segunda-feira, 30 de março de 2020

O triste hábito de rotular pessoas

           O planeta terra é habitado por vários tipos de criaturas, dentre elas estão as plantas, os animais e nós seres humanos. Todos agimos, reagimos e interagimos com o meio ambiente, alguns guiados por instintos e outros pela necessidade.
           O ser humano, além de existir pode modificar sua existência, pode também atuar no meio e transformar essa existência em algo melhor e muito mais proveitoso. A medida que evoluímos, tudo ao nosso redor também o faz, o planeta, as plantas, os animais, todos se beneficiam do crescimento do ser humano.
           Nossas complexas estruturas psíquicas nos fazem reagir positivamente ou negativamente aos estímulos externos mediante nosso livre arbítrio. Dessas reações decorrem as demonstrações de força ou fraqueza, de coragem ou covardia, de fé ou descrença, de amor ou ódio, de altruísmo ou egoísmo, de humildade ou orgulho.
           Um dos maiores hábitos enraizados profundamente em nós é o de rotular coisas, situações ou pessoas. Rotulamos pessoas com dificuldades, com algum tipo de deficiência, pobres, ricos, homens, mulheres, crianças, negros, homossexuais, heróis, bandidos, são tantos rótulos que fica até difícil enumera-los.
          Quando rotulamos alguém, esquecemos que por trás desse rótulo existe uma pessoa, uma família, com sentimentos e qualidades próprias. Esse péssimo hábito de rotular não está somente na rua, está dentro de uma sala de aula, as vezes dentro de nossa casa, dentro de uma instituição religiosa.
           O grande problema não está no local, mas sim em nós que não conseguimos tirar de nossa mente  esse hábito nefasto. Ideias diferentes acabam por se transformar em movimentos paralelos, infelizmente linhas paralelas não se encontram nunca.
           No espiritismo se você estuda a ciência da doutrina, você é um estudioso científico, mas se gosta da doutrina como religião, então você é espiritualista ou religioso, porque existe rótulo onde deveria existir compaixão?
           Se você não concorda com certas práticas ortodoxas antigas e tem vontade de fazer algo novo para atrair um público maior, imediatamente aquele que se diz seu amigo de anos será o primeiro a dizer que você está sofrendo má influência espiritual. Será que ninguém pode ter opinião diferente da nossa?
           A melhor maneira de sairmos dessa sintonia de rótulos é mudarmos nossos pensamentos. É aceitar que todos tem direito a ter opinião, da mesma forma que queremos respeito, é preciso respeitarmos também. É a famosa empatia, respeito, bom senso, caridade e compreensão com todos que sofrem e com as diferenças.
           Evoluímos com as diferenças, são elas que nos ajudam a desenvolver tolerância, paciência e caridade. Comece a respeitar os que convivem com você e vá aos poucos ampliando a todos que circulam ao seu redor. Seja mais leve com os julgamentos, ame mais e reclame menos.   

Nenhum comentário:

Postar um comentário