quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Hospital

     Lembro-me de estar em um grande hospital ou pronto socorro, não sei ao certo, mas era um prédio de três andares, entrei pelo térrio. Muitas pessoas sentadas aguardando sua vez para serem atendidas. João um grande amigo meu, estava numa mesa anotando os nomes das pessoas, e depois as encaminhava para atendimento, acredite que umas duzentas pessoas estavam neste salão.
     Andei até a porta de entrada para as salas de atendimento, um enorme corredor com cinquenta salas, fui na direção da qual sempre trabalho, abro e vejo Paula, minha amiga e companheira de trabalho. Nos comprimentamos e começamos a fazer uma oração para podermos começar o atendimento de nossos queridos irmãos.
    Em cada sala hávia uma maca, duas cadeiras e uma mesinha com água e lenços, a iluminação era á meia luz. Apertamos a campainha e nosso primeiro paciênte entrou, empurrando sua cadeira de rodas sua mãe. Roberto ainda não andava, estava fraco em decorrência da doença, com muito cuidado o tiramos da cadeira e o colocamos na maca para iniciarmos o tratamento, nessas ocasiões a maca é de grande ajuda, para conforto do paciênte e nosso também.
     Oramos os quatro por um breve momento, Paula e eu começamos a aplicar o passe, as vezes juntas outras em revezamento. Enquanto Paula aplicava eu ficava em oração, nesse momento minha mente viajou ao dia que conhecemos Roberto, chegou para o tratamento extremamente magro, muito debilitado pelo câncer, vários orgãos comprometidos, mas sempre sorrindo.
     Passava um filme em minha mente, toda semana ele vinha para o passe, sempre sorrindo, conseguimos alguns avanços, pois lentamente a doença regredia e os orgãos foram adquirindo vigor e saúde.
      Acho importante dizer que dona Maria e Roberto, quando encanados já passavam por grandes provações, Roberto nasceu saudável mas ao completar dois anos foi diagnósticado com câncer no pulmão e fígado. Por cinco anos consecutivos, dona Maria tentou todos os tratamentos disponíveis, quimioterapia, chás, curandeiros, mas nada surtia efeito.
      Numa manhã à caminho do hospital para o tratamento sofreram um grave acidente, ocasionando o desencarne dos dois. Mesmo desencarnado Roberto ainda sentia muitas dores e com isso o sofrimento era grande, nem o fato de saber que estava morto fez com que ele melhorasse. Coisa essa muito comum de se ver no mundo espiritual, pois o corpo físico morre, mas o corpo espiritual continua vivo e na maioria das vezes é nesse corpo que a doença está. Foi preciso um longo tratamento no corpo períspiritual de Roberto para que ele continuasse a crescer. Certa vez ele me disse que gostaria de começar a estudar ali mesmo, para quando pudesse ercarnar já possuir algum conhecimento da medicina, carreira que iria seguir aqui na terra.
*** Acho muito importante comentar isso, pois muitos acham que se morreu criança, logo vai reencarnar, mas nem sempre é assim, na maioria das vezes é preciso crescer, aprender e estudar muito. O crescimento no mundo espiritual é muito rápido, mas necessário; sem ele seria díficil preparar a próxima reencarnação.
*** Já estive em hospitais, escolas, pré-escolas, creches, casa lar e muitas outras instituições no mundo espiritual, onde são levados bebês e crianças desencarnadas, tudo muito parecido com a terra.
*** Como dizem muitos espíritos, nós na terra somos uma cópia do mundo espiritual, às vezes acho que nais parece um borrão do que cópia, mas tudo bem, o que vale é a intenção...

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