Ao reencarnamos no planeta terra, podemos escolher fazer o mal?

                      Constantemente deparamo-nos com situações e noticias trágicas, parece que a violência tomou conta do ser humano. Na verdade o mal sempre esteve ao nosso lado, assim como a violência. Se formos pesquisar a quantidade de guerras e brigas por territórios que o planeta passou, perceberemos que foram muitas, mesmo hoje com toda a tecnologia a nosso favor e a medicina curando doenças físicas e emocionais, já era hora do mal desaparecer, mas parece que ainda temos muito a mudar. 

                       Em meio a tantas dúvidas e questionamentos, a pergunta da vez é: será que posso escolher fazer o mal em minha próxima encarnação? Segundo a doutrina espírita, as escolhas das provas, de maneira livre e consciente só é permitido ao espírito que possui certo grau de conhecimento, discernimento e qualidades morais, ou seja, a grande maioria de nós não tem essa opção, pois o mal ainda habita em nosso íntimo.

                        Certas pessoas tem a ilusão de acreditar que por seguir alguma religião ou doutrina, conhecem verdadeiramente a lei universal. Tudo de bom que aprendemos fica gravado em nossa mente espiritual e permanece como certezas em nossa mente física, mas o que não aprendemos ou teimamos em continuar a praticar, surge como doenças e dúvidas em nosso períspirito e consequentemente agem no corpo físico. Mesmo com o livre arbítrio de escolher o melhor caminho, ainda somos manipulados por pensamentos, sentimentos e emoções que quase sempre nos dominam.

                           As leis universais são sábias, tudo o que praticamos de errado, cedo ou tarde virá ao nosso encontro pelas leis de causa e efeito, de ação e reação e pela lei da justiça, nada fica impune. É por isso que mesmo estando no caminho do bem, nossa mente teima em questionar e sente vontade de continuar a fazer o que sempre fez. A mudança interna é dolorosa, quem usou de forma errada o corpo sofrerá as consequências cedo ou tarde, isso vale para os relacionamentos, pelo dinheiro, trabalho e muito mais. Não existe castigo ou punição, atraímos aquilo que praticamos, no passado ao na atualidade.

                           Se partimos do princípio que não somos espíritos tão bons assim, fica claro que também não temos a permissão de escolher praticar o mal, afinal estamos aqui para sermos pessoas melhores, aquele que se propôs a mudar em sua próxima encarnação, mas ao nascer é dominado pelos instintos do mal e o pratica, no fundo não escolheu isso, ele ainda está tentando ser uma pessoa melhor, mas foram tantos anos ou séculos no mal que fica difícil mudar drasticamente, ele precisa passar por situações e até sofrimentos para querer internamente sair desse caminho e conseguir realmente mudar.

                           Ninguém nasce predestinado a sofrer ou praticar o mal, quase sempre é uma luta interna dele contra suas tendências e hábitos enraizados em sua mente e períspirito. Quem somos nós para julgar, se até o Mestre Jesus nos disse: ''que atire a primeira pedra aquele que nunca errou.'' Cabe a cada um de nós exigirmos da sociedade e governantes punições que os ajudem a mudar, a extirpar o mal que ainda vive dentro de cada um. Se estamos no mesmo caminho é porque de certa forma precisamos aprender algo ou ajudar essas pessoas na mudança.

                         A justiça divina é perfeita, nos permite vivenciarmos todo tipo de situações, dramas, doenças e sentimentos, para que possamos despertar e trilhar o melhor caminho rumo a verdadeira mudança interna e espiritual. Estamos humanos, mas somos seres espirituais, a cada nova encarnação, novas oportunidades de aprendizados, mudanças e reencontros. Aprenda a dominar o mal que teima em permanecer dentro de seu coração. Somente o amor pode eliminar, transformar e mudar sua vida.