terça-feira, 9 de setembro de 2014

Novos trabalhos - parte II

     Fomos avisados que o ''chefe'' deu permissão para irmos ao show. Eu, Edi e alguns índios começamos a nos preparar, muita oração, mudança de figurino e muita segurança nessa nova empreitada.
     Nossa missão era nos infiltrar para podermos resgatar ou abrir os olhos de muitos irmãos. O famoso show se tratava de um grande evento promovido pelo ''chefe'' para agradar os ''servos'' e aumentar seu domínio sobre os mesmos. Alguns cantores se apresentavam, envolviam a platéia e criavam um campo de contenção com vibrações pesadas e negativas, ou seja uma lavagem cerebral naquelas pobres almas.
     Todos que ali estavam achavam que pelo fato de terem praticado muita maldade em várias vidas, não tinham o direito à felicidade ou ficar em paz; muito convêniente para o ''chefe'', pois como ele mesmo dizia, seus servos ou escravos deveriam obedece-lo para continuarem na cidade. O medo reinava, mas muitos irmãos depois de décadas servindo o ''chefe'' começaram a pensar diferente, eram esses que tentaríamos resgatar.
     Nossa equipe já estava há algum tempo estudando táticas e técnicas para nos enfiltrarmos, agora era o momento de por em prática tudo o que aprendemos. Eu fiquei com a tarefa de cantar, fiz muitas aulas de canto, como gosto de determinadas músicas, ficou fácil, pois eles adoram músicas do Legião Urbana, Titãns, Barão Vermelho e outras... Ou seja eu iria cantar essas músicas, escolhemos as letras mais conveniêntes, amor próprio e felicidade... Algumas palavras quando entoadas em determinado volume e sonoridade fazem grandes mudanças nos pensamentos daqueles irmãos..
    Chegou o dia, estavamos em mais ou menos 150 pessoas entre encarnados e desencarnados, alguns disfarçados entre os 'servos''. Eu e uma equipe de músicos e mais alguns seguranças do ''chefe'', é claro que escolhemos os seguranças mais fáceis de manipularmos, para o caso de algo dar errado, pois fugir de lá não era muito fácil.
    Subimos ao palco e começamos a cantar, após algumas músicas, percebemos que a multidão estava um pouco mais calma, esse era o momento de mudar a entonação de nossas vozes, para que eles começassem a despertar daquela dominação.
    Em meio a multidão háviam muitos índios ajudando no resgate, criamos um portal, que ficava atrás de barraca de bebidas, os irmãos que despertavam eram levados discretamente par o portal e tirados da ciudade. O portal dava passagem para um posto de socorro que tínhamos há alguns quilometros da cidade, lá tinha médicos, enfermeiros e alguns familiares que ajudariam neste momento de transição.
    Por duas horas ficamos cantando, e mais de trezentas pessoas foram resgatadas, como eram milhares de ''servos'' não perceberiam tão facilmente o ocorrido, talvés em alguns dias, mas já seria tarde.
     Saímos delá acompanhados pelos seguranças do chefe, assim que fosse possível iriámos ao encontro de nossos amigos no posto de socorro.
     Muitos dos resgatados chorravam ao perceberem que tinham saído  do transe, foram séculos de servidão, outros nos perguntavam se era verdade, se estavam livres mesmo. O trabalho era grande, mas eu, Edi e muitos outros tinhamos que voltar ao corpo físico, por isso nos despedimos e volatamos com coração e mente em oração e principalmente agradecendo a oportunidade de poder fazer algo em prol de nossos irmãos....
*** Sei que muitos podem achar que isso é invenção de minha mente, mas posso lhes dizer que tenho certeza que é real, pois acordo muitas vezes sentindo o cheiro do ambiente em que estive e guardo em minha mente tantos detalhes que acredito ser impossível não ser real.
*** A alegria e gratidão de um abraço recebido não pode ser inventado, eu agradeço todos os dias a oportunidade de poder ajudar, mas principalmente por aprender sempre mais, e perceber o quanto sou  pequena em relação aos mundos e dimensões espirituais...

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