quinta-feira, 5 de abril de 2018

Estamos usando a ilusão como anéstesico

         No limiar de uma nova era, eis que nossa sociedade atual passa por um grave momento de intercâmbio entre a vida material e espiritual. Muitos  sem conseguirem definir qual caminho a seguir, acabam por se perderem, ao ponto de deixarem que suas emoções os dominem.
         Ansiedades, medos, ódios, desejos de controle e posses são condições espirituais dos encarnados e desencarnados que nos circundam, cientes de que o tempo está se esgotando, tendem a sofrer ainda mais por não conseguirem sair dessa esfera energética que os aprisiona.
         Muitos espíritos amorosos, cientes de nossa necessidade de evolução, aguardam ansiosamente a oportunidade de se fazerem ouvir através de nossa intuição, a fim de que possam nos ajudar a despertar a boa vontade através do esforço introspectivo, para que possamos mergulhar internamente no autoconhecimento, acreditando e confiando nas leis divinas.
         O homem moderno cedeu lugar aos transtornos psicopatológicos afligindo-se e degenerando sua marcha moral em processos de difícil ressarcimento. As obsessões, depressões e diversas síndromes são sinalizações do nosso afastamento do criador e de nós mesmos, afinal somos espíritos milenares em corpos físicos temporários.
         Como é possível estarmos tão evoluídos tecnologicamente e tão afastados da moral e da espiritualidade?
         Nunca a ciência foi tão positiva, nunca o homem conseguiu alcançar altos picos de intelectualidade, entretanto, nunca nos sentimos tão pequenos, frágeis e  suscetíveis. As grandes conquistas da civilização não nos deixaram mais seguros, mais felizes ou mais esperançosos.
        Como pode o homem moderno se ajoelhar inerte ante ao apelo da ilusão?
        O intelectualismo, o cientificismo são alentos perante os abismos da crueldade, da sujeira mental, do declínio da ética, da decadência da honra e dos bons costumes, da inversão dos legítimos valores. Até quando ficaremos observando sem tomarmos nenhuma atitude nessa ilusão diária?
        Estamos chegando ao cume das agonias psíquicas, a presença forte e marcante da ansiedade nos visita constantemente, implorando para que comecemos a refletir o que estamos fazendo de nossa vida aqui na terra. Estes anseios fazem de tudo para nos tirarmos da ilusão ao qual estamos chafurdados até o último fio de cabelo, para podermos submergir dessa lama aprisionante, fazendo com que nossa alma desperte para um mundo novo cheio de expectativas.
       A mediunidade veio como caminho para essa libertação, é consolo ao alcance dos que laboram no bem e desejam ajudar com sinceridade e amor. Aos médiuns, aos oradores, aos trabalhadores das instituições espíritas e espiritualistas, cabe a tarefa singela de minimizar as dores e maximizar a fé racional, a esperança e a caridade, despertando a mente das pessoas dessa ilusão coletiva e manipuladora.
       A oportunidade nos é oferecida e não poderemos nos iludir mais uma vez, pois o tempo da ilusão já ficou para trás, fiquemos atentos ao pedido do Mestre ''Vinde a mim todos que estais cansados...'' ''Eu sou o caminho a verdade e a vida.''
       Estar na luz é vencer as sombras da ilusão e continuar rogando a inspiração para que nunca nos falte força e a oportunidade de serviço incessante no bem.

   
        

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