quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Aprendendo com Kardec sobre os animais

           Tenho observado que muitos amigos sentem uma afinidade extrema com os animais, os tratam como gente e muitas vezes deixam de conviver com as pessoas ao seu redor pra ficar com seus animais de estimação. Eu particularmente não vejo problema, desde que a pessoa não se afaste do circulo familiar ou de amigos, pois aí creio que é uma fuga da realidade.
           Como gosto de falar baseada em fatos comprovados, fui a procura do assunto no livros dos espíritos, e para minha alegria vi que tem muito material de estudo e pesquisa. No capítulo XI, item Os Animais e o Homem, os espíritos da codificação nos alertam que na maioria das vezes estamos errados ou acreditamos numa meia verdade sobre quem é mesmo o animal. ''Muitos filósofos querem que o homem seja um animal ( afinal já temos provas científicas que descendemos do macaco), outros que o animal seja um homem (tratado como tal), estão todos errados. O homem é um ser a parte que se rebaixa, algumas vezes, muito baixo, ou que pode se elevar bem alto. Fisicamente, o homem é como os animais, e menos dotado que muitos deles. A natureza lhes deu tudo aquilo que o homem é obrigado a inventar com sua inteligência para suas necessidades e sua conservação. É verdade que seu corpo se destrói como o dos animais, mas seu espírito tem um destino que só ele pode compreender, porque só ele é completamente livre."
            Kardec ainda complementa os espíritos: ''Além do instinto, não se pode denegar a certos animais atos combinados que denotam uma vontade de agir com sentido determinado e segundo as circunstâncias. Há portanto neles uma espécie de inteligência, cujo exercício é mais exclusivamente concentrado sobre os meios de satisfazerem suas necessidades físicas e proverem sua conservação. Entre eles nenhuma criação , nenhuma melhora. Se alguns são suscetíveis de uma certa educação, é em decorrência do convívio com os humanos, seu desenvolvimento intelectual é sempre fechado e em limites estreitos, é devido a ação do homem sobre uma natureza flexível, porque não tem nenhum progresso que lhe seja próprio. Esse progresso é efêmero e puramente individual, porque o animal, entregue a si mesmo, não tarda a retornar para os limites estreitos traçados pela natureza."
            Para muitos estas palavras de Kardec são fortes, afinal vejo pessoas tratando os animais como filhos, quando na realidade deveriam amar pessoas e ajuda-las a se desenvolverem. Os animais são nossos amigos e estão aqui para nos ajudar no que for preciso, seja pra desenvolver o amor e a caridade, ou mesmo para servir de alimento.
            Se formos estudar aprofundadamente, veremos que antes de termos um corpo humano, o espírito faz um estágio no mundo mineral, vegetal e animal, para somente depois se tornar espírito e ganhar um corpo físico. Sei que posso estar sendo muito radical, mas se estiverem na minha frente um animal ferido e uma pessoa ferida, eu ajudo primeiro a pessoa ou aquele que estiver mais ferido, ou seja, com risco de morte.

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