segunda-feira, 2 de março de 2020

Quando a liberdade é confundida com libertinagem

          Na atualidade falar o que se pensa é normal, mas muitos falam sem pensar, a liberdade está sendo confundida com libertinagem. A liberdade foi uma conquista árdua das sociedades democráticas, muitos sofreram represálias e até foram mortos para termos liberdade, infelizmente há os que acham que liberdade é falta de respeito, mas o respeito é essencial em tudo.
          É imperioso apontar, que os tempos atuais tem sido difíceis para as manifestações culturais. Existe um desrespeito crescendo no âmago de muitos, a diversidade faz parte da nossa  evolução e do nosso planeta, ninguém é igual, e a diferença é que nos ajuda no desenvolvimento do respeito e da tolerância.
         Em sua grande maioria, os espetáculos são eivados de traços psicopatológicos, as manifestações musicais apresentam letras chulas, com exposição do corpo e baixíssimo padrão moral. E a denominada cultura é representada por mentes vis, que em nome de uma liberdade, espalham conteúdos degradantes.
         Não faz muito tempo, em nome de uma cultura de arte e liberdade, um homem despido deixou-se apalpar por crianças em um museu brasileiro. Isso é liberdade ou libertinagem?
         Noutro cenário, bem atual por sinal, uma escola de samba, evocando a liberdade e as brincadeiras em momento de carnaval, apresentou um Jesus sendo chicoteado pelo diabo, enquanto caveiras sambavam ao seu redor. E muitos líderes religiosos elogiando a liberdade. Existe respeito pela crença religiosa?
         Há alguns anos, uma famosa revista francesa achou que tinha liberdade de publicar caricaturas desrespeitosas do profeta Maomé, acabou por culminar em um ataque terrorista aos seus editores. É obvio que um ataque com mortos e feridos não é correto. Mais uma vez, tudo em nome da liberdade.

         A liberdade tem sido utilizada para justificar violências, seja contra Jesus, contra a mulher, contra a sexualidade, que é algo íntimo e não diz respeito a ninguém. Não sou a favor da censura, mas também não sou a favor do desrespeito em nome de uma libertinagem.
         Infelizmente, vivemos um momento de grande mudança em todos os sentidos, a ética não é mais importante e muitas vezes a liberdade é evocada para justificar praticas culturais ofensivas. Muitos tentam a todo instante macular a imagem do Mestre incomparável, que há dois mil anos é luz nas consciências humanas.
         Creio que cabê a nós espíritas e espiritualistas uma reflexão sobre o momento atual e como poderíamos ajudar a construir manifestações culturais mais edificantes. Afinal dizem que o conhecimento é libertador, estamos sendo libertos ou aprisionados pelo suposto conhecimento?
          Sempre que vejo esse tipo de libertinagem, recordo as palavras do apóstolo Paulo ''tudo me é permitido, mas nem tudo me convém''. É assim na vida, na alimentação, nos programas de televisão, na arte, na cultura... Que tipo de energia anda circulando ao seu redor? Você está sendo influenciado por bons ou maus espíritos? 

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