa maneira nós acreditamos ou compactuamos com os mesmos pensamentos e sentimentos. Nada acontece de forma isolada.
            Os espíritos costumam dizer: diga-me quem és e te direi com quem andas. Os seres espirituais entendem que somos nós quem definimos aqueles que se aproximam, nós escolhemos mesmo que de forma inconsciente quem irá se aproximar, quais energias e seres espirituais estarão caminhando ao nosso lado. Segundo Paulo de Tarso: estamos cercados por uma nuvem de testemunhas.
              A grande maioria dos habitantes da terra não tem muita percepção do que circula ao seu redor, poucos são os que sentem as energias ou presenças espirituais, um número ainda menos são as pessoas que conseguem de forma lúcida ver, conversar e interagir com os espíritos. Temos muito o que aprender e desenvolver em termos psíquicos.
              Mesmo para os que possuem uma certa abertura psíquica e espiritual é comum as emoções turvarem nossas percepções. Viver enclausurado a um corpo denso e em meio a imensidão de pensamentos e emoções não é fácil, imagina ter 24 horas de lucidez espiritual?  Na maioria das vezes conseguimos somente alguns minutos de percepções reais e lucidas.
               Os meus pensamentos no bem, minhas emoções sob controle e o entendimento de que somos imperfeitos já é meio caminho da lucidez espiritual. É impossível estar aberto as influências dos bons espíritos se pensamos incessantemente nos bens materiais, em dinheiro, sexo e prazer desenfreado. A mente humana é lenta, não consegue pensar ou agir de forma racional se nosso corpo exige certos prazeres. Precisamos treinar a mente para estar acessível a influenciação de boas energias.
                Esse treino é o desenvolvimento do auto conhecimento, precisamos parar de focar somente nos prazeres carnais e materiais para desenvolvermos nosso potencial psíquico. Em meus cursos e atendimentos terapêuticos, percebo que uma grande maioria quer se aprimorar, procura a melhora íntima, mas não consegue se afastar do prazer exagerado que a comida, o sexo e o dinheiro pode trazer.
                Esquecemos que estamos aqui temporariamente, que usamos esse corpo por um tempo mais ou menos pré-estabelecido, que aqui é uma escola, mas a verdadeira vida é a espiritual. Quando aceitarmos que podemos viver de forma confortável sem excessos ou exageros e ainda assim crescer e aprender coisas novas, aí estaremos adentrando a um mundo novo de experiências, de sensações e de amorosidade.
               Comece a relaxar, medite, faça exercícios, caminhe em meio a natureza, aprenda a gostar de sua própria companhia; ame a pessoa que você se tornou, respeite-se e busque fazer o seu melhor diariamente. A vida é uma via de mão dupla, quanto mais você agradece, mais coisas boas surgem no seu caminho.

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