segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Reencarnar não é tarefa fácil

        ''Vida após vida eu tenho sofrido com o fato de estar presa a um corpo físico, não é fácil a adaptação, alguns conseguem com maior facilidade, outras pessoas assim como eu, que trazem guardadas na memória certas lembranças, sofrem muito e na grande maioria das vezes tendem a tomar certas atitudes para diminuir o sofrimento.
        Muitas vezes nos sentimos perdidos, não conseguimos nos adaptar ao modo de vida, as amizades, ao trabalho e até mesmo a família. Pessoas mais sensíveis ou com um certo grau de mediunidade tendem a ter depressão, ansiedades, fobias e normalmente interrompem a vida através do suicídio.
       Sabemos que é errado tirar a vida, um bem tão precioso para nossa evolução, mas somente quem passa por esses questionamentos sabe do que estou falando. Comigo não foi diferente, por muitas vidas recorri a morte precipitada e de formas variadas, mesmo sabendo das consequências.
       Quando se percebe que deixamos o corpo antes do tempo previsto, sentimos uma dor tão grande que nos corrói por dentro, muitas vezes somos levados para hospitais do lado de cá, pois entramos num estado de choque tão profundo que normalmente leva décadas pra gente se recuperar.
       Nesta vida já vim com um certo grau de lembranças que não me deixaram fazer nada contra minha sobrevivência no corpo físico. A mediunidade veio um pouco mais ampliada para que meu comprometimento fosse maior.
      Em minhas últimas três vidas, ao qual estive em um corpo feminino, por motivos de saúde, problemas no parto e um suicídio, nunca ultrapassei a idade de 40 anos. Meu cérebro traz essas lembranças bem vivas.
      Ao me aproximar dessa idade, na vida atual, meu corpo entrou em colapso, doenças sem motivo aparente surgiram deixando-me debilitada, sentia dores, mal estar, medo do futuro e a depressão tomou conta de mim.
      Fui a médicos, curandeiros, casas espíritas e espiritualistas, mas nada ou ninguém conseguia descobrir o real motivo da doença ou mal estar.
      Fiz todos os tratamentos, tomei medicamentos e fui obrigada a tomar a grande decisão de minha vida, até este momento eu encarava minha mediunidade como coisa corriqueira, não queria me dedicar integralmente, pois acreditava que uma hora ela iria desaparecer. Ledo engano.
      Os espíritos me alertaram de que deveria tomar uma atitude em relação ao meu futuro, pois ficar em cima do muro já não era permitido.  
      Por dois anos sofri muito com as doenças, depressão e por muitas vezes cheguei a pensar em suicídio, mas como eu lembrava do sofrimento após o ato, acabava por desistir; até que decidi entrar de vez no trabalho espiritual.
       Aos poucos as dores, medos e a depressão foram desaparecendo, atualmente levo uma vida normal, se é que pode-se chamar de normal viver preso a corpo físico.''
       Essa é a história de Paula, uma amiga que conheci em desdobramento, num dos grupos de estudo ao qual eu participo no mundo espiritual. Ela fez questão de me contar pra que fosse divulgado, pois poderia ajudar muitas pessoas que assim como ela sofrem por lembrarem do passado espiritual e se comprometeram a ajudar os que estão por perto.
       Muitas vezes questionamos quem sente algo diferente, costumamos taxar de errado tudo o que não conhecemos, esse é o maior problema e impedimento para evoluirmos espiritualmente.
       Trazer ou lembranças de outras vidas, não é por acaso, tudo tem um motivo, mesmo que não saibamos porque. Se reconecte com seu espírito interior pra um dia se reconectar com a luz universal, de onde saímos e um dia após passarmos por todas as provas e aprendizados, pra lá voltaremos.

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