Algumas doenças surgem em nossa vida para que possamos eliminar o mal cometido em outras vidas, geralmente esse mal é contra nós mesmos em forma de excesso de pensamentos, cobranças e falta de disciplina. O mal de Alzheimer por exemplo é uma doença que está associado ao excesso de pensamentos.
Segundo a ciência médica, a doença de Alzheimer é uma demência neurodegenerativa que geralmente acomete pessoas de idade, mas algumas pessoas com menos de 60 anos já estão desenvolvendo essa doença. A causa real da doença ainda é desconhecida, mas sabe-se que ela acontece quando existe a falta do processamento de certas proteínas do sistema nervoso central.
Quando essas proteínas deixam de chegar até os neurônios, cria-se um espaço entre eles, deixando de existir a ligação entre as sinapses, ou seja, a eletricidade ou ondas elétricas que essas proteínas carregam para os neurônios, fazem com que estes estejam sempre interligados, a falta dessa ligação ou conexão é que causa a demência.
Os sintomas mais comuns são a falta de memória para acontecimentos recentes, repetição das mesmas perguntas, esquecimento de palavras, desconfiança sem justificativa, irritabilidade, agressividade e tendência ao isolamento. A evolução da doença é lenta e ainda não existe cura. Com a falta da ligação das sinapses o cérebro para de interagir e automaticamente deixa de dar os comandos de funcionamento, criando uma degeneração mental e orgânica.
Em termos espirituais a doença pode se manifestar no organismo em decorrência aos excessos de pensamentos, que podem ser de forma inconsciente ou consciente, a culpa, amargura e o ressentimento sempre estão associados a essa doença. Geralmente pessoas que sofreram uma grande desilusão ou fizeram algo ao qual se culpam, tendem a desenvolver essa doença.
Esses sentimentos de autopunição, desta e de outras vidas, mas a somatização do dia a dia faz o cérebro sucumbir. Essa deterioração é irreversível, pelo menos nesta vida, pois sabemos que na próxima podemos recomeçar uma vida nova, esquecendo do passado, mas, se as cobranças continuarem, desenvolveremos novamente a doença.
Em meus trabalhos no plano espiritual, conheci muitas pessoas que passaram por essa doença, chegam do lado de lá em farrapos emocionais. Se cobram por aquilo que fizeram e pelo que deixaram de fazer. É sempre preciso uma ajuda emocional e de terapeutas para conseguirem se perdoar e recomeçar sem mágoas ou ressentimentos.
Conheci Marina num desses atendimentos, ela passou anos no plano físico com a doença, ao acordar no plano espiritual queria morrer novamente, pois não conseguia lidar com sua revolta por não ter conseguido tomar nenhuma atitude. Vou transcrever nosso diálogo:
-Olá Marina, como você está se sentindo hoje?
-Eu não quero falar sobre o passado, sei que errei e não consigo entender porque fui tão burra.
-Quando estamos na carne, nem sempre possuímos o discernimento que temos aqui, realmente é difícil conseguir lidar com certas provas, mas lembre-se que sempre podemos fazer diferente em outra vida, essa é a beleza da reencarnação.
-Mas eu não quero nunca mais encontrar aquele canalha, essa vida já foi o suficiente. Ele me fez sofrer muito, como se já não bastasse a violência física e psicológica
ainda houve as traições. Me nego nascer e viver com ele novamente.
-Ninguém pode te obrigar, mas já pensou que essa é uma forma de você se reconciliar com ele e cada um poder seguir seu caminho sossegado. Que tal olharmos no seu passado? Vamos ver como foi sua vida antes dessa última?
-Para que? Não tenho curiosidade.
-Vamos olhar para a tela e depois conversamos.
Liguei a tela, que pode-se dizer que é um computador, e nós duas vimos juntas o passado de Marina. Nesta vida ela era a mãe de seu ex marido, ela foi uma péssima mãe. Engravidou de alguém que ela nem sabia quem era, pois ela era prostituta. Tentou abortar o feto diversas vezes, mas não conseguiu, quando o bebê nasceu, ela abandonou numa esquina qualquer e ele foi devorado por cachorros. O espírito ficou ao lado dela implorando por amor por muitos anos, ela o via o tempo todo. Acabou por enlouquecer e tomou veneno para acabar com sua vida.
-Meu Deus eu fiz isso com ele? Como pude ser tão cruel.
Ela chorava e se culpava muito. Após um tempo para que ela se recuperasse, falei:
-Marina, observe que sua culpa não vem da vida atual, mas sim do passado, ele de certa forma retribuiu o mal recebido, que tal vocês se perdoarem e recomeçarem uma nova experiência para transformar esse passado?
-Eu não tenho coragem de olhar nos olhos dele, como poderemos recomeçar uma vida?
-Ele está desse lado também, os anos em que ele foi obrigado a cuidar de você, fizeram com que ele mudasse, depois de sua partida, ele por muitos anos pediu seu perdão, você não o escutou porque tinha muito ódio em seu coração. Se você aceitar, posso arranjar um encontro com vocês dois, onde poderão conversar e esquecer de vez o passado. O que me diz?
-Eu preciso de um tempo para organizar minhas ideias, pois me sentia vitima, quando na realidade não sou.
-Pense e reflita, assim que estiver disposta me avise.
Conversamos mais um pouco e fui embora. Nos víamos semanalmente para nossa terapia, a cada semana ela estava mais leve e aberta ao conhecimento espiritual e a melhora emocional. Mais ou menos dois meses após essa conversa, ela pediu para que eu organizasse o encontro dela com seu marido.
No dia do encontro os dois estavam ansiosos, mas o reencontro foi emocionante, no início estavam tímidos, mas com o tempo foram se abrindo e conversando sobre o passado, houve perdão dos dois lados, muito choro e abraços. No final dessa conversa decidiram por reencarnar novamente juntos como mãe e filho para limpar todas as mágoas do passado e criar um futuro de paz e harmonia entre eles.
A doença de Marina ajudou ela e seu marido a trabalhar as energias densas do passado e lhes deu uma grande oportunidade de mudança interior, perceberam que os dois haviam errado e já era hora disso acabar. Portanto, olhe com bons olhos as doenças que surgem no seu caminho, pois elas aparecem com o intuito de que devemos olhar para nosso interior e transformar passado, presente e futuro.
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