sábado, 27 de setembro de 2014

o show

   Lembro-me de estarmos em oração, formamos um círculo, todos de mãos dadas e Jorge meu amigo e guardião começa a orar:
       -Pai nosso, que estais nos céus de todos os orbis...
       -Venha a nós o seu reino, assim na terra como em todos os planos visíveis e invisíveis...
       -O pão nosso de cada dia, dai-nos hoje e sempre com sua intuição e bondade...
       -Perdoai nossas dívidas, assim como perdoarmos nossos devedores....
       -Nos dando forças e coragem para continuar na caminhada da evolução...
       -Não nos deixes cair em tentações, seja por atos ou pensamentos...
       -Mas livrai-nos de todo o mal, que nós mesmos nos causamos....
       -Pois é teu o reino, o poder e a glória para sempre.....Assim seja...
    Entre lágrimas, todos nos olhamos, nos abraçamos e partimos para mais uma missão.
    Nossa missão de hoje era nos infiltrarmos em um show, como espectadores; por isso todos estávamos caracterizados,roupas sujas e rasgadas, cores escuras e para que não percebessem a nossa presença, usávamos uma pulseira sônica . Um dispositivo para que nossa vibração não seja notada, quem usa essa pulseira consegue se locomover por vários lugares de vibrações baixas, ela nos protege de energias negativas e não deixa nossa energia terraquia  aparecer. Facilita muito pois não é fácil andar nesses ambientes e ainda manter a vibração em alta, as vezes vemos situações muito chocantes.
    Entramos no show, e nos misturamos, para que quando algum irmão saí-se do transe hipnótico,fosse fácil o resgate.
    Eu , Jorge e Poty nosso amigo indígena, visualizamos um irmão se debatendo e perguntando:
    -Onde estou? Que lugar é esse? Por que estou com essas correntes em meus pés?
   Nos aproximamos para acalma-lo e tira-lo daí:
    -Calma Roberval, somos seus amigos e viemos aqui para te tirar desse lugar de sofrimento...
   Ele reconhece Poty, pois em sua última encarnação foram amigos.
   Meio atordoado, começa a andar com a gente em direção a uma barraca, onde vendia-se bebidas, mas lá também estava o portal, criado pelos amigos índios para que podessemos sermos rápidos na retirada desses irmãos em sofrimento.
   Nós quatro passamos pelo portal que dava em um hospital nas redondezas daquela cidade. Ajudamos Roberval a tomar banho, vestir roupas limpas e tomar um caldo quente, que  fez com que ele tivesse vontade de dormir, pois assim seria mais fácil leva-lo para um posto mais afastado. Certamente logo perceberiam a falta de alguns ''servos'' e o ''chefe'' da cidade mandaria seus guerreiros e cães atrás deles.
    Estávamos em um grupo de quarenta trabalhadores e conseguimos resgatar mais de cem irmãos nesta noite, ou seja foi uma noite produtiva.
    Para poder voltar para casa, passamos por uma máquina para retirar as energias deletérias que as vezes grudam em nosso perispírito, a máquina se parece com uma de ressonância magnética daqui da terra, com diferença que se entra inteiramente na máquina, fecha-se as laterais e uma névoa cai sobre a gente e começa a cair no chão as energias, parece com pó.
    Eu particularmente acho muito legal, parece que se sai de lá com uns dez quilos a menos. Sempre que vamos a esses lugares, ao acordar sinto-me mais leve e parece que uma onda de calor toma conta de mim o dia todo..    

   
  
 

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