segunda-feira, 19 de junho de 2017

Qual é a importância das religiões em nossas vidas?

        Na atualidade existe uma infinidade de seitas, igrejas e religiões, mas qual é a melhor? Será que existe uma que seja melhor que a outra?
        Meu espírito é pragmático e muito questionador, já fui a vários templos, seitas e casas religiosas, pois conhecer é necessário; sempre que percebo que existe algum tipo de domínio não retorno, acredito que vale muito mais termos espiritualidade do que religião.
        A religião tem origem numa conjunção de fatores humanos e espirituais, nenhum deles podendo ser excluído de uma análise honesta do fator social, sem que se pratique uma violência contra a realidade mundialmente comprovada. Religião na atualidade remete a algo que tenta manipular ou dominar, e isso já vem de muitas eras, desde que o mundo é mundo.
        Na minha opinião, religião deveria ser algo natural, que surge espontaneamente entre os povos primitivos e civilizados, de preferencia a partir de um Mestre; mas atualmente vejo uma religião artificial, criada em meio a crises, guerras e momentos de desolação. Será que nesses casos existe mesmo conforto na religião ou é mais um meio de manipulação?
       Vou transcrever um trecho do escritor espírita José Herculano Pires: ''Não podemos tratar da crise das religiões em nosso tempo sem enquadrá-la nas dimensões do fato cultural, onde todos os seus problemas se esclarecem de maneira coerente e profunda. As pessoas integradas no formalismo cultural do século, apegadas a princípios exclusivistas e alheias à recomendação cartesiana contra o preconceito e a precipitação rejeitarão como negativa a parcial  posição que assumo. Mas coincidência com a verdade histórica (simplesmente incontestável) com a conflitiva realidade cultural dos nosso dias. Não seria possível desprezar a evidência dos fatos das conotações de princípios filosóficos e científicos com o panorama real, objetivo das mudanças que se verificam dia a dia aos nossos olhos, apenas para satisfazer a determinadas normas convencionais.''
          A experiência e motivação de Deus sustenta os crentes privilegiados e sustenta suas igrejas salvacionistas. Enquanto não chega a salvação, católicos, protestantes e até espiritualistas matam-se emocionalmente, espiritualmente e até fisicamente, em plena era das mais brilhantes conquistas da inteligência humana. Será que Deus estaria, por acaso, demasiadamente velho para não perceber a inutilidade dos seus métodos de salvação pessoal em audiências privadas com pastores, padres e pessoas que se dizem dominar a verdade?
          Se Deus está presente num grão de areia, numa folha na relva, num fio de nossos cabelos e numa pena das asas de um pássaro, como, apesar dessa impregnação divina, o homem se defronta com a impureza do mundo?
          Por qual motivo estranho precisamos de ritos especias para purificar a inocência de uma criança, se Deus está presente no seu olhar puro e límpido, no chorro, na meiguice do seu rostinho ainda não marcado pelo fogo das paixões terrenas?
         Por que precisa o cadáver de recomendação, com aspersão de água benta, se a ressurreição dos mortos se faz como ensina o apóstolo Paulo na I Epístola aos Coríntios e como Jesus exemplificou na sua própria morte, no corpo espiritual e não no corpo material?
        São tantas perguntas, somente cada um poderá ter a sua resposta conforme seus conhecimentos, suas atitudes em relação a rituais e conveniências. Cabe a cada um de nós estudar mais, pesquisar e questionar para não cair nas mãos de pessoas inescrupulosas e sem moral nenhuma...

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