domingo, 25 de janeiro de 2015

Conversando sobre médiuns e mediunidade

        Numa conversa entre amigos, surgiu a pergunta: será que todos somos médiuns?

        -No livro dos médiuns, de Allan Kardec, os espíritos nos dizem: toda pessoa sente em um grau qualquer, a influência dos espíritos, por isso é médium. Esta faculdade é inerente ao homem, por consequência, não é privilégio exclusivo, também são poucos os quais não se encontrem rudimentos dela. Pode-se dizer que todo mundo é mais ou menos, médium.'' Todavia, usualmente, esta qualificação não se aplica senão àqueles nos quais a faculdade medianímica está nitidamente caracterizada, e se traduz por efeitos de certa intensidade, o que depende de um organismo mais ou menos sensível.'' respondi lendo no capítulo XIV, item 159 do livro já citado.
         -Nossa agora eu entendi, pois alguns realmente não tem mediunidade ostensiva . falou Roberto.
         -É por isso que na casa espírita dizemos que médiuns são os que tem mais percepção e os que trabalham e estão envolvidos na causa da mudança interior.
         -Mas essa mudança interior é importante mesmo? A gente já estuda, trabalha no centro espírita, faz voluntariado, e ainda tem que fazer mudança? outro amigo pergunta
         -Segundo o próprio Kardec, a mediunidade é uma ferramenta para nos ajudar a evoluir, e só evoluímos nos melhorando, ou seja aparando nossas arestas, como muitos espíritos dizem... Eu lia um livro dia desses ao qual o médium escrevente perguntava para o espírito, o que nós médiuns deveríamos fazer neste momento de transição pelo qual o planeta está passando? ao qual ele respondeu:
         Deviam estudar mais, pois a grande maioria dos médiuns anda meio alienada, não estão compreendendo com clareza o significado de SER MÉDIUM.... Muitos estão alheios à tarefa que deveriam cumprir, não se esqueçam de que, em mediunidade, não basta semear no ''terreno externo'', mas é necessário também semear no ''terreno interno''.
          Paro de falar e observo todos, estão de olhos arregalados e pensativos, aí pergunto:
          -Ninguém tem nada para comentar?
          Depois de alguns segundos Marta fala meio que sem graça:
          -Eu não imaginava que era tão difícil ser médium, desde de pequena sinto a presença dos espíritos, não os vejo, nem os ouço, mas sei que estão próximos, sempre frequentei casas espíritas, tomei passes, até estudei, comecei o desenvolvimento mediúnico, mas nunca pensei em fazer mudanças em mim. Continuo a levar minha vida normalmente,é claro que não fumo ou bebo, mas é porque não curto, mas saio na noite sempre, nunca vi problema nisso. e enquanto você falava, ouvi uma voz me dizendo que já estava na hora de tomar uma decisão por qual caminho quero seguir. Cheguei a sentir um certo medo...
         -Medo do que Marta? Você acha que seus amigos vão te abandonar só pelo fato de você não querer sair mais para as noitadas?
         -Exatamente isso que eu senti Fatima, que estranho não é?
         -Eu não acho, isso nos mostra o quanto somos carentes, e que sempre queremos a aprovação dos outros. Será que já não está na hora de cuidarmos de nossas emoções?
         Eu acredito que se não nos amamos, não seremos felizes e não nos aceitaremos nunca....
         Conversamos mais um pouco, mas estávamos pensativos e logo nos despedimos e cada um foi para sua casa, meditar....
         

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