A cada dia ouvimos relatos de pessoas que passaram pela experiência de quase morte, outras pessoas estão se deparando com o mundo espiritual de forma simples e natural. A ciência tem comprovado constantemente que não estamos sozinhos no universo, mas para muitas pessoas ainda é difícil aceitar que os espíritos dos mortos podem se comunicar com os vivos.
Através de pesquisas, o professor e psiquiatra Ian Stevenson da universidade da Virginia, conhecido como o caçador de vidas passadas, falecido em 2007,constatou que nada é o que parece ser, ele dedicou boa parte de sua vida na investigação de lembranças trazidas por crianças. Onde centenas de relatos provam a existência de outras vidas, a morte não é o fim, mas sim o começo de uma nova vivência, segundo ele em nossa trajetória evolutiva nascemos e morremos diversas vezes.
Para o espiritismo a reencarnação é algo natural, afinal é muito comum um espírito se comunicar através de um médium, nas reuniões mediúnicas que ocorrem nas casas espíritas, onde um pequeno grupo estuda e põe em prática os ensinamentos de Kardec, o médium assume temporariamente a personalidade do espírito comunicante, seu trejeitos, modo de falar e o conhecimento que tinha antes da morte física. Para muitos isso é algo sobrenatural, para nós os estudiosos da doutrina espírita é corriqueiro.
Em seus momentos de lazer, o crítico de arte sueco Friedrich Jürgenson (1903-1987) tinha o hábito de gravar o canto dos pássaros. Ao escutar uma dessas gravações, deparou-se com vozes humanas entre o canto das aves. Depois de várias pesquisas e aperfeiçoamento de seus métodos de captação, descobriu que as vozes eram originárias de pessoas mortas. Colocou suas pesquisas em um livro, que no Brasil foi traduzido como ''telefone para o além''.
Muitos estudiosos dedicaram suas vidas a pesquisas, dentre essas pessoas, boa parte eram de cientistas não religiosos, o que comprova ainda mais a tese de continuidade da vida. O escritor português Fernando Pessoa, valorizava muito as visões de Dante, até porque ele mesmo viveu vários estados de transe e escreveu muitos livros com seus heterônimos ou pseudônimos, quando na verdade eram entidades espirituais que lhe influenciavam na hora de escrever.
O que dizer do amado Chico Xavier que escreveu centenas de livros sobre espiritismo, acalentou o coração de mães e pais que perderam seus filhos prematuramente, houve até casos em que o morto veio contar quem o tinha assassinado para libertar alguém que estava sendo julgado e condenado inocentemente. Seria tudo mentira o que foi escrito e falado por Chico Xavier? De onde ele tirou relatos tão detalhados, cartas em que a letra era exatamente igual ao falecido e livros históricos que nenhum de nós que vive atualmente lembra do passado longínquo?
Hoje em dia temos uma rica literatura sobre o assunto, a ciência comprova que o mundo não é só o que vemos, mas que existe muito mais ainda desconhecido. A vida aqui no planeta terra é só uma passagem rápida. Somente essa esperança de continuidade já deveria ser uma vacina de bom ânimo contra o desespero.
É saudável e natural sentirmos saudade dos que já partiram, mas jamais a revolta, afinal sabemos que um dia todos iremos morrer, o corpo físico e orgânico é mortal. Perdemos a comunicabilidade temporária com esse ente querido que partiu, mas o amor que nos uniu fará com que nosso reencontro aconteça cedo ou tarde. Nada se perde, a distância está em nossa mente, através do pensamento podemos nos conectar com nossos amores.
A vida vale a pena e ela continua para além da morte, além do corpo biológico, e transita por entre todos os mundos espirituais, com a consciência plena de que fizemos o nosso melhor na terra. Ainda que tenhamos sido atropelados por erros, enganos e dúvidas, conseguimos aprender muitas coisas, lapidamos nossa mente, nossa moral e espírito.
Sempre é tempo para recomeços, a vida se expande muito mais do que podemos imaginar e do que nossos olhos podem enxergar. Estude, pesquise, desenvolva seu intelecto em prol de sua moral e deixe o amor entrar em sua vida, viver é tudo de bom.
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