Vamos para Marte?

                   Nós humanos somos buscadores, queremos mudanças e nunca estamos satisfeitos com a vida ao qual estamos vivendo. Quem nunca pensou em ir morar em um outro planeta? Nas séries de ficção futuristas é comum o assunto, creio que isso mexe com nossos pensamentos e crenças, quem não gostaria de viver num planta onde o mal não existe?

                   Na literatura espírita encontramos relatos de espíritos que foram a lugares fascinantes, são culturas diferentes, paisagens e construções, que nossa imaginação viaja imediatamente. No livro Cartas de uma morta, pelo médium Chico Xavier, temos uma breve narrativa da vida fora do planeta terra. O Espírito Maria João de Deus que foi a mãe biológica do Chico Xavier nos diz:

                   ''Os planetas que rolam no infinito, constituem a família universal por excelência, cada um deles comporta uma humanidade irmã de todas as outras que vibram na imensidade. É tola vaidade do homem terreno afirmar-se a única criatura pensante no universo, mesmo porque a terra é um dos planos mais obscuros e mais repletos de amargura para quantos já experimentaram algo das felicidades imorredouras, que a evolução do sentimento e raciocínio pode facultar. Para as almas acendradas no amor, a terra é bem o recanto do exílio e das sombras.''

                     Este livro foi escrito em 1935, naquela época falava-se pouco em vida fora do planeta terra, mas por mais incrível que pareça, muito antes disso já se havia relatos de espíritos na revista espírita sobre a vida em outros planetas. Maria João nos descreve o planeta Marte:

                    ''Vi-me à frente de um lago maravilhoso, junto de uma cidade, formada de edificações profundamente análogas à da terra. Apenas a vegetação era ligeiramente avermelhada, mas as flores e frutos particularizavam-se pela variedade de cores e perfumes. Percebi, perfeitamente, a existência de uma atmosfera parecida com a da terra, mas o ar, na sua composição, afigurava-se muitíssimo mais leve. Vi homens mais ou menos semelhantes aos nossos irmãos terrícolas, mas seus organismos possuíam diferenças apreciáveis. Além dos braços tinham ao longo das espáduas ligeiras protuberâncias à guiza de asas que lhes prodigalizavam interessantes faculdades volitivas. Percebi que a vida da humanidade  marciana é mais aérea.''

                     A vida no planeta Marte seria bem interessante, não sei vocês, mas para mim essa leitura cria uma história cheia de imagens e possibilidades em minha mente. Nos muitos passeios ao qual tive permissão para fazer em desdobramento, não me recordo de ter estado num lugar assim, muito pelo contrário, fui a mundos onde se parecem com o perfil energético da terra. Vi lugares diferentes, mas que ainda estavam em desenvolvimento. Creio que Marte assim como os outros planetas próximos a terra, são muito mais evoluídos do que aqui, afinal o nosso planeta é menos evoluído e onde a matéria ainda nos domina e prevalece.

                     O espírito Humberto de Campos também nos traz fatos interessantes de Marte no livro Novas mensagens, através do médium Chico Xavier: ''Dentro da atmosfera marciana experimentamos uma extraordinária sensação de leveza. Ao longe, visualizei cidades fantásticas pela beleza inédita, cujos edifícios me lembravam de algum modo a torre Eiffel ou ainda os mais ousados aranhas céus de Nova York. Máquinas possantes, como se fossem movidas por novos elementos do nosso hélium, balouçavam-se aos pés das nuvens, apresentando um vasto sentido de estabilidade e harmonia, entre as forças aéreas.''

                      Este relato do Humberto de Campos nos lembra nitidamente os filmes e séries futuristas, será possível em um futuro a terra estar desse jeito? Eu acredito que sim, afinal a 100 anos nunca poderíamos imaginar que estaríamos tão desenvolvidos tecnologicamente como estamos na atualidade, ou seja, tudo é possível. Como estará nosso planeta, as pessoas e a tecnologia daqui a 100 anos?

                      O Universo é fantástico, muda e se reinventa a cada segundo. O que nos parece lógico e certo hoje poderá ser completamente diferente amanhã, essa é a grande beleza da vida, estamos em constante evolução. Mas para que possamos adentrar a novas eras será preciso uma mudança interna, uma mudança em nossos valores, moralidade e amorosidade, somente assim será possível estagiarmos em outros planetas e conhecermos novas culturas e formas de viver. Por enquanto nos restam os livros e as viagens astrais, estude, treine seu desdobramento consciente e descubra um mundo novo de possibilidades.

 

Quem nunca passou por momentos de insônia?

                    Quem dorme como um bebê não sabe o que é passar a noite em claro esperando o sono chegar, se virar para o lado, afofar o travesseiro e nada de conseguir dormir. Segundo as estatísticas um grande número de pessoas passa a noite em claro sem saber o motivo, pode ser nervosismo, pode ser falta de algum hormônio ou por doenças variadas, não dormir causa mal ao corpo e a mente.

                  A ciência ainda não chegou a nenhuma conclusão a respeito da insônia, pois para os estudiosos somente a parte orgânica e física é estudada, sabe-se que a grande maioria dos que não conseguem dormir, não possuem nenhuma doença diagnosticada e nem há um real motivo para estarem nessa situação. 

                  Quem além de nós mesmos entende o real motivo de passarmos a noite em claro? Somos pessoas muito racionais, pensamos demais e não acreditamos que a maioria de nossos problemas podem estar associados a nossa evolução. Somos uma alma ou espírito em um corpo físico e orgânico, mas as leis do universo nos cobram dos erros constantemente, mesmo que de forma inconsciente.

                  A ciência não vê todos os lados do problema, por exemplo os cientistas não acreditam num ser superior, não estão levando em conta os danos emocionais e espirituais que muitas vezes possuímos, pois trazemos gravado em nosso DNA o mal cometido em outras vivências. Quando fazemos coisas erradas, tendemos a nos esconder ou isolar para não precisar dar de cara com a pessoa que ferimos ou magoamos, com o espírito acontece o mesmo.

                   Quando o corpo, exausto por um dia de trabalho, se aquieta e deita para recuperar suas forças, o espírito se liberta e sai rumo as suas necessidades ou vontades. É aí que mora o perigo, pois não controlamos essa saída, por vezes nossos desejos mundanos tomam conta desse passeio e vamos parar em locais perigosos para nossa alma.

                   Buscamos por coisas e situações que nossa alma almeja, quase sempre em relação aos bens materiais, muitas vezes trabalhamos duro fora do corpo, pensando num ganho futuro, queremos ser amados, aceitos e de preferência possuir dinheiro para comprar uma felicidade ilusória. Noutras situações buscamos prazer desenfreado por sexo, bebidas, drogas e tudo que não nos é permitido em sociedade.

                 Essa busca por desejos que mais nos atrapalham do que ajudam é que geralmente causam insônia. Quando estamos infelizes com a vida que levamos, tendemos a criar um mundo ilusório onde tudo flui maravilhosamente associado a nossos desejos mais íntimos. Nessa busca, por vezes nos compromete espiritualmente, nossos amigos espirituais nos induzem a insônia para não errarmos ainda mais.

                 Há casos de pessoas que mesmo tomando remédios fortíssimos não conseguem dormir e quando o fazem, sonham que estão sendo perseguidos ou maltratados, o passado nos cobra constantemente e sempre que saímos de nosso corpo os inimigos estão a espreita.

                Dia desses fui investigar uma conhecida que não dorme mesmo tomando remédios. Ao chegarmos na casa dela percebemos uma energia tão densa que parecia que havia um nevoeiro, era escuro não dava pra ver nada, todo o terreno estava envolto nessa névoa. Perguntei ao guia que me acompanhava e ele disse:

               -As pessoas que vivem nessa casa possuem uma raiva enorme, elas trazem de seu passado o ódio gravado em suas memórias. Esse sentimento ultrapassa as encarnações, todos dessa família são inimigos de outras vidas. Já se destruíram de diversas maneiras, nasceram como pais e filhos para ver se conseguem apagar o passado, mas parece que terão que passar por essa experiência novamente, pois ainda não querem despertar.

               Fiquei entristecida, pois aquela energia era ruim, afetava o terreno inteiro e certamente essa família não conseguia interagir nem com os vizinhos por causa dessa egrégora densa. O quintal possuía muitas plantas, alguns animais e assim mesmo a energia não era dissipada, segundo meu guia a situação só não estava pior por causa disso. 

               Uma das moradoras começou a despertar e fez questão de plantar flores e ervas no quintal para ajudar a dissipar a energia, essa moradora é quem possui insônia. Sua casa é cheia de imagens, pedras, incensos e ela costuma orar muito. Traz para casa qualquer animal que encontra na rua, tem um bom coração, mas o passado ainda lhe persegue.

               Mesmo em meio a tantas orações, plantas e os animais a energia ainda teima em permanecer negativa, pois há moradores que permanecem no sentimento de ódio e apego aos bens materiais. Aos poucos e com ajuda superior vamos dissolvendo a névoa, mas de nada adiantará se não acontecer uma verdadeira mudança de pensamentos.

               Segundo meus amigos espirituais ainda levará um tempo para que os moradores daquela casa despertem realmente, até porque o despertar é lento. Mas nós vamos ajudando conforme nos é permitido. A insônia dessa minha conhecida ocorre porque ela já chegou a conclusão que tem pensamentos ruins e está tentando de todas as formas elimina-los, mas isso não é mágica, não acontece tão rápido.

                Saio de lá animada, pois o fato de estarem tentando despertar já é um grande avanço, os moradores da casa costumam orar juntos, fazem terapia para se autoconhecerem e estão aprendendo a cuidar dos pensamentos, aos poucos vão eliminando essas energias densas e quem sabe um dia, quando menos esperarem a névoa seja dissolvida totalmente. Como diz um amigo espiritual: água mole e pedra dura, tanto bate até que fura.         

     

Somos seres submetidos a certas condições

                Nascemos condicionados a certos tipos de reflexos automáticos que são transmitidos a nós pelo DNA por gerações, quando quebramos esses condicionamentos garantimos que nossas próximas gerações sofram menos e sejam mais abertas a mudanças, sem falar na possibilidade de eliminar as crenças e limitações de forma mais fácil.

               Um ótimo exemplo de nosso condicionamento é o frio, antes de sentirmos propriamente o frio, sentimos um tremor ou arrepio que vai percorrendo o corpo, dessa forma sabemos que está frio. Outro exemplo é a necessidade de se alimentar, mesmo que não estejamos com fome, ao olharmos ou lembrarmos de uma comida gostosa é comum salivarmos e imediatamente sentimos a vontade de estar saboreando essa comida. 

                Esses condicionamentos não estão somente associados as necessidades orgânicas, mas também a forma como pensamos. As decisões que tomamos de forma rápida são reflexos automáticos gerados por gerações, observe seu pai ou sua mãe, em determinadas situações eles reagem exatamente igual a você, ou seja, você herdou deles os mesmos reflexos, independentemente de serem bons ou ruins.

                  A criança aprende por observação, ela irá imitar seus pais em seu desenvolvimento, por isso o famoso ditado popular nos diz: tal pai, tal filho. Raramente uma criança fará algo que ninguém costuma fazer, mas pode inconscientemente trazer gravado em seu DNA gestos e condicionamentos de seus avós e tios, afinal isso é transmitido pela genética e também pelo processo coletivo.

                  Carl Jung se destacou na psicologia por suas observações, que alteram as percepções e natureza do mundo. Graças a teoria do inconsciente coletivo, conseguiu mostrar o alcance de nossa mente. Possuímos uma mente construída por informações e impressões herdadas pela família e indivíduos de fora, de forma direta ou indireta, são comportamentos, pensamentos e impressões que não controlamos conscientemente.

                   Segundo Jung somos um absorvente natural de arquétipos avulsos, ou seja, absorvemos tudo, independente de quem seja, sendo da família ou não, absorvemos e canalizamos em nós o consenso do grande coletivo externo, tudo fica gravado em nosso inconsciente e quando menos imaginamos estaremos repetindo certas situações, pensamentos e decisões. Isso pode ser assustador, mas também é a chave para uma mudança mental e emocional.

                    Se tudo está gravado em nosso inconsciente, só precisamos acessa-lo para transformar nossa vida. A única forma de acessar de forma correta o inconsciente é pela hipnoterapia, através dessa ferramenta terapêutica adentramos ao mundo do que nem sabemos que conhecemos, das lembranças da infância e dos nossos maiores receios, ao trabalharmos mentalmente o que nos incomoda, eliminamos da mente aquilo que só ocupa espaço e transformamos crenças limitantes em mudanças assertivas.

                   Darei um exemplo pessoal, desde muito jovem sempre estive envolvida em coisas artísticas, gosto de falar, cantar e inclusive atuei em peças na escola, com a chegada da adolescência fui adquirindo um medo da exposição, falar em público ficou impossível, sentia um medo absurdo, não encontrava o motivo para isso. Busquei por ajuda terapêutica comum, mas não adiantou, somente após tentar a hipnoterapia clinica é que consegui eliminar de minha vida o medo de falar em público. 

                   Quando adentrei ao meu mundo inconsciente, descobri que na minha infância ocorreu um episódio onde fui recriminada pelos meus pais por falar demais, aquilo causou um trauma na criança falante que sempre fui. Ficou registrado em minha mente que falar com várias pessoas ao mesmo tempo era errado, que para ser aceita era preciso me calar.

                    Após essa terapia nunca mais tive problemas em falar em público, muito pelo contrario, atualmente sou palestrante e administro cursos, inclusive nem preciso estudar muito o assunto do que irei falar, pois no tempo que monto os cursos ou palestras, já gravo em minha mente o conteúdo e consigo acessa-lo de forma rápida e segura.

                  Para meus familiares sou a diferentona, eu costumo aprender as coisas rapidamente, tenho uma forma de pensar e agir que me diferencia do resto da família, possuo uma vida completamente diferente de todos e para alguns é impossível se verem num contexto ou situação que para mim é corriqueira. Se eu consegui mudar o meu destino, você também consegue. Busque por novas alternativas, seja a diferença em sua vida. 

O sobrenatural ainda é buscado pela grande maioria das pessoas

                 Tudo que não faz parte de nosso dia a dia é classificado de sobrenatural, mas será que existe realmente algo sobrenatural ou nós ainda não entendemos o real funcionamento do universo?

                 O sobrenatural nos fenômenos espíritas e espiritualistas é associado ao maravilhoso e ao fantástico, da mesma forma que o ocultismo também está associado ao sobrenatural, mas no fundo é o desejo da humanidade em conhecer algo diferente, é comum acreditarmos numa força maior que virá para mudar tudo, quando na verdade a grande força de mudança somos nós mesmos.

                   Infelizmente na contramão sempre existiu e existirá pessoas de má índole que irão se aproveitar dos que buscam a mudança através de algo fácil. Não existe mudança interior fácil, não existe uma cura milagrosa, nem uma entidade ou feiticeiro que resolva a nossa vida. Está na hora de pararmos de buscar fora o que deve ser mudando internamente.

                   Está na bíblia o fim dos tempos, para os que seguem a doutrina espírita e espiritualista é a mudança planetária, estamos cercados pelos falsos profetas, falsos gurus e falsos enviados. A humanidade está sempre a espera de um deus ou deuses que venham e nos salvem das nossas encrencas. Situações que nós mesmos nos colocamos.

                  Esperamos a chegada de um mestre que nos mostre algo de maravilhoso e sobrenatural, o mestre da vez são os extraterrestres, como não aparece ninguém da terra para fazer essa mudança por nós, agora esperamos por alguém de fora do planeta terra.

                   Precisamos entender que somos regidos por leis naturais, nada acontece sem um motivo real, não existe mágica no universo. As leis da natureza ou leis de Deus como alguns chamam são necessárias para desenvolvermos o entendimento, o discernimento do é certo ou errado, você prefere que um estranho venha lhe dizer o que é preciso para mudar em sua vida ou prefere chegar a essas conclusões sozinho?

                   Quando delegamos aos outros a tarefa da mudança, estamos fugindo do aprendizado e também das consequências pelos nossos atos, isso não é correto e nenhum aprendizado real sairá disso. Eu fico imaginando a espiritualidade maior olhando pra nós e vendo o quanto somos infantis em esperar que venha uma cura milagrosa para nossa falta de vontade de sair da zona de confronto.

                    Quem busca no sobrenatural a mudança ou ajuda, está perdendo seu tempo, o que está oculto ou inalcançável aos nossos olhos, só está dessa forma por que teimamos em permanecer parados no tempo e espaço. Não olhamos para nosso interior e nem valorizamos a coisas boas que já praticamos. Não se pode subir uma escada sem dar o primeiro passo, da mesma forma que não existe evolução sem sairmos de nosso comodismo.

                    Se você ainda busca pelo sobrenatural, aprenda a pesquisar para entender se realmente está oculto esse conhecimento ou se possuímos preguiça de buscarmos o entendimento. Você tem ao seu dispor inúmeras vidas para entender e conseguir separar o certo do errado, aproveite essa oportunidade do universo para adquirir conhecimento, abra sua mente, olhos e ouvidos para o que é real e está ao seu lado, deixe sua essência iluminar seu caminho. 

Transformação interior

                  Estamos todos caminhando rumo a mudanças e evoluções, as vezes podemos ter a sensação que no final do caminho está o apocalipse, ou final dos tempos como muitas religiões pregam. Uma coisa é certa, estamos todos no mesmo barco, ele pode balançar, mas jamais afundar, para que o barco permaneça em águas calmas é preciso agirmos, ou melhor, precisamos despertar nossa mente para o verdadeiro mundo ao qual pertencemos, chega de ficarmos inconscientes e termos atitudes inconsequentes em nossa vida.

                  Vivemos, em todos os aspectos, turbulências econômicas e políticas, sem falar nos desequilíbrios que causamos ao ecossistema do planeta. Atualmente parece que existe uma degeneração da moral, pois estamos nos afundando em sexo, drogas e álcool, retornaram doenças já extintas e estamos passando por epidemias e pandemias que a muito não precisávamos passar, a partir de quando começamos a errar tanto?

                   Desaprendemos a conviver em sociedade, deixamos o amor de lado e adentramos a um caminho sem volta, um caminho de baixa frequência vibratória, aumentando dessa forma a violência e guerras em todos os sentidos, atualmente pensar diferente da maioria é errado e causa muito ódio, as psicologias convencionais estão enquadrando o ser humano, se você não pertence a um grupo ou ideologia, você não existe e deixa de fazer parte da sociedade.

                   Estamos nos contaminando pelo negativismo que circunda as pessoas, seja no lar, no trabalho, nas relações sociais e nas influências dos meios de comunicação. Segundo Sigmund Freud, pai da psicanalise, nós é quem criamos os problemas, estabelecendo em nossa psique as crenças e limitações de nossos pensamentos e ações, deveríamos buscar em nosso intimo o que nos faz mal e nos afeta, para conseguirmos mudar o que tiver que ser mudado em prol de nosso bem estar.

                   Quando alcançarmos a correta relação com nós mesmos, entenderemos o real sentido de nossas ações, emoções e sentimentos, dessa forma encontraríamos a solução de qualquer problema. Se um problema não tem sua completa solução física é porque ainda não o identificamos, pois no momento exato que o identificarmos ele irá desaparecer.

                   Os problemas sem solução, as crenças que nos limitam e os medos são os motivos de estarmos ainda desconectados com nossa essência e psique, precisamos urgentemente recordar quem realmente somos, adentrar ao mundo interior de nosso inconsciente e liberar toda e qualquer mágoa, dessa forma seremos livres e plenos em nossas decisões.

                   Precisamos tomar cuidado com todo esse liberalismo permissivo, com os falsos valores que uma minoria da humanidade está nos obrigando a aceitar, pois deixarão marcas profundas nas gerações futuras e talvez seja tarde de mais para mudarmos. Vivemos tempos em que o bem e o mal se encontram diante de cada um de nós e é preciso escolhermos o lado certo.

                    Possuímos o livre arbítrio para escolher, mas essa escolha deve ser em transpor grandes obstáculos em nossa mudança interior, precisamos nos conectarmos com nossa essência, com nossa espiritualidade, pois somos espíritos vivendo uma experiência humana temporária, cedo ou tarde retomaremos ao nosso verdadeiro lar, a nossa verdadeira casa, ao mundo dos espíritos.

                    A cada dia que passa, percebo e aceito muito mais fácil a certeza de que não sou daqui, estou aqui para me melhorar e ser uma pessoa mais leve e evoluída. Mas cabe somente a mim essa mudança e este entendimento, não posso exigir de ninguém o mesmo sentimento ou vontade de ser melhor. As reflexões que faço estão fundamentadas nas minhas vivências e experiências, algumas boas e outras nem tanto.

                   Necessitamos aprender a olhar a vida e os problemas com olhos racionais, não é preciso sobrecarregar nossa mente com tantas ideias, conceitos, crenças ou dogmas, mas sim, com coisas boas, com vivências transformadoras e buscando incondicionalmente a elevação moral, intelectual e espiritual. Lembre-se que você está aqui para viver uma nova experiência e não para repetir os mesmos erros. Busque dentro de si a mudança que tanto quer e siga em frente.

 

Aceite o amor em sua vida

               O amor é um estado de consciência. Muitas vezes, sem sabemos por qual caminho devemos percorrer, acabamos com o ego adoecido, decorrência de uma busca pelos bens materiais e valorização excessiva de nossas qualidades. Queremos manter o foco e precisamos desenvolver o amor, mas não conseguimos, pois mantemos nossas tentativas em uma mudança exterior, que de nada resolve, afinal, em nosso íntimo ainda estamos pensando e vibrando certas energias negativas.

               É difícil adentrar a arte de amar com a mente ainda focada na carência e racionalização, o amor está associado aos sentimentos e não a razão. Estamos percorrendo um caminho turbulento com relações tediosas, cheias de egos adoecidos, com muita insegurança e carência emocional. Precisamos entender que a vida é muito mais do vaidades e matéria, estamos aqui para desenvolvermos nossas emoções e melhores qualidades morais.

               O ego adoecido e vibrando na polaridade negativa não consegue sentir amor, nem por si próprio, nem por ninguém. O sentimento que essa pessoa sente está muito mais associado ao ter e possuir alguém ao seu lado do que realmente sentir e se entregar a um amor verdadeiro e libertador.

                É comum perguntarmos: onde realmente está o amor? A resposta do ego será sempre que é difícil encontra-lo e mais difícil ainda senti-lo. Mas o amor está muito mais próximo do que imaginamos, o amor está disponível para todos, mas esse sentimento está muito mais associado as coisas simples do que as formas mirabolantes que muitos pensam.

                Há os que acreditam que se entregar a esse sentimento é uma forma de humilhação, pois quando amamos verdadeiramente perdemos o controle da situação, estamos tão livres dos medos e anseios que nos parece impossível ser real. Fuja desse sentimento de humilhação ou de não merecimento, estamos no caminho da felicidade e é dessa forma que evoluímos.

                É possível que seu medo tente te excluir do amor, esse medo, essa insegurança só dá força para o ego adoecido. O ego nos quer sob controle, onde permanecemos dominados e até de certa forma manipulados para sermos infelizes, afinal uma pessoa infeliz não questiona certos pensamentos e não se abre ao desenvolvimento interior, permanece preso as crenças e limitações que o mundo material tenta nos impor.

                 A melhor forma de desenvolver o amor universal é o autoconhecimento, é acreditar que você merece ser feliz, quando compartilhamos o lado bom que existe em cada um de nós, estamos desenvolvendo e compartilhando o amor.

                 O autoconhecimento amplia nossa responsabilidade em agir no bem e para o bem. Precisamos desenvolver amor próprio para realmente poder amar outra pessoa, é impossível amar e cobrar algo em troca. O amor é um dos maiores e mais nobres sentimentos. Por isso é tão difícil de ser entendido e sentido.

                 Confie e honre seus sentimentos, acredite na sua intuição, não tenha medo de sentir-se meio bobo por causa do amor. Quem ama é mais leve, mais sincero e muito mais feliz. A felicidade pode e deve fazer parte de sua trajetória terrena, mas depende de você aceita-la e valoriza-la. Adentre a um mundo novo, cheio de novas possibilidades e realizações, deixe o amor direcionar seu caminho. 

Inteligência emocional

                 A forma como lidamos com nossos sentimentos, como reagimos as situações e como interagimos com as pessoas, pode dizer muito a nosso respeito e até determinar nossa carreira, sem falar que uma pessoa equilibrada é muito mais feliz do que aquele que não entende seus sentimentos.

                  Certamente você já deve ter ouvido a clássica frase: ''pessoas são contratadas por suas habilidades técnicas e são demitidas pelo seu comportamento''. Se formos pesquisar a fundo veremos que isso faz muito sentido e é algo que acontece em uma grande empresa. Essa frase me lembra uma conhecida que era extremamente inteligente, fez várias faculdades, cursos e workshops, tinha um perfil empreendedor, seu currículo é excepcional, mas não tinha experiência de quase nada.

                     Era contratada em grandes empresas, quase nunca passava do período de experiência, ela dava seu melhor, mas lhe faltava traquejo social, não sabia lidar com as pessoas e sempre se achava muito melhor do que seus empregadores, sabe o que faltava para essa pessoa? Humildade em reconhecer que não sabemos tudo e inteligência emocional, não basta ter cursos, é preciso saber administrar o conhecimento com as emoções.

                     Inteligência emocional é um conjunto de emoções básicas que vivenciamos em nosso dia a dia. Precisamos saber administrar certas emoções, tais como: o medo, a alegria, raiva, tristeza, necessidade de afeto, carência, entre outros. A emoção que nos atrapalha, quando identificada, permite gerenciarmos de forma correta esse sentimento, mas só aprendemos a identificar e corrigir essas emoções vivenciando-as. É dessa forma que nos equilibramos.

                      Resumindo, inteligência emocional é a capacidade de reconhecer nossas próprias emoções e dos outros, usando esse conhecimento para orientar os pensamentos e comportamentos. Agora a pergunta que não quer calar, possuímos inteligência emocional?

                      Alguns possuem, mas a grande maioria das pessoas passa uma vida inteira sofrendo por não ter desenvolvido essa inteligência, focamos nossas crianças a aprenderem o máximo sobre tudo, mas não ensinamos a desenvolverem suas emoções, muito pelo contrário, é exigido que sejam escondidas as emoções e sentimentos, a criança que chora ou que fala o que sente é sempre excluída do grupo. Estamos criando adultos emocionalmente adoecidos e inseguros, sem falar nas doenças e distúrbios que essa negligência causará.

                      Precisamos encarar os momentos de dificuldades com mais leveza, aprender a olhar o todo e não somente a parte que nos interessa. É preciso melhorarmos os relacionamentos interpessoais, o respeito com o outro é tão importante como o respeito com nós mesmos. Essa habilidade de olharmos com amorosidade para aquele que sofre e para os nossos sentimentos é algo que leva uma vida inteira para ser desenvolvido. 

                     Não se pode exigir de uma criança inteligência emocional, afinal ela ainda está em desenvolvimento, mas sim no adulto, se ele por algum motivo não desenvolveu inteligência emocional, será preciso fazer terapia para entender o motivo pelo qual ainda permanece na infância, ou seja, está brigando com suas emoções e sentimentos para não crescer, muito provável essa pessoa se acha superior aos demais e sempre dirá que o erro vem dos outros, ele está sempre certo. Seu ego é gigantesco.

                     Uma inteligência emocional desenvolvida favorece o bom relacionamento entre as pessoas, permitindo um maior entendimento das relações pessoais e a melhor interação ou comunicação no trabalho e no dia a dia. Só há vantagens em desenvolve-la.

                      A inteligência emocional influência de forma positiva na saúde física e mental. Ela previne transtornos psicológicos como a ansiedade e depressão, bem como os distúrbios psicossomáticos. Sem falar que pessoas com essa capacidade desenvolvida são muito valorizadas nas empresas e roda de amigos, quem não quer por perto alguém equilibrado e com bom senso, que consegue discernir e ter clareza de pensamentos em qualquer situação.

                      A maneira mais eficaz de desenvolver inteligência emocional é o autoconhecimento, faça terapia para analisar suas emoções, seu sentimentos e suas reações, dessa forma você conseguirá entender o que os outros sentem e pensam, ampliará sua mente para o auto amor e aceitará que estamos todos em aprendizado constante, ninguém sabe tudo.

O real propósito da fé

                Atualmente as principais faculdades já estão incluindo em sua grade de estudos a fé. Na última década uma infinidade de estudos já confirma que aquele que tem fé vive mais e melhor do que aquele que não acredita em nada. Os estudos mostram os benefícios da fé em relação a saúde com embasamento científico.

              Quem pratica alguma religiosidade aceita muito mais fácil uma doença ou morte de um  familiar do que aqueles que acreditam somente naquilo que é palpável. Pessoas com fé, após receber um diagnóstico de doença, apresentam níveis menores de inflamações e estresse, aceitam a doença como forma de limpeza ou melhora espiritual, enquanto que os não possuem fé, acreditam que isso é punição, castigo por algum ato impensado.

               Segundo os médicos, o paciente com fé, possui mais recursos internos de lidar com a doença, confia no tratamento e está mais aberto a mudanças do que outras pessoas. A fé realmente pode mover montanhas, que não precisam ser físicas, mas de fundo emocional, como o próprio Mestre já nos disse: ''tua fé te curou''.

               A fé também tem uma relação íntima com a felicidade. Um grande estudo feito na Europa mostrou que pessoas espiritualizadas e com fé no futuro são mais satisfeitas com a vida que levam, enfrentam as dificuldades com maior discernimento e não costumam se abater facilmente. Por outro lado, quem não acredita em nada tem muito mais propensão ao pessimismo e a ansiedade, pois pensam demais e agem de menos.

                Pessoas com fé sabem que o que é seu cedo ou tarde chegará, são mais abertas intelectualmente, tendem a manter a calma quando a grande maioria está surtando, acreditam na recompensa dos valores morais, sabem que existe um momento certo para tudo, a grande maioria das pessoas espiritualizadas não se apegam aos bens materiais, usufruem deles, sabendo que tudo é passageiro.

                A genética também ajuda a explicar a origem da fé, o geneticista americano Dean Hamer causou rebuliço no meio científico em 2004, ao anunciar a descoberta dos genes da fé, ou como ele preferiu chamar de o gene de Deus. Batizado de VMAT2, trata-se de um conjunto de genes que ativam substâncias químicas que dão significado as nossas experiências. Esses genes atuam no cérebro regulando a ação dos neurotransmissores, como a dopamina, ligada ao humor e a serotonina, ligada ao prazer.

                Exames de neuroimagem mostram a atividade das crenças espirituais no cérebro. É possível avaliar o impacto da fé ao analisar imagens cerebrais de freiras rezando, monges budistas meditando. Foi detectado um aumento significativo de atividades nas áreas relacionadas a emoção e comportamento, sem falar na redução na área relacionada a quem somos, ao seja, no que acreditamos que somos. 

               A diminuição de trabalho cerebral nessa região específica, representa a possibilidade de atingir com uma certa medicação um estado em que se perde a noção de individualidade, espaço e tempo. ''Você se torna um único ser com Deus ou com o universo'', escreveu o cientista Andrew Newberg. A ciência ainda não pode provar que Deus existe, mas pode medir os efeitos da crença no divino nas pessoas.

               A religião é o começo do entendimento da fé, uma forma de praticar através de dogmas e regras específicas, para que um dia possamos adentrar a verdadeira espiritualidade,  que é a busca para compreender as respostas ou as questões sobre a vida. A espiritualidade é algo íntimo e único que cada um de nós pode sentir, confiar e acreditar.

               A fé não está diretamente ligada a religião, mas quase sempre adentra a este caminho, a busca do autoconhecimento é uma das formas de ter fé sem religião ou sem estar preso a um dogma ou ritualística. A fé vem da certeza, da confiança em algo maior, não necessariamente em velas, incensos, imagens ou teologias. Quem tem fé é mais feliz, mais tranquilo e está sempre observando os sinais que o universo lhe dá.

Uma história de natal

                    Era inverno e fazia muito frio, Paulo e sua irmã Maria estavam ansiosos com a chegada do natal. Os dois brincavam juntos enfrente a lareira que aquecia o ambiente. Seu pai descansava em sua cadeira de balanço de olhos fechados, mas atento ao que as crianças faziam. Paulo movia seu trenzinho para frente e para trás e sua irmã brincava com uma boneca.

                  -Papai quantos dias faltam para o natal? - Perguntou Paulo.

                  -Amanhã será véspera de natal, viajaremos para a casa de campo e nos divertiremos muito com a neve, saboreando as delicias que sua mãe está preparando.

                  -Não vejo a hora de brincar na neve, esse ano você deixa eu te ajudar a montar o boneco de neve? - Perguntou Maria um tanto ansiosa.

                  -Sim, mas você precisa seguir minhas ordens para que o boneco fique bem feito.

                  -Você é o melhor irmão de todos. - Disse Maria abraçando o irmão.

                  Ele sorriu orgulhoso, enquanto seu pai continuava a se balançar na cadeira. As horas vão passando e a noite vai chegando, todos foram dormir. Na manhã seguinte Paulo acorda cedo, está ansioso para viajar, vai tomar o café da manhã.

                  -Onde está a Maria mamãe? Ela sempre acorda antes.

                  -É verdade, vou ver se está tudo bem. - Disse a mãe preocupada, enquanto Paulo mordia seu sanduiche.

                  Entre uma e outra mordida no pão, Paulo pensava em quanto adorava essa época, viajar para a casa de campo, fazer bonecos na neve, brincar com as crianças da região, era o ápice das férias de fim de ano para ele, sua felicidade estava completa. Mas seus devaneios foram interrompidos com um grito estridente de sua mãe.

                  -Miguel, venha aqui, rápido.

                  Paulo viu seu pai correr rapidamente para o quarto e logo após passa pela porta com sua irmã desmaiada no colo.

                  -O que aconteceu papai?

                  -Sua irmã teve outra crise de asma, precisamos ir imediatamente ao hospital. Cuide da casa enquanto vamos até lá, assim que puder mandaremos notícias.

                  Paulo mal podia acreditar, sua irmã teve mais uma crise. Com tantos dias para ficar doente, escolheu logo hoje que eles iriam viajar. Parece que ela gosta de estragar os meus planos. Aborrecido recolhe as louças do café da manhã e vai jogando dentro da pia, a raiva era tanta que bate a xícara e a quebra.

                 -Mais essa agora. -Falou em voz alta enquanto recolhia cuidadosamente os cacos de vidro.

                  Sua irmã era assim desde que nasceu, vive doente. Antes dela aparecer a vida era pacata, os brinquedos eram só seus, não precisava dividir com ninguém. O quarto era só dele, com os brinquedos que gostava, agora tinha a cama da irmã, tinha bonecas e fitas coloridas. Sem falar que antes só ele tinha a atenção dos pais, agora tudo é pra Maria, afinal é menina e vive doente. Se não fosse o bastante ter que dividir tudo com ela, agora ela está roubando o que ele mais gosta que é o natal.

                   Lavou a louça e resolve voltar para seu quarto, não restava fazer mais nada além de esperar, seria melhor voltar a dormir e esquecer disso tudo. Entra no quarto e dá de cara com a boneca olhando e sorrindo para ele.

                   -Está rindo do que? Não vejo a menor graça.

                   -Queria que Maria não existisse, se não fosse por ela a essa hora estaríamos a caminho da casa de campo, me preparando para brincar na neve, mas estou aqui nessa casa sem graça tendo que olhar para uma boneca que fica sorrindo o tempo todo. Se papai Noel realmente existisse ele atenderia o meu pedido e deixaria que eu fosse feliz no natal, me levaria para a casa de campo e eu poderia me divertir sem que a minha família me aborrecesse e estragasse meus planos.

                   Em meio a tantas queixas e resmungos adormeceu. Após um tempo Paulo acorda e vê tudo escuro, vai tateando até conseguir acender a luz. Para sua surpresa está na casa de campo, a neve está caindo. Num misto de alegria e entusiasmo grita: meus desejos foram atendidos.

                   Veste seu casaco, gorro, luvas e as botas e corre para fora, sente a neve tocar seu rosto com suavidade enquanto ele sorri. Começa a montar o boneco de neve e percebe que a casa está vazia, onde está sua irmã e seus pais. O que teria acontecido com eles?

                   Depois de muito brincar na neve, entra na casa e vê a árvore de natal montada, nem esperaram por ele para montar. Olha para o relógio pendurado na parece e percebe que são 11 horas, todos deveriam estar sentados a mesa para desfrutar da ceia, corre para a cozinha e a mesa está repleta de guloseimas, estava saindo até fumaça do peru, sinal que acabou de ser tirado do forno, mas não tem ninguém na casa. 

                    Como estava faminto, senta-se a mesa e se farta com tantas delicias. Come até sentir-se farto, mas sente falta dos biscoitos engraçados que sua mãe faz. Será que não foi sua mãe quem preparou a ceia? Aquele silêncio é estranho, onde estão todos. A casa vazia não combina com a felicidade que ele sente todos os anos no natal. Havia algo muito errado.

                     Seu semblante iluminou-se ao ouvir a campainha. Eles devem ter chegado. Lembrou que sua irmã estava doente pela manhã, certamente haviam se atrasado, mas finalmente chegaram. Correu até a porta para recebe-los. Paulo abre a porta e se depara com um senhor de barba e cabelos brancos sorrindo para ele.

                     -Não vai me convidar para entrar? -Perguntou o senhor.

                     -Desculpe pensei que fosse minha família.

                     -Mas eu atendi ao seu pedido, pequeno Paulo. Achei que você estaria feliz essa noite, sem sua família, em sua casa de campo, brincando na neve, se fartando na ceia de natal e todos os brinquedos só para você.

                      -Espera aí, você é o papai Noel?

                      -Sim, sou eu mesmo. Não vai me convidar para entrar? Está bem frio aqui fora. -Disse esfregando as mãos.

                       -Claro, entre por favor. Está com fome? Sirva-se a vontade.

                       -Muito agradecido Paulo. Tudo está maravilhoso. -Disse enquanto mastigava. Mas sinto falta dos biscoitos divertidos que sua mãe prepara todos os anos. Eles são realmente magníficos, me fazem sorrir. Ho Ho Ho

                       Paulo estava surpreso com tudo isso, não estava entendendo como chegou ali sozinho e o que acontecia nesta noite mágica. E pergunta:

                       -Onde estão meus pais?

                       - Paulo, você pediu para ser feliz no natal, queria estar em sua casa de campo, queria brincar e se divertir, sem sua família por perto, pediu para que sua irmã não existisse.

                       -Sim, mas eu ...

                       -Seus desejos foram atendidos.

                       -Mas eu não estou feliz. Nem sei o que está acontecendo, me sinto terrivelmente triste, mesmo com todos os meus desejos atendidos. -As lágrimas começam a cair e um certo desespero toma conta de Paulo.

                       -Fique calmo, não precisa chorar, vamos dar um passeio. Pegue seu casaco e venha comigo.

                       Sem saber o que fazer, Paulo segue o papai Noel, entra no trenó e sobrevoam a cidade. A noite está linda, céu azul e estrelas contrastam com o branco da neve, passam por cidades, vales e montanhas, até que o trenó desce e para enfrente a uma casa simples. Olhando pela janela eles podem ver o interior de uma casa muito pobre, uma senhora doente na cama, ao lado uma menina e um menino.

                        A menina chorava, pois estava com fome, sua mãe muito doente adormecida na cama e o irmão tentava consolar a pobre menina. O tempo vai passando e a mãe não resiste. Algumas pessoas chegam e levam a falecida, um dos homens diz pro menino: 

                         -Se você não conseguir alimentar a sua imã, a levaremos para um abrigo, pois você já pode se cuidar, mas ela não.

                         -Não precisa, eu conseguirei cuidar dela. -Disse o irmão com segurança. 

                         Do lado de fora da casa papai Noel e Paulo observam a cena. Mas não eram vistos. Paulo pede ao papai Noel se ele não poderia ajuda-los. Ele não responde, apenas aponta para o menino que acaba de entrar na casa. A menina continuava a chorar de fome enquanto o irmão revirava os armários e não encontra nada. Com lágrimas nos olhos o menino diz:

                         -É noite de natal. Se papai Noel realmente existisse eu pediria um pão que nunca acabasse, para que eu pudesse alimentar minha irmãzinha e eu cuidaria dela para sempre.

                         Papai Noel piscou para Paulo e tira de sua bolsa vermelha o embrulho de um pão mágico. Enquanto os irmãos deitaram-se para dormir. Eles entram na casa e deixam sobre a mesa o presente. Paulo observa a menina e percebe que ela se parece com sua irmã Maria. Eles voltam para o trenó e para a casa de campo.

                         -Papai Noel aquela menina se parece com minha irmã Maria.

                         -Sim Paulo, esse menino era você e a menina sua irmã. Em outra encarnação vocês passaram necessidades e você me fez um pedido, mas prometeu que sempre cuidaria de sua irmã e de sua família. No entanto você não vem cumprindo o prometido nessa atual encarnação.

                          Paulo abaixa a cabeça envergonhado e lágrimas de arrependimento correm pelo rosto de criança. Chegaram até a casa de campo e o trenó para na entrada e Paulo diz cabisbaixo:

                          -Eu quero mudar meu pedido. Quero voltar para minha casa e estar com minha família nessa noite de natal e em todas as outras noites. Não preciso de presentes, brinquedos, neve ou qualquer outra coisa, quero minha família de volta.

                          -Infelizmente só posso atender um pedido por natal, você conhece as regras. O seu pedido deste natal já foi atendido e agora eu preciso ir embora.

                         Papai Noel se despede apressadamente, deixando o menino solitário na porta de sua casa. Paulo olha ao seu redor, vê o boneco de neve solitário que fez com muito carinho para sua irmã e entra na casa vazia e silenciosa. Sente-se triste e desolado, está arrependido de seu egoísmo, só lhe resta dormir. Daria tudo para estar com sua família novamente, dorme em meio as lágrimas.

                          Acorda um tempo depois, levanta e olha pela janela, não acredita que voltou a sua casa na cidade, ainda é dia e vê seus pais chegando com sua irmã, ela está abatida, mas caminha sozinha. Ele sai correndo do quarto para se encontrar com sua família, ele abraça sua irmã e ela lhe diz:

                         -Cheguei mas infelizmente não poderemos ir viajar ou brincar na neve este ano, me desculpe. Será que podemos brincar com nossos brinquedos aqui mesmo?

                         -Acho essa ideia perfeita, não existe nada melhor do que a família.

                         Todos se abraçam e agradecem por estarem juntos. Enquanto isso do outro lado da rua um senhor de barba e cabelos brancos sorrindo diz: Ho Ho Ho

                                              

Envelhecer é algo maravilhoso

                Parece algo natural, com o passar dos anos vamos adquirindo sabedoria e tranquilidade na hora de tomar certas decisões, ou seja, ao ficarmos mais velhos, aprendemos a aceitar a vida como ela é, deixamos de brigar por qualquer coisa e valorizamos o que realmente é importante.

               Com o adiantamento do tempo, os anos vão passando cada vez mais rápidos, percebi que adquiri certa paciência na hora de resolver meus problemas, antigamente queria tudo para ontem, atualmente já não perco meu tempo que é muito precioso com certas reclamações, afinal percebi que o universo tem um tempo diferente do meu e de nada adianta questionar certas situações de acontecerem ou não.

               Não sei dizer se foi a maturidade que me deixou mais calma ou se foram os tropeços da vida, de tombo em tombo a gente vai aprendendo a cair e levantar e no final percebe que isso não é um grande sofrimento, mas sim uma ponte para sermos pessoas mais leves e seguras do que queremos.

               Um dos motivos que me ajudaram a adquirir certa calma e resignação foi a minha espiritualidade, desde muito cedo busco por algo que tranquilize minha alma, conheci quase todo tipo de religião ou doutrina e cheguei a conclusão que minha mente é universalista.                       Gosto de muitas coisas e energias, mas tenho certa aversão a tudo que me tira o direito de escolha, não consigo ter aquela fé cega que certas religiões exigem, não gosto de ritualísticas coloridas e sem muito sentido, em minha opinião o mais importante é a conexão energética, sem falar é claro que a racionalidade tem que prevalecer.               Descobri com a idade que trabalhar é bom e faz parte da vida, mas trabalhar com o que se ama é muito melhor. Fazer o bem sem esperar nada em troca é outro grande aprendizado que só a idade nos traz. Fazer voluntariado e atender alguns pacientes de forma gratuita não me prejudica em nada, muito pelo contrário, sou eu quem mais ganha com isso.

               

                Com o passar dos anos vamos adquirindo consciência de que a vida é algo passageiro, nada é permanente, inclusive nós mesmos. Estamos aqui temporariamente e um dia tudo termina. Muitas pessoas piraram no auge da pandemia por medo de morrer, esqueceram-se que quem morre é o corpo físico, nossa alma é imortal, não irá esquecer quem amamos e nem o que vivemos.

                Você pode estar passando por um momento de dúvidas ou incertezas, mas tenha algo em mente, tudo irá passar, momentos bons não são eternos e nem os ruins. Se algo não vai bem é porque deve ser mudado, é provável que um novo caminho esteja sendo construído neste momento para você, o universo não nos abandona, só nos direciona a algo maior e de novos aprendizados.

                 O incentivo deve vir de nós mesmos, principalmente nos momentos difíceis, não devemos perder tempo pensando, mas sim agindo. Quem pensa demais, faz de menos, esse ditado é muito verdadeiro. Sacode a poeira e dê a volta por cima, você tem muito mais força e coragem do que imagina. Você é um ponto de luz que brilha por onde passar, acredite nisso e siga em frente, dias melhores virão.

O real valor do amor próprio

               O ano está chegando ao fim, o que você fez de bom para você mesmo? Neste ano você se valorizou? Criou novas formas de se amar? Confiou em suas intuições ou se estressou pelas decisões tomadas?

               Costumo fazer uma reflexão todo final de ano sobre minha vida, é libertador eliminar da mente certas crenças e falsas verdades que o mundo tenta nos obrigar a aceitar. Somos pessoas em evolução constante e cabe a cada um de nós buscar pelo melhor caminho para sermos felizes.

                Amar a si mesmo é considerado uma parte fundamental para o ser humano ser feliz, mas desenvolver esse amor próprio é um grande desafio. Afinal quem eu quero amar? Qual dos meus ''Eus'' ou ''personalidades'' me sinto confortável em amar? 

                Você pode estar achando estranho minha pergunta sobre qual ''Eu'' devo amar, afinal somos um só. Ledo engano, somos muitos, o apóstolo Paulo disse que somos uma legião. Quem é transparente o tempo todo? Quem não usa máscaras no trabalho, em meio a amigos e até na família para ser amado e respeitado?

                Está percebendo quantos ''Eus'' possuímos? Uma pessoa emocionalmente segura, se sente confiante nas suas decisões. Essa pessoa desenvolveu autoconfiança e isso gerará atitudes, ações e decisões certas, ela confia em sua intuição e raramente entrará em conflitos internos sobre seu modo de viver. Mas quem atualmente está emocionalmente seguro?

                 Quando dizemos que nos odiamos, estamos dizendo para o mundo que não fazemos nada direito, que não somos confiáveis e que não merecemos ser ajudados, portanto se alguma vez passou pela sua cabeça dizer algo do gênero sobre você, mude imediatamente este pensamento. Tudo o que pensamos e falamos cria uma enorme energia de atração, ou seja, você irá atrair mais pessoas e pensamentos que estão na mesma vibração.

                  Amor próprio é aceitar quem realmente somos, com nossas qualidades e defeitos e também com as dificuldades que possuímos. Amar-se significa amar a pessoa que você é, sem egos para atrapalhar. Tudo que está associado ao materialismo, as convenções sociais, os títulos e as máscaras fazem parte do ego, ele quer ter tudo, mas para alma ou espírito que somos o ser é muito mais importante.

                 Ser ético, possuir princípios, ser honesto e bondoso é o caminho para o verdadeiro amor próprio. Para adentrar ao processo do amar-se verdadeiramente é preciso descobrir sua essência, buscar o nível mais profundo de consciência, aceitar quem realmente somos. Lembre-se, você está usando um corpo físico para viver no planeta terra, mas você não é somente este corpo.

                  Somos muito mais do que um corpo orgânico e cheio de necessidades, somos energia, somos almas em busca de aprendizado e evolução. Será que ao chegar no fim dessa jornada terrena estaremos repletos de conhecimento e amorosidade? Ou estaremos ainda em busca de uma felicidade efêmera e cheia de bens materiais?

                  Aproveite o fim do ano para refletir sobre o que você fez por você mesmo este ano, quais foram seus aprendizados, onde você errou e quantas pessoas agregou em sua vida, os amigos verdadeiros são o princípio do amor próprio. É onde aprendemos a respeitar as diferenças e valorizamos quem está ao nosso lado. 

                 Crie o hábito de dizer para as pessoas que você gosta o quanto elas são importantes. Olhe-se no espelho e veja refletido o ser mais importante da sua vida, é por causa desse reflexo que tudo valerá a pena. Ame-se um pouco mais a cada dia e seja feliz.

               

Nossas ações geram consequências

                 Tudo o que pensamos, fazemos e sentimos fica registrado em nossa mente e corpo  espiritual. Somos hoje as consequências do que fizemos ontem, nada passa impune, mesmo que um pequeno desejo reprimido, afinal para o espírito imortal não existe tempo ou espaço que não possa acessar.

                  Confiando nessa primícia de que guardamos tudo e isso nos afetará de forma dolorosa ou não, surge uma pergunta que inclusive é muito atual, será que ao fazermos uma tatuagem em nosso corpo para nos sentirmos bem, trará alguma consequência em nossa mente e corpo espiritual?

                    Não é de hoje que essa dúvida martela na mente de muitas pessoas, afinal fazer tatuagens ou cirurgias para o embelezamento é algo comum e corriqueiro na atualidade. Na questão 621 do livro dos espíritos, Kardec pergunta onde estaria escrito a lei de Deus? E a resposta dos espíritos superiores: na consciência. Ou seja, em nós mesmos. 

                    No livro o mundo maior, psicografia do querido Chico Xavier temos uma aula detalhada sobre a casa mental, nossa consciência. O espírito André Luiz nos explica que a consciência fica em nosso cérebro, ele chamou de super consciente, no lobo frontal da cabeça. Tudo o que vivemos nesta e em outras vidas fica registrado no subconsciente, atualmente sabemos que o subconsciente faz parte do inconsciente, que só conseguimos acessar quando nos desligamos das coisas materiais e focamos em nossa mudança intima.

                     Esse registro gravado de nossas vidas vai moldado nossa maneira de ser, nossa personalidade, é por isso que mesmo criando duas pessoas da mesma forma, elas serão completamente diferentes, pois cada uma tem um manancial de vivências e experiências que gerará uma personalidade diferente.

                     As nossas experiências de ontem e de hoje gravarão em nosso períspirito os medos, traumas e alegrias em nossa próxima vida, isso se refletirá em nosso corpo físico como saúde ou doenças, inclusive há muitos casos de pessoas que nascem com certas marcas pelo corpo, fica evidente que trouxeram isso como lembrança de algo que foi feito.

                     O universo, Deus ou a divindade criadora é soberano e justo, jamais irá nos prejudicar, portanto as leis espirituais ao qual somos submetidos também serão soberanas e justas, nada acontece sem um motivo. Tudo o que criamos com nossos equilíbrios ou desequilíbrios ficará gravado em nossa mente espiritual, que grava automaticamente no períspirito, ao qual fornecerá o modelo para o corpo físico, ou seja, tudo o que fazemos com nosso corpo físico já foi vivenciado ou feito em outras vidas.

                      De certa forma fica claro a necessidade de algumas pessoas em marcar a pele com tatuagens, outras fazem procedimentos absurdos por uma aparência perfeita, o que falar das pessoas que se submetem a regimes alucinantes em busca de uma beleza efêmera, afinal este corpo é só uma roupagem, o espírito é nosso verdadeiro lar.

                      É claro que a saúde deveria ser nossa principal responsabilidade, mas para algumas pessoas a aparência ainda é muito especial. Não entrarei no mérito de certo ou errado, afinal estamos todos em aprendizado constante, mas reflita sobre o assunto, o que realmente é importante para você? O conhecimento, as experiências ou as consequências de seus atos?

                     Se você realmente esta feliz com sua vida, provavelmente não se importará de no futuro conviver com as consequências de suas decisões. Lembre-se que somente você pode mudar o futuro com suas decisões no presente. Como será seu corpo na próxima vida, saudável ou doente?  

Será que sou uma pessoa tóxica?

                A palavra da vez está relacionada a toxicidade, ser tóxico é fazer o mal para si mesmo e para os que estão próximos. De certa forma pelo menos uma vez na vida já fomos tóxicos com nós mesmos ou com outras pessoas, isso pode ter acontecido sem nos darmos conta, mas pelo incrível que pareça existem pessoas que fazem questão de serem tóxicas com todo mundo.

                Um bom exemplo de uma pessoa tóxica é não permitir que os outros tenham suas próprias ideias, deixamos claro que somente o nosso pensar é o correto. Quando criticamos, julgamos e condenamos as ações dos outros, somos tóxicos.

                 Quando exalamos toxicidade queremos dominar o outro, ou seja queremos o controle de tudo, quando você sente ciúmes de forma exagerada, você deseja ter posse dessa pessoa ou situação. Você está sendo tóxico e nem percebe.

                  Sou tóxica quando exijo que façam por mim algo que não cabe a ninguém fazer, além de eu mesma. Quando deixo minha energia negativa dominar uma discussão e exijo que a minha verdade seja a única a ser levada a sério, deixo claro que sou egoísta e não aceito outros ponto de vista.

                  Somos tóxicos quando burlamos o livre arbítrio alheio, forçando o outro a seguir pelo mesmo caminho que nós, tiro o direito do outro de escolher e aprender com seus erros. Somos tóxicos quando queremos ajudar sem o outro pedir por ajuda, quando eu escolho o que o outro deve fazer, estou interferindo nos direitos e deveres que cada um de nós tem com a sociedade.

                    Somos pessoas tóxicas quando compramos o afeto das pessoas com presentes, palavras e elogios, dessa forma sabotamos as chances da pessoa gostar de nós pelo que somos e não por tudo o que podemos proporcionar.

                    Somos tóxicos quando vomitamos nossas tristezas sobre o outro e não aceitamos ouvir seus dissabores. Somos tóxicos quando não permitimos que outro cresça e seja melhor do que nós ou que consiga aprender o que nós não conseguimos.

                    Quando não damos espaço para o outro, quando o sufocamos com nossa forma de agir, quando podamos seus movimentos e emoções, cobramos exageradamente, oprimimos sua forma de ser, sem permitir que essa pessoa seja independente, estamos sendo tóxicos.

                     Somos tóxicos quando acreditamos que o outro deve seguir nossos padrões, modelos, religião, costumes, crenças e até qual profissão é a melhor para ele. Não estamos ajudando ninguém com essas atitudes, muito pelo contrário, estamos transformando a vida dessa pessoa em algo ruim.

                     Somos amigos tóxicos quando geramos conflitos, discórdias e intrigas no grupo ao qual pertencemos. Quando criamos confusão, desunião, fofocas e distorcemos a realidade para prejudicar o outro.

                     Somos pessoas tóxicas quando dizemos uma coisa e praticamos outra, quando enganamos, omitimos e dissimulamos emoções e atitudes. Somos tóxicos quando elogiamos para manipular, louvamos para enganar, enchemos o ego do outro para convence-lo a fazer o que queremos.

                      Somos tóxicos quando criamos expectativas no outro e ficamos magoado quando ele se afasta. Somos tóxicos e na maioria das vezes não percebemos, pois o foco é sempre nós mesmos, deixando de lado tudo o que não é importante, inclusive as pessoas.