quinta-feira, 21 de abril de 2022

Desperte o bem que vive em você

               Parem o mundo, quero descer desse bonde chamado vida na terra. A princípio essa frase pode parecer uma brincadeira, mas não é. Viver no planeta terra é uma viagem curta, com a passagem de retorno já comprada muito antes de pensarmos em viajar.
               Nascemos e automaticamente nossas memórias são tão bem guardadas em nossa mente espiritual que somente no retorno, ou seja, após nosso corpo físico morrer é que iremos acessar essas lembranças. O que sabíamos já não lembramos mais, quem amávamos talvez não faça parte de nossa vida. Fica evidente que não será um passeio qualquer.
               Em meio a tudo novo, somos levados por caminhos e situações, dependendo das crenças que adquirimos com a convivência familiar, dogmas e religiosidade, sem falar em nossas emoções adoecidas. Percebo que o mundo exige de cada um de nós um posicionamento, uma certeza que a grande maioria ainda não desenvolveu.  
               Quem me conhece sabe que a razão é minha qualidade ou defeito dominante, não sou adepta a decisões impensadas, raramente isso acontece, e pela minha experiência, as poucas vezes que tomei uma decisão apressada, foi sempre errada. 
               Certos questionamentos tiram minha energia e bom humor, sem falar que nem todo mundo tem a mente aberta a diversidade. Porque é tão difícil aceitar que podemos ter opiniões diferentes e continuarmos nos respeitando? Porque tenho que escolher em apoiar os conceitos da direita ou da esquerda? Quando vejo coisas boas nos dois lados. 
                Porque devo apoiar determinada pessoa, pertencer a certa religião, gostar desse ou daquele gênero? Porque preciso ter um lado ou uma ideologia? Afinal somos livres para pensar e escolher o melhor caminho. Minha individualidade é única, assim como meus gostos, pensamentos e emoções.
               Algumas escolas psicológicas tentam impor uma padronização em relação ao comportamento humano. Escolheram algumas situações, transtornos e sentimentos e delegam um nome, uma doença. Será que realmente podemos estar classificados dessa forma como se fossemos alimentos em uma prateleira?
               Uma das situações mais absurdas que tenho observado é definir limites para o despertar espiritual. Cada pessoa tem seu tempo e sua forma, não será em determinada igreja, doutrina e curso que iremos nos conectar com a alma que está habitando temporariamente este corpo. 
                O despertar é muito mais que estudar ou praticar algumas vertentes religiosas, despertar é abrir a mente para o mundo interior, é reconhecer-se único sem menosprezar os que não estão nesse momento. Despertar é espiritualizar-se, perceber que estamos conectados a outras mentes e seres espirituais, é entender que tudo está em harmonia, ou seja, em conexão e vibração.
                Aquele que desperta, respeita seu corpo, sua mente e seu espírito, continua vivendo normalmente, afinal ninguém vira santo por estar despertando, muito pelo contrário, é neste momento que entendemos nossas reações, afinal a luz e a sombra fazem parte de nós. Entendo meus erros e aceito, afinal estou aprendendo a ser melhor a cada dia.
                Jamais aceite que lhe digam o que fazer, que tentem intervir em sua vida, suas decisões e seus amores. Lembre-se o amor ocorre entre duas pessoas e nada mais importa. Você irá despertar cedo ou tarde, o caminho que tomará para isso virá de seus aprendizados, não existem duas pessoas iguais, os seja, a fórmula que alguns pretensos gurus estão vendendo, não é válida. 
                Desenvolva amor próprio e respeito por você, pois a partir disso começará seu verdadeiro despertar. A vida não é um jogo onde a quantidade conta pontos para a vitória, ter qualidade no dia a dia, ampliando os sentimentos no bem, as emoções equilibradas e as decisões assertivas é muito mais importante. Seja feliz e desperte o amor que vive em você. 
               

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