terça-feira, 13 de outubro de 2020

A mentira nossa de cada dia

               Falar sobre mentira num país onde cada um age da forma que quiser, onde o certo e errado é coisa de momento, não é atoa que mundo a fora somos conhecidos pelo famoso jeitinho brasileiro. Não sei como é em outros países, pois em alguns a ética é muito valorizada ao ponto de ser obrigatório certos conceitos, mas em países como o nosso em que ainda estamos desenvolvendo a moral, aqui a ética é duvidosa e tende a favorecer sempre aquele que não precisa.
              Ultimamente uma palavra ficou muito conhecida no Brasil, já ouviram falar em fake news? Essa é uma das facetas da mentira, a palavra fake news é bem conhecida nos meios de comunicação, fato ou notícia nova, na realidade não tem nada de novo, mas sim de falso e fora da realidade. Disseminar mentiras dizendo que são verdades não é novidade, mas na atualidade virou uma atividade lucrativa para derrubar governos, estimular o povo sem instrução a fazer passeatas, brigar e destruir patrimônio público, isso sem falar em destruir ou manchar a reputação de pessoas de bem.
               Estamos em ano eleitoral e a mentira, o fake news e a dissimulação é quase rotina em nosso pais. É triste concluir que num pais tão grande como o nosso, com muita diversidade de religiões, etnias e pensamentos seja comum a mentira e falsas promessas.
              Não podemos ter a ilusão de acreditar que só os políticos mentem, lembro-me da história recente de um educador que estava pleiteando um cargo público, sua vida acadêmica foi devastada como pesquisa corriqueira para esse cargo. Para a surpresa geral, o suposto doutor teve inúmeras irregularidades, nem todos os seus diplomas eram legítimos e não existia um certificado de doutorado. Em nosso país é comum pessoas sem doutorado, mas com dinheiro, profissionais da área  médica entre outros serem chamadas de doutores. É a mentira vencendo mais uma vez.
               Existe um ditado assertivo no meio psiquiátrico, alguns mentirosos mentem tão bem e por tanto tempo que realmente acreditam que suas mentiras são verdades indiscutíveis, essas pessoas tem um transtorno mental. Mitomania é o nome dado a compulsão por mentir. Se existe até um nome é porque esse transtorno é mais comum do que imaginamos.
               Do outro lado da mentira tem a verdade, ser autêntico ou verdadeiro também não é bem visto. As pessoas estão acostumadas a ouvirem pequenas mentiras para conseguirem conviver socialmente de forma equilibrada, quando alguém se propõe a falar sempre a verdade, doa a quem doer, normalmente é excluído dos círculos sociais.
              A verdade deveria ser valorizada e não jogada debaixo do tapete. Ser verdadeiro ou autêntico é ser livre para tomar sempre as melhores decisões, é conseguir definir seu caminho sem a necessidade de aceitação dos outros, é conseguir se expressar, viver, sentir e interagir com sua essência, sem medo, ou seja, é ser feliz sem ter que usar máscaras de mentiras ou enganação.
              Segundo Joanna de Ângelis no livro Luz da Esperança '' acostuma-te a ser fiel a verdade, e ela estará à tua frente, abrindo-te os caminhos por onde palmilharás, sem que receie ser por ela seguido, corrigindo as tuas informações e dando a dimensão do teu comportamento, como sucede ao mentiroso.''
              Que a cada dia possamos usufruir da verdade em nossa vida, abdicando gradativamente da mentira para sermos pessoas melhores, mais integras, éticas e morais, afinal é para isso que reencarnamos vida após vida,  sucessivamente procurando novos conhecimentos e aprendizados.  

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Desculpe o transtorno, estou em construção contínua

            Ao longo de nossa caminhada podemos causar transtornos aos que estão próximos, afinal ainda somos seres imperfeitos. Nas esquinas da vida muitas vezes dizemos sem pensar palavras impróprias e sem necessidade.
            É comum agredirmos os que estão ao nosso lado na caminhada, principalmente familiares e amigos íntimos, agredimos sem intenção e as vezes intencionalmente, o fato é que não cuidamos de nossos pensamentos, sentimentos e ações como deveríamos. Não respeitamos o tempo do outro, seus desejos, sua história, tendemos a manter o foco em nós. Queremos acreditar que o mundo gira ao nosso redor, que nossos desejos e atitudes são os que importam, falta-nos empatia e bom senso.
            Causamos transtornos por onde caminhamos, mas devemos concluir que estamos em construção. Em uma reforma ou construção, deve-se usar um tijolo por vez, assim como na vida, devemos viver um dia de cada vez. Somente assim o templo de nossa história vai ganhando vida.
             Somos a nossa prioridade, mas não podemos esquecer o outro que está ao nosso lado, também tem sua história, sua vida e está em construção. E como estamos no mesmo barco, no mesmo caminho, no mesmo planeta, ele também irá causar algum transtorno para nós.
              Um tijolo que cai de uma construção pode derrubar uma parede, assim como uma decepção ou mágoa pode mudar o rumo de nossa caminhada. Outras vezes durante essa construção contínua o cimento pode respingar em nosso rosto, sujando-o, da mesma forma que nossos erros podem manchar uma vida inteira ou separar amizades.
               Precisamos aprender a limpar nossa mente das dores e mágoas, limpar para que nossas feridas possam cicatrizar e eliminar de nossa construção qualquer detrito desagradável. É preciso dedicação e tempo para cuidar de nossas emoções adoecidas, para num futuro eliminar o egoísmo de nossa caminhada.
               Muitas vezes somos quem erra, noutras é nosso companheiro de viagem terrena, há momentos em que nós dois erramos, precisamos compreender que todos em algum momento erram e acertam, ninguém é perfeito ainda.
              Se errei, se magoei, se feri, me desculpe o transtorno, estou em construção contínua. 
              Hoje sou melhor que ontem, amanhã serei melhor que hoje. Vivo hoje as consequências do que plantei, do que construí, mas minha intenção é ser sempre melhor.
               Que possamos desenvolver empatia para conosco e com os que circulam ao nosso redor, amor próprio e caridade em todas as situações. 
               Sejamos luz, mesmo quando a escuridão teimar em permanecer ao nosso lado, gratidão como forma de aprendizado, mesmo quando cometemos erros ou desviamos do caminho, afinal estamos em construção.

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Pegue sua cruz e me siga

         As religiões cristãs dizem que Jesus veio nos salvar, que Deus sacrificou seu filho mais amado para a salvação da humanidade. Precisamos sermos salvos do quê? Ou de quem?
         Se a humanidade tivesse mudado, se o mundo fosse diferente, talvez esse pensamento religioso fosse verdadeiro. Mas ainda temos muito o que melhorar, o nosso planeta ainda tem doenças incuráveis, calamidades, epidemias, pandemias e terremotos; e nós humanos, mesmo com todos os avanços da ciência e moralidade, ainda estamos longe dos conceitos que Jesus pregou no curto período de tempo que por aqui esteve.
          Existe uma reflexão que ninguém faz, se nós fossemos o pai de uma grande família, com muitos filhos e dentre eles um é bom no sentido amplo da palavra, você sacrificaria ele em beneficio dos outros que tem moral duvidosa?
          Se seguirmos os ensinamentos a risca, foi isso que aconteceu com Jesus. Eu não acredito que um pai ou mãe sacrificaria um filho em beneficio de outros. Se nós que somos humanos, temos uma visão limitada de tudo, jamais faríamos isso, imaginem Deus, que é o criador.
          Jesus veio para nos mostrar o verdadeiro caminho do amor, da caridade e do perdão. Veio nos mostrar que aqui é só um momento, que a vida continua, afinal como ele mesmo disse: ''há muitas moradas na casa de meu Pai, se assim não fosse, eu vos diria.''   
           Jesus não fundou nenhuma religião, quando disse:'' sobre essa pedra edificarei minha igreja'', foi dito igreja e não religião. Igreja em grego que era a língua mais falada naquela época, é Ekklesía, que na tradução é eu chamo ou eu convoco. Será que nossas religiões seguem essa regra de chamar ou convocar os devotos para a mudança?
           A igreja na sua concepção deveria unir, mas as religiões separam. Segundo Divaldo Franco as religiões são o ópio das massas. A união deveria ser nossa meta, mas atualmente tudo é motivo para separação, começou-se com a cor, a raça, o gênero e só Deus sabe aonde isso vai parar, quando na realidade somos todos humanos, feitos de carne e osso.
           O espiritismo que nasceu como uma doutrina, infelizmente tem se tornado uma religião, onde existem dogmas, normas e regras a serem seguidos. Kardec quando recebeu essa doutrina maravilhosa dos espíritos superiores, disse que o intuito era estudar, pesquisar e unir o conhecimento com a ciência, somos humanos e ainda cometemos erros, mas é preciso mudar isso. Precisamos nos conectar com a essência divina que sempre habitou em nós, da qual viemos e para qual voltaremos.
           Conforme o título onde uso as palavras do Mestre, pegar sua cruz é escolher o seu caminho, desenvolver a moral, a ética e o bom senso e vá aonde seu coração te levar. Que possamos usar os aprendizados do Cristo para nossa evolução, para nosso aprimoramento.
            Estamos no planeta terra por um curto período de tempo, somos espíritos milenares e imortais. Nosso lar é o universo. Pegue sua cruz, suas dores, seus temores, suas alegrias e aprendizados e siga pelo caminho do bem, rumo a um mundo melhor, com a certeza que cada um de nós tem seu papel no grande livro da vida. Pegue sua bagagem espiritual e viaje por planetas, universos e mundos espirituais. 

sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Fazer tatuagem é certo ou errado?

         Com o surgimento da humanidade no planeta terra, surgiram também costumes, rituais e manifestações em épocas e momentos diferentes, marcar a pele com desenhos e símbolos sempre esteve presente em quase todas as religiões e seitas. Atualmente tatuar o corpo é algo comum, existem relatos de casos de múmias com desenhos gravados em sua pele com mais de 5000 anos, isso sem falar nos papiros que trazem escritos a forma como eram tatuados os corpos dos reis e seus fiéis escravos para despertarem após a morte.
           Há relatos nos livros espíritas sobre locais onde se reúnem certas seitas no plano espiritual, afinal sabemos que iremos aonde nossa vibração nos levar. Se aqui no plano físico já participamos de grupos e locais onde nos sentimos bem, após a morte iremos continuar em meio àqueles com quem nos sentimos a vontade, a morte não muda nada, somente mudamos de dimensão.
            Segundo a doutrina espírita só levamos desse corpo os aprendizados, as emoções e sentimentos. Sendo a tatuagem algo que acrescentamos em nosso corpo e não algo que já nasceu gravado como sinal de nascença, poderíamos dizer que elas não nos definem e não iriam conosco para o plano espiritual. Mas por outro lado, se as vezes trazemos gravado em nosso corpo uma marca de outras vidas, quem pode dizer com certeza absoluta que as marcas que nós escolhemos permanecerão no corpo físico?
            Tudo que está relacionado ao passado e futuro é uma incógnita, não temos certeza de nada, afinal depende do sentimento vinculado a situação, a emoção e até mesmo a tatuagem. Há casos de pessoas que trazem lembranças dolorosas de outras vivencias, outros sonham com situações e as terapias regressivas nos dizem que geralmente cometemos os mesmos erros por diversas encarnações até que algo desperta em nosso íntimo e conseguimos mudar.
             Para o espírito imortal as encarnações são estágios para novos aprendizados, se faz bem para o ego marcar o corpo para imortalizar algum sentimento ou emoção, isso não é problema, mas sim uma forma de expressão. Nem todos conseguem falar o que vai em sua alma, expressar as emoções é tarefa árdua para muitos, portanto não julgue, respeite o momento de cada um.
             Somos seres únicos e nossa individualidade é algo maravilhoso. Se formos nos encontrar em outra dimensão que seja pela sintonia do amor e não por marcas em nossa pele.   

domingo, 27 de setembro de 2020

Luto na visão espiritualista

            ''Ante os mortos queridos, faze silêncio e ora. Ninguém pode apagar a chama da saudade. Entretanto se choras, chora fazendo o bem. A morte para a vida é apenas uma mudança. A semente no solo mostra a ressureição. Todos estamos vivos na presença de Deus.'' Emannuel, Chico Xavier, livro Fonte de Paz.
           Não há quem nunca sentiu saudades dos que partiram. Mesmo para nós que acreditamos na vida pós morte, a saudade dói e dilacera a nossa alma. Saudade é uma palavra típica da língua portuguesa, refere-se a quem fica solitário, sem a pessoa que ama por perto. O sentimento saudade remete-se a melancolia, saudade do que se foi, do que se viveu, das pessoas com quem viveu.
           Todos nós que passamos por essa experiência humana e física, sabemos que é temporária, um dia voltaremos para casa e reencontraremos nossos entes queridos. Por mais triste que seja essa separação, devemos confiar na justiça divina, afinal somos espíritos presos em um corpo, quando esse corpo dorme o espírito se liberta e vai encontrar nossos amores.
           Sabemos que a vida continua, não existe morte para o espírito, mas mesmo assim quando alguém que amamos morre é comum entrarmos em desespero, isso se deve ao apego e a falta de confiança na espiritualidade. É claro que a presença de quem amamos não é mais sentida, mas nos resta os bons momentos que partilhamos, é nisso que devemos nos apegar.
            Temos a sensação de vazio sem fim, nos falta animo para continuar a vida, nada consegue preencher o espaço que ficou. Vivenciar esse momento de luto é necessário e muito saudável, mesmo quando nos sentimos derrotados e até descontrolados, é preciso chorar até esgotar nossa saudade e sofrimento. Afinal sofre quem fica e sofre quem voltou para o plano espiritual.
             Todos precisamos de um tempo para nos adaptarmos a nova forma de viver, para os que aqui permaneceram, cabe a nós aprendermos a viver com a saudade e a falta, para os que se foram, terão que viver sem nós também. Cada ser que vive aqui na terra mais cedo ou tarde terá que passar por uma provação dessas, afinal esse sofrimento também é um aprendizado.
             A melhor forma de passar por esse momento é se apegar as lembranças, aproveitar intensamente cada momento em que estamos na presença de quem amamos, agradecer a oportunidade de ter estado um tempo junto desses entes queridos e orar. A oração nos conecta com Deus e com  nossos amores.
             Tente manter sua mente focada nos dias maravilhosos de convivência, nos aprendizados que esse familiar deixou, esse é o grande legado que precisamos valorizar. O seu amor criará uma conexão inviolável e indestrutível, atravessando paredes e indo de encontro até a dimensão onde alguém que amamos estiver.
              Preste atenção aos seus sonhos, aos cheiros, aromas e perfumes que surgem do nada, as lembranças que teimam em aparecer em nossa mente, na grande maioria das vezes são nossos amores nos intuindo ou sinalizando, para demonstrar que estão próximos e pensando em nós. 

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Cuidado com o fanatismo

          Faz parte de nós seres humanos a procura pela felicidade, pelo bem estar; desejamos ardentemente prosperidade e muitos amigos verdadeiros. Gostamos de estar em meio aos que pensam e agem como nós, mas as vezes este querer nos leva por caminhos tortuosos, beirando ao fanatismo.
           O ano é 2020, vivemos atualmente uma pandemia mundial, onde o medo de contrair uma doença que pode levar a morte física nos prende em casa. O ser humano gosta de convívio e liberdade, quando essas alternativas são tiradas o animal irracional que ainda vive em nós aflora com todo o seu potencial dominador e destrutivo.
           Aquela pessoa calma e serena desaparece e o medo unido ao isolamento tende a causar fanatismo desenfreado. Alguns querem obrigar o mundo a ser, pensar e agir da forma como eles acreditam ser a certa. A partir do momento em que a minha vontade é a que deve prevalecer, algo não está bem.
           O fanatismo sempre esteve presente no mundo, principalmente no meio religioso, foram séculos de guerras em nome de Deus, pela melhor raça e por domínio dos menos favorecidos. Existe o fanatismo pelo esporte, onde a prioridade é sempre ver quem é o melhor, isso sem falar em política, onde os ideais deveriam ser para o povo que os elegeram e não por brigas entre si, como se o momento atual de pandemia que valoriza o medo, já não fosse suficiente.
             Existem pessoas que tem o dom da palavra, conseguem convencer muitos de uma realidade que quase sempre não existe, vocês lembram o que aconteceu em 1979 na Guiana? Onde 918 pessoas cometeram suicídio ou foram assassinadas nem templo religioso comandado por um pastor que se dizia socialista. 
             Hoje em dia o fanatismo está um pouco mais velado, ou seja, está disfarçado de ideologia religiosa, política e até de gêneros. Até quando iremos precisar passar por esse tipo de atitude? Será que precisamos realmente de líderes para nos dizer o que certo ou errado? Será que um dia conseguiremos ter discernimento, coerência e respeito com quem pensa diferente?
             É tanta gente fazendo um desserviço para a sociedade que as vezes o desanimo toma conta. Fanatismo, racismo, charlatanismo e outros ismos sempre estiveram andando ao nosso lado, seja na religião, política, no meio acadêmico e científico; a única forma segura é a instrução, povo que estuda tem discernimento de opinião.
             O esclarecimento repele o entusiasmo cego, precisamos aprender a observar com frieza, clareza e calma, evitando o caminho da vitimização, das ilusões e mistificações. É imprescindível termos cuidado com a boa fé, nossa e das pessoas que nos cercam, as vezes precisamos abrir os olhos, questionando antes de aceitar qualquer coisa como certa ou verdadeira.
             A fé cega vai aos poucos cedendo lugar para a fé raciocinada, que nos oferece a oportunidade de cultivarmos bons sentimentos e percepções do que circula ao nosso redor. O discernimento nos preserva de uma exposição ao ridículo, ao extremismo e fanatismo que nos deixam alheios a realidade, bom senso e equilíbrio.
             Crie o hábito de reavaliar os dois lados de qualquer situação, olhe com olhos livres de preconceitos, dogmas ou frases feitas. Aprenda a pensar, questionar e refletir por si mesmo. Jamais aceite uma verdade sem antes estuda-la por todos os ângulos, esse é o melhor caminho para uma vida equilibrada e plena. Seja feliz com suas decisões hoje e sempre....

          

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

O espírito pensa, o perispírito vibra e o corpo torna realidade

          Os pesquisadores de doenças digestivas do renomado centro médico Mount Sinai de Nova York encontraram um novo órgão no corpo humano. Essa descoberta só aconteceu por causa de um novo equipamento de endoscopia que está em uso no hospital e consegue ir a lugares onde outros equipamentos não podem. 
           Após anos de pesquisas, chegou-se a conclusão que existe uma unidade e singularidade de estrutura ou de função do fluido intersticial, fluido esse que compõe de 20% do líquido do corpo humano. Este fluido intersticial que também é chamado de líquido intercelular se forma durante a circulação do sangue, juntamente com alguns glóbulos brancos, sai dos vasos sanguíneos sob pressão um pouco de líquido que entra no espaço das células corpóreas( espaços intersticiais).
           Esse fluido intersticial circunda as partes do corpo que se movem, como a pele e os pulmões. Sabe-se que não são tecidos conectivos densos, são compressíveis e distensíveis ocupando os espaços cheios de fluidos, isso pode inclusive ajudar a ciência a entender como o câncer caminha pelo organismo.
            Para nós que acreditamos na vida pós morte física e somos reencarnacionistas, sabemos que nosso corpo biológico é um espelho do corpo perispiritual. Num futuro quando a ciência entender que o corpo não é somente um emaranhado de pele, órgãos e células, talvez entenda o motivo das doenças.
            O perispírito ainda não está sendo estudado de forma cientifica por falta de equipamentos e instrumentos, será preciso entender a estrutura de funcionamento do psicossoma. Afinal no corpo humano existem corpos espirituais e uma mente que volita entre o físico e o extrafísico.
             Vivemos em uma realidade mental espiritual que gera um impulso criador, que se projeta no corpo perispiritual para depois crescer no corpo físico. Em outras palavras, o espírito pensa, o perispírito vibra e o corpo torna realidade. Seguindo por essa linha de raciocínio, concluímos que o processo imunológico, que neutraliza qualquer doença, inclusive o câncer, é resultante de um trabalho permanente de nossos pensamentos, sentimentos e emoções no bem, na prática da solidariedade, fraternidade e perdão, atributos estes do espírito imortal. Mas não podemos deixar de lado as ações compulsórias e escolhas desse espírito em passar por alguma doença para liberar emoções tóxicas do passado, é complicado dizermos o que é certo ou errado em termos espirituais.
               Existem certos cientistas que desconfiam da existência do principio espiritual e tentam de alguma forma comprovar que a matriz geradora faz parte do mecanismo de geração orgânica genética, ou seja, herdamos doenças de nossos antepassados através de células doentes. Os bem feitores espirituais nos dizem que o psicossoma tem função organogênica, que permite a formação do próprio organismo e seu funcionamento em harmonia com os códigos genéticos. 
                O espírito através de suas vivências pretéritas que ficam gravadas no perispírito, influência o citoplasma que é a sede das forças fisio psicossomáticas juntamente com as funções endócrinas, pois esta fixado no sistema nervoso central e enraizado profundamente no sangue, sendo o modelador definitivo da célula. Em palavras fáceis, tudo o que aprendemos de bom permanece gravado em nossa mente espiritual, aquilo que ainda precisa ser aprendido aparece como distúrbio ou doença que mais cedo ou tarde irá surgir em nosso corpo físico.
                Nossa mente espiritual gera um impulso criador para o psicossoma que transmitirá ao corpo físico, ou seja, nossos pensamentos podem criar uma realidade de saúde ou doença. Cabe a você escolher qual o melhor caminho que deve ser seguido, nossas ações, emoções e pensamentos é que definirão uma vida longa e saudável. Cuide de sua mente, faça o auto burilamento de suas ações, aprenda a controlar pensamentos e emoções e viva um dia de cada vez. Seja a sua melhor versão.
              

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

É possível ser feliz sozinho?

          Falar de felicidade é fácil, o termo ou a sensação de felicidade, subintende-se que é estar ao lado de alguém que amamos, mas falar de felicidade sozinho já é outra história, não cabe no conceito humano. Gostamos de estar junto de outras pessoas e a convivência em sociedade nos diz que só somos plenos e felizes dessa forma, será possível ser feliz sozinho?
          Viver ou estar só quase sempre remete-se a solidão, que atire a primeira pedra aquele que nunca  sentiu-se só. A solidão nem sempre está associada a sofrimento, mas sim ao que realmente vai em sua mente, afinal podemos estar fisicamente sós e nos sentirmos bem, por outro lado, quantas pessoas sentem solidão em meio a uma família gigante?
           A solidão não deveria ser vista sob o ponto de vista negativo, há necessidade e utilidade em aprendermos a conviver com nós mesmos, seja no aspecto saudável do ser humano em realmente se conhecer e também no aspecto espiritual. A verdadeira mudança começa quando aprendemos que somos muito mais que um corpo físico, com órgãos, pensamentos e emoções.
           Quando a solidão é entendida pela ótica humana, ou seja, para nosso beneficio fica evidente que precisamos parar um pouco para nos conectarmos com a essência que vive em nós. É importante conhecermos nossas emoções, nossas reações em determinadas situações para que possamos ter controle maior de nossa vida.
          Aprender a ter prazer desfrutando de nossa própria companhia é uma das melhores formas de auto conhecimento. Não há qualquer problema em viver só e sentir-se bem. É no silêncio que buscamos a identificação do EU interno e eterno.
          A grande reflexão que deveríamos fazer é se a solidão incomoda por falta de outras pessoas ou se é nossa mente que grita tão alto, que precisamos de barulho externo para não ouvi-la. A solidão é saudável e necessária, mas se estar sozinho gera em você sentimentos angustiantes, fobias, insônia e medos, aí será preciso ajuda médica, pode ser alguma síndrome patológica. 
           Aprender os prazeres solitários da vida nos liberta da obrigação de estarmos na companhia de alguém que por vezes não nos deixa confortável. Você já passou por momentos de interação com determinada pessoa e passou mal ao ponto de se arrepender de ter saído de casa?
           É comum nas interações sociais, em família, no meio religioso e entre amigos o controle de nossas emoções, comprometimento com o bom senso e o bem estar, abrirmos mão de nós mesmos e aceitarmos ou fazermos coisas que normalmente não faríamos. 
           No momento em que aceitarmos que podemos viver bem e felizes sem dependermos de ninguém, daremos um grande passo em relação ao respeito de nossas ações e emoções, adentrando ao auto conhecimento e amor próprio.
           Adquira o hábito de refletir, de estar só consigo mesmo, aceite que você é uma pessoa em construção diária. Hoje somos melhores do que fomos ontem. Ame-se, respeite-se e seja feliz.
            

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Sonhos lúcidos são raros

           Sonhar é algo natural, bebês sonham, animais sonham e nós também, tão natural e automático como comer e dormir. Porque então alguns tem sonhos lúcidos e até premunitórios e outros não se lembram de nada?  
            Os questionamentos e dúvidas em relação aos mundo dos sonhos vem desde a antiguidade, é de interesse universal decifrar os conteúdos que acessamos através dos sonhos. Filósofos, psicanalistas, psicólogos  e estudiosos dedicam boa parte de seus estudos para conseguir entender um pouco mais sobre o que o inconsciente está trazendo para o consciente. 
             O termo sonho lúcido se refere a percepção consciente que temos de um determinado estado ou situação, muitas vezes vivenciamos nos sonhos momentos que gostaríamos de experimentar acordados. São experiências, sensações e emoções tão vividas e claras que fica difícil acreditar que não vivemos realmente.
              Sob o ponto de vista científico, a neurociência deixa claro que a lucidez dos sonhos faz parte dos fenômenos psicofísicos, resultante da atividade cerebral humana quando estamos no sono REM, ou estado mais profundo do sono. Há cientistas que dizem que sonhar de forma lúcida é igual a sonhar sabendo que estamos sonhando.
              Aristóteles já falava sobre sonhos lúcidos em sua época, Santo Agostinho, Tomás de Aquino e muitos outros intelectuais já afirmavam  que a nossa consciência sabe que está num sonho. Quando o sonho é lúcido conseguimos manter nossa capacidade de reflexão e senso critico, a partir disso podemos direcionar o sonho, ou seja, somos diretores e atores ao mesmo tempo. Podemos criar, ampliar e modificar totalmente a realidade e o contexto. Quantas vezes você conseguiu mudar a situação de forma racional em seu sonho?  
              Sonhar de forma lúcida é como tudo na vida, depende de um treino diário, quanto mais lúcidos forem seus pensamentos e emoções, mais fácil será projetar nos sonhos nossas vontades e certezas. Da mesma forma que não se aprende a ler de uma hora para outra, não se pode querer controlar o mundo inconsciente se não controlamos nem nossas emoções.     
               Na psicanalise o sonhos são formas de acesso ao que vai no inconsciente, é uma forma de se descobrir a si próprio, entender sobre nossas reações, nossa personalidade, acessar aos medos e sentimentos profundos. É comum encontrarmos solução para nossos problemas através dos sonhos, muitos inventores dizem que sonharam diversas vezes com suas invenções antes de serem construídas. Conseguimos encontrar respostas para nossas questões mais íntimas quando acessamos os porões da alma.  
               É um grande desperdício não prestar atenção aos sonhos lúcidos, afinal os sonhos são uma das formas de auto conhecimento, a outra forma é a terapia. Quem busca por ajuda especializada sempre é recomendado a prestar atenção aos sonhos, pois muitas vezes não temos coragem de dizer ou fazer certas coisas, mas nos sonhos somos o que realmente queremos ser.
               Do ponto de vista espiritual, os sonhos são o desprendimento do espírito, o corpo dorme e o espírito de liberta das amarras que o prendem e vai a lugares onde vivencia situações que nem sempre podem ocorrer no plano físico. Sonhos lúcidos são presentes que a espiritualidade nos dá, é a prova de que a vida continua em outras dimensões, e se trazemos lembranças é para nosso aprendizado ou ajuda em algum momento difícil.
              Crie o hábito de anotar os sonhos, reflita a respeito e tente entender o que seu inconsciente está lhe dizendo. Sonhos são a forma que seu espírito ou alma encontrou para se comunicar com você.

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Será que as provações são consequências de nosso passado?

            Em tempos de pandemia, de isolamento social, uma noticia tem sido recorrente nas mídias sociais, a violência cresceu dentro de nossos lares. O que move uma pessoa a humilhar, violentar de forma física ou moral outro ser humano?  
           Sabemos que o mal ainda vive dentro de cada um de nós, tentamos diariamente a mudança íntima, mas alguns não conseguem e na maioria das vezes nem estão dispostos a eliminar essas más tendências. O espiritismo nos diz que o hoje é consequência do passado, será que realmente tudo o que acontece é porque erramos no passado ou nossas ações e caminhos nos levam a ciclos viciosos?
               Aconteceu um caso que remete a reflexão, uma menina de sete anos foi violentada sexualmente por seu tio numa cidade do interior do Mato Grosso. A mãe levou a menina para ser atendida no hospital mais próximo, a médica se recusa a atender, segundo ela por questões religiosas; a médica acreditava que a menina pediu por isso de alguma forma, que sua energia sexual atraiu o tio abusivo e por isso não iria fazer o atendimento, afinal tudo estava na programação reencarnatória dessa menina.

             Que religião é essa que diz que uma criança merece um sofrimento desses? Quem somos para decidir se algo ruim que aconteceu é merecimento, carma ou necessário para nossa evolução? Que hipocrisia é essa de nos acharmos superiores e decidirmos a vida dos outros?

              A família da menina processou a médica e ganhou na justiça uma indenização por danos morais, para a lei vigente, a médica praticou ato ilícito, gerando danos emocionais e morais na criança, sem falar que extrapolou os limites da conduta social.
              É absurdo pensarmos que um estupro ou uma bala perdida são consequências de nosso passado, há males que nos ajudam a recomeçar e mudar o caminho, mas é certo que nem tudo está programado, não podemos saber o que vai na mente de quem circula ao nosso redor. O mal vive na mente de cada ser que pensa e age por impulso. 

             Em se tratando de encarnação não existe certo ou errado, determinadas atitudes são consequências de nossas ações, outras são acasos e uma boa parte de tudo o que acontece está relacionado ao meio ao qual vivemos, da mesma forma que não podemos afirmar que alguém nasce com alguma deficiência, que isso é prova ou expiação. 

                Muitos espíritos escolhem passar por momentos difíceis para galgarem maiores níveis evolutivos do que conseguiriam se tivessem uma encarnação mais leve. As vezes nós mesmos escolhemos determinadas situações, doenças e provas complicadas para que o aprendizado seja gravado em nossa mente e espírito de forma limpa e segura.

                É preciso eliminarmos de nossa vida os julgamentos, devemos ajudar sem questionar ou tecer comentários, afinal quem de nós tem certeza de algo realmente? Estamos todos em aprendizado contínuo, nada é 100% correto, então cuidado ao tecer comentários ou julgamentos. Somos juízes de nossas ações somente.
      

   

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Sentimentos de dor

           Desde o surgimento da primeira bactéria, a primeira planta, mineral, animal e após o ser humano como conhecemos hoje, alguns sentimentos, sensações e emoções fazem parte da jornada ao qual convivemos. 
           O amor é o maior de todos os sentimentos, foi pela bondade divina que fomos criados a imagem e semelhança do Pai. Nascemos, morremos e reencarnamos sucessivas vezes para desenvolvermos o amor em cada célula de nosso corpo espiritual.
            Estamos sujeitos a lutas e aprendizados constantes a cada ciclo de vida. A terra, as plantas, os mares e rios, o ar que necessitamos respirar para permanecermos vivos, tudo isso unido as pessoas que convivemos são partes existenciais no desenrolar dos dramas, soluções e alegrias que a humanidade terrena precisa se adaptar para crescer e desenvolver-se emocionalmente e espiritualmente.
            As vezes a dor nos acompanha, ela segue os nossos passos, fica na espreita nas esquinas do caminho. É como uma imagem constante em nossa mente, o sofrimento que dilacera a alma, uma dor que muitas vezes parece interminável e um medo terrível de não conseguir, de se sentir impotente, parece um peso enorme em nossas costas. O sentimento de dor é um olhar penetrante que sempre está lá para nos dizer que não temos o controle de tudo.
            Em momentos de sofrimento deveríamos nos perguntar o porque de tanta dor? Será uma prova, um aprendizado, uma expiação ou punição? Seria um resgate dos erros do passado e das faltas cometidas? 
            Se refletirmos com coerência e razão, chegaremos a conclusão que a dor é uma lei de equilíbrio e educação. É claro que as falhas do passado recaem sobre nós com todo o peso e muitas vezes determinam certas situações em nosso destino atual. O sofrimento não é, na maioria das vezes a repercussão das violações que foram cometidas, o sofrimento não será eterno, mas sim necessário para nosso desenvolvimento emocional e progresso espiritual; ou seja, reclamar não adianta nada, é preciso sair do papel de vítima e assumir novas formas de pensamentos e ações.
              Faz parte de nosso aprendizado convivermos com o sofrimento, a dor é uma forma de desenvolvermos empatia. Quando sofremos ou passamos por momentos de sofrimento, ficamos mais maleáveis e emocionalmente motivados a procurar por mudanças. Que bom seria se pudêssemos aprender isso sem o sofrimento.
              Segundo Léon Denis no livro O problema do ser, do destino e da dor: ''O sofrimento, por sua ação química, tem sempre um resultado útil, mas esse resultado varia infinitamente segundo os indivíduos e seu estado de adiantamento. Apurando nosso envólucro material, dá mais força ao ser interior, mais facilidade para se desapegar das coisas terrenas. E nas pessoas mais adiantadas em seu grau de evolução, atuará no sentido moral. A dor é como uma asa dada a alma escravizada pela carne para ajuda-la a desprender-se e a elevar-se mais alto.''
              Que nossos sofrimentos sejam asas que nos elevem a altos voos, que a dor abra nossas mentes e corações para o amor, a bondade e a caridade. Aproveite a dor para evoluir e não para se fechar em medo e sentimentos de vitimização. Seja forte, seja feliz. O rumo da sua caminhada está nas suas mãos, assuma as rédias da sua vida.
             


domingo, 30 de agosto de 2020

Esclarecendo dúvidas com os espíritos

              Tenho recebido muitas perguntas relacionadas a saúde física e emocional, muitas pessoas não estão conseguindo assimilar o momento atual de pandemia. Resolvi entrevistar alguns espíritos para obter respostas do plano espiritual.
              Optei por fazer um trabalho de pesquisa, conversei com muitos espíritos em graus diferentes de lucidez espiritual e transcreverei as respostas mais coerentes. A grande maioria dos espíritos responderam através de palavras parecidas, mesmo os que ainda estão envoltos no véu da matéria, ou seja, eles conseguem entender melhor do que nós a situação atual do planeta.
       -Porque alguns adoecem e outros não? 
        -A doença começa na mente e espírito para somente depois desenvolver-se no corpo físico. A mente espiritual é quem adoece primeiro, através dos pensamentos desequilibrados, sentimentos de apego e domínio, emoções negativas e tóxicas. Nada acontece sem um motivo já pré examinado e estipulado, a doença é um desajuste do espírito que explode no corpo físico.
          -Há casos de pessoas boas e saudáveis que adoecem e chegam a óbito muito rápido e de formas dolorosas, isso já estava programado antes da reencarnação?
             -As vezes sim, as vezes não, nada é tão fixo que não possa se alterado conforme a necessidade. Peguemos o seu caso, você por motivos que não importam no momento sabia que um dia teria câncer, estava programado para acontecer mais tarde e muito provável em decorrência da doença desencarnaria. Mas, sua atitude mental e emocional mudou nos últimos anos, ouve uma dedicação maior ao trabalho espiritual, abdicou de certas situações dúbias, retomou seu caminho no bem e para o bem dos que circulam ao seu redor; em decorrência disso houve uma mudança estratégica para que pudesse permanecer trabalhando por mais alguns anos. Podem chamar de moratória, mas na realidade é assumir o controle de seus atos. A grande maioria das pessoas vem e vai sem mudar nada, quando alguém decide fazer mais, nós ajudamos da forma que for possível.
               -No meu caso eu entendi, mas como explicar para uma família, em que seu ente querido era uma pessoa boa e fazia o bem e faleceu de forma abrupta por uma doença que surgiu do nada?
               -As doenças não surgem do nada, como já dissemos as doenças não começam no corpo físico, elas afloram após vidas de tentativas de erros e acertos. Se formos observar de forma racional é merecimento adoecer e morrer rapidamente, você já percebeu que existem pessoas que vivem entre a vida e morte diariamente. Se houve adoecimento é porque foi preciso, precisamos eliminar de nossa vida o conceito castigo, somos espíritos milenares tentando mudar nossas ações vida após vida, essa é a verdadeira realidade.
                -Como podemos evitar doenças como o coronavírus? 
                -A maior doença é da alma, se seus pensamentos estão adoecidos você será contaminado de várias formas. O contágio de qualquer vírus é pela proximidade, ou seja, se for possível fique longe de quem está contaminado, os cuidados são importantes tanto na esfera orgânica como espiritual. No planeta terra, respiramos atualmente um ar cheio de poluição, bactérias e vírus, os humanos estão tratando muito mal o planeta que lhes acolheu, lixo em excesso, muitos veículos circulando, desmatamento, descuido com a água que é uma fonte limitável e necessária ao bem estar. Se formos falar do contágio espiritual e emocional veremos que é ainda pior, não cuidamos e de certa forma até ignoramos as emoções e as energias espirituais, já encarnamos num corpo com nossa mente adoecida, o que vier após é somente consequência.
               -Qual o melhor procedimento para não cairmos nas garras do medo?
               -Em primeiro lugar abrir a mente, adquirir conhecimento de várias ângulos, atualmente não existe perfeição no planeta, os concentos de certo e errado muitas vezes dependem da situação, há coisas que são corretas hoje e amanhã não mais. A energia ou vibração do medo é dominadora, bloqueia nossa razão, restringe nosso emocional e controla nossa saúde.Tente transformar a emoção do medo em auto amor, quem se ama se cuida. Aquele que estuda, muda seu pensar, agir e sentir, essa é a grande barreira de proteção que deveríamos focar. Falar em higiene em pleno 2020 é quase um retrocesso, sabemos o deve ser feito e não fazemos, o erro é de quem?
                 Enquanto continuarmos a pensar que somos só um corpo que adoece e morre nada mudará em nossa mente espiritual. Somos viajantes e estamos de passagem por aqui, ninguém é dono da verdade ou de outra pessoa. É preciso desenvolvermos coerência para não criticar, disciplina em busca de conhecimento e amor próprio, a aceitação deve fazer parte de nossa vida. Quando questionamos o porque de certos desafios, angustias e doenças, queremos na realidade controlar algo que não temos controle, estamos no lugar certo e no momento exato para nossa mudança emocional, espiritual e física, a vida no planeta terra é de aprendizados.
                 Eu sou a luz que guia o meu caminho, o perfume que energiza minha alma, a sabedoria que nasce, cresce e floresce em minha mente espiritual é consequência dos meus atos e emoções equilibradas. Assuma o controle de sua vida, vibre luz, amor e serenidade, somente assim você irá atrair saúde e aceitação.
            
            

      

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Autoconhecimento é a chave para uma vida mais leve

          Quando Jesus falou: ''Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás de tirar o argueiro do olho do teu irmão.'' Ele já falava de autoconhecimento, não se pode ajudar ou recriminar o outro se não passamos pelos mesmos desafios e se não formos melhores.
            Aquele que reflete, chega a conclusão que o autoconhecimento é a melhor ferramenta de mudança interna e equilíbrio físico, emocional e espiritual, afinal não somos somente um corpo, somos seres espirituais vivendo temporariamente em um corpo.
            Nossas emoções ditam certas atitudes, nem sempre positivas, afinal o bem estar está associado ao que pensamos, agimos e sentimos. O equilíbrio mental é a união do corpo físico com o espiritual. Nosso espírito ou alma aprende coisas novas e solidifica o que já absorveu vida após vida, através de experiências que vivencia no plano físico e espiritual.
              Somos a união e consequência de nossas vivências e aprendizados. A ilusão que disseminamos de nós mesmos é um dos empecilhos para termos uma vida equilibrada. Ilusão, medo, egoísmo e muitas outras facetas fazem parte do ego adoecido, que costumam nos atormentar e dificultar nossa mudança interna.
              Parece que é mais fácil olhar os erros e defeitos dos outros, do que olhar para nós mesmos. Alguns podem dizer que é egoísmo, mas digo que é medo. O medo de descobrirmos que não somos perfeitos, como costumamos induzir os outros a pensar, este é sem dúvida o nosso maior bloqueio para desenvolvermos o autoconhecimento.
              Santo Agostinho dizia que conhecer-se é a chave para o progresso individual, tinha por hábito fazer uma reflexão a noite sobre seu dia, muitos acreditam que essa atitude é o começo para o autoconhecimento, refletir é ótimo, mas começar por pequenas e verdadeiras mudanças é muito melhor. Kardec junto com os espíritos na codificação do espiritismo complementa afirmando que a reflexão de forma interrogativa de nossas ações e atitudes é mais precisa do que qualquer máxima.
              A grande mudança começa no momento que conseguirmos ver o mal que ainda existe em nós e desistirmos de procurar nos outros os defeitos que ainda praticamos. Olhar para dentro é julgar-se a si mesmo, de certa forma é imaginar um grande espelho e nos olharmos friamente, sem julgamentos e preconceitos. É ver com olhos sinceros, afinal tendemos a ver com olhos fechados e cheios de conceitos pré estabelecidos, olhar com caridade e discernimento é olhar com amor.
              Existe uma técnica terapêutica que costumo usar em consultório para desenvolver auto amor e iniciar o autoconhecimento, é a técnica do espelho que consiste em se olhar de forma serena e profunda. Como você realmente se vê refletido no espelho?  Sua visão é real ou deturpada por tudo o que circula ao seu redor?
               A grande maioria das pessoas não consegue se ver realmente como são. Muitos tem medo do próprio reflexo, preferem focar sua caminhada terrena na vida agitada como forma de fuga da realidade, vivem com medo do sofrimento, se acostumam com a falta de empatia e acabam por criar mentes deturpadas de uma ilusão do que realmente são. Somos espíritos vivendo uma experiência humana procurando por nosso melhoramento espiritual através das reencarnações. Evoluindo moralmente e espiritualmente a cada nova existência em meio a  amigos e familiares. Só conseguimos aprender quando estamos perto de pessoas que amamos.
               Saia do comodismo e procure se reinventar a cada manhã, crie o hábito de olhar-se interiormente, fiscalize suas emoções, seu agir e sentir. Somente você pode mudar o rumo dos seus acontecimentos, medite, ame-se, interiorize-se, faça terapia, respeite-se, procure por ajuda e use o perdão ao seu favor. Seja feliz hoje, amanhã e sempre...

           

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Você aceita críticas?

         Até hoje não conheço ninguém que gosta de ouvir críticas, há os que já amadureceram ao ponto de ouvi-las e filtrar os pontos positivos sem se abalar.  Certa vez, em uma conversa entre chico Xavier e o espírito Emmanuel sobre esse assunto, seu mentor lhe diz: ''Se as críticas são verdadeiras não reclame, se forem falsas, nada de ligar para elas.'' Quem de nós consegue não ficar chateado ou até com raiva quando ouve uma crítica?
         Para aprendermos algo com as críticas recebidas é preciso um certo discernimento, olhar para a situação de fora, sem levar para o lado pessoal, analisar racionalmente a questão e tentar sempre ver o lado positivo. Essa é a melhor forma de não sofrer tanto.
           Resolvi escrever sobre esse assunto, porque passamos atualmente por uma pandemia mundial, muitos foram obrigados a ficar em casa e tentar fazer seu trabalho em meio aos afazeres domésticos, aos filhos pequenos que na falta de aula querem um atendimento diferenciado.
           Parece que o dia não tem mais 24 horas, afinal são tantas coisas para fazer que nos falta tempo. Por maior tempo que consigamos dedicar ao trabalho, parece que ele nunca fica perfeito. Como cobrar perfeição de uma pessoa que está se desdobrando para se adaptar a nova  forma de vida?
           Observo alunos estressados, pais nervosos e professores entrando em colapso; donos de empregas desesperados por não conseguirem pagar os salários de seus funcionários, isso sem falar nas pessoas que tem emprego informal e dependem de sua criatividade para conseguir equilibrar receitas e despesas. 
            Se alguém sai para trabalhar é criticado, se fica em casa é duplamente criticado, será que existe certo ou errado? Quem realmente se dispõe a ajudar? Me parece que existem muito mais pessoas reclamando e recriminando do que fazendo algo por quem precisa.
            A sociedade, os empresários, os dirigentes e os governantes não priorizam o verdadeiro bem estar, que é o mental. A grande maioria das pessoas está exausta de tanto trabalho, de tantas críticas e reclamações. Que tal você começar a fazer pequenas mudanças em prol de seu bem estar?
           Comece priorizando o que for mais importante, aprenda a delegar sempre que puder, faça uma rotina de estudos, deveres e trabalho, não acumule , tente otimizar seu dia para não sobrecarregar sua mente. Tire alguns minutos para respirar e fazer um breve alongamento, tenha horários para se alimentar, jamais pule refeições ou permaneça muito tempo sem comida ou água. Nosso corpo é composto de 70% água, quando você não se hidrata constantemente seu cérebro fica mais lento e você muito mais cansado e estressado. Quais são suas prioridades?
            Neste momento, o que é mais importante em sua vida? Críticas ou saúde emocional? 
            Quando estamos bem, geramos saúde física, mental e emocional. Dormimos tranquilamente, nos alimentamos de forma saudável e coerente, sem excessos ou distúrbios. Nossas energias são equilibradas e consequentemente suprem as necessidades. A felicidade, a tranquilidade e confiança estão presentes em nosso dia a dia.
             Cuide der seu pensar, seu falar e agir, somente assim terá uma vida leve, tranquila  e feliz.    

terça-feira, 11 de agosto de 2020

Você já ouviu falar na melhora da morte?

           Se estou condenado, não estou somente condenado à morte, mas também a defender-me até a morte. Franz Kafka

            É comum ouvirmos que certas pessoas que estão passando super mal, melhoram por alguns minutos ou horas e depois morrem, porque isso acontece?

            No ano de 1857 surgiu o primeiro esboço do livro dos espíritos, com muitas perguntas relacionadas a vida e morte, nos esclarecendo sobre as leis divinas, morais, materiais e espirituais. Alguns anos depois, em 1869 foi lançado o livro o céu e o inferno, revelando o estado mental das almas ou espíritos após a morte. Com depoimentos de espíritos felizes,  espíritos em situações espirituais medianas, espíritos que viveram e permanecem no caminho do mal, espíritos de suicidas, criminosos que se arrependeram e outros que nem pensam nessa hipótese. Estes depoimentos nos trazem a certeza que ao morrermos continuamos de onde paramos, ninguém se torna santo ao deixar o corpo físico.

              A doutrina espírita nos trouxe uma outra palavra para definir essa mudança vibratória e de dimensão que é a morte física, no lugar da palavra morte que significa fim ou termino, usamos desencarnação, ou seja, saída do espírito ou alma de um corpo físico. Essa saída deixa claro que não existe fim, mas sim um recomeço no mundo espiritual.

               Muitas vezes precisamos passar por tormentos relacionados a dores e doenças físicas, esses momentos são dolorosos tanto para quem está doente quanto para seus familiares, o aprendizado é de todos. Quando alguém que amamos sofre é comum pedirmos que seja aliviado sua dor, normalmente questionamos o porque dessa doença e qual seria o motivo para não melhorar.

               Quem tem o mínimo de conhecimento espiritual, sabe que infelizmente não possuímos o poder de anular ou modificar certas situações, se estamos passando por momentos difíceis é porque precisamos aprender algo. Normalmente a família, inconscientemente prende o ente querido aqui na plano terreno,  precisamos da presença e convívio de quem amamos, mesmo que essa pessoa esteja muito debilitada, temos a ilusão de que o nosso amor pode curar. Há casos em que isso é possível, mas nem sempre podemos driblar a morte.

               Nos casos em que não conseguimos raciocinar de forma serena, a espiritualidade faz por nós, ocorre a melhora da morte. O familiar dá sinais de uma melhora, nem que seja muito sutil, para os que estão próximos relaxarem; por alguns minutos o doente consegue se libertar dos laços amorosos que o prendem e volta tranquilamente para o mundo dos espíritos, onde terminará sua recuperação e cuidará de seus familiares de outra dimensão.

              Para quem fica a dor é sempre grande, para quem vai também. Afinal, mesmo aqueles que acreditam na vida pós morte física, a saudade é contínua e não temos mais a sua presença, o seu abraço, o seu sorriso ao nosso lado. Mas é preciso aceitar, tudo tem seu tempo e vamos nos encontrar logo, estamos só de passagem pelo planeta terra, enquanto alguns tem uma passagem rápida e muito produtiva, outros precisam de um tempo maior.

             Somos centelhas divinas e estagiamos em planetas e dimensões para aprendermos coisas novas, para sermos seres melhores a cada encarnação, mas nossa verdadeira casa é o universo espiritual.  Se você está passando por um momento difícil, não reclame, não questione, mas sim agradeça a oportunidade, agradeça os anos que passou ao lado desse espírito abençoado que precisou voltar para casa antes que você. Lembre-se dos momentos felizes, dos anos de convivência, do amor envolvido, lembre-se do sorriso e dos abraços. É melhor viver por um período curto do que nunca ter vivido. 

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Aconteceu numa sessão de terapia

            Quando digo que trabalho em consultório terapêutico com hipnose e regressão, muitas pessoas manifestam o desejo de passar pela terapia da regressão. Existe um misticismo em relação ao passado, ao que foi vivido. O desejo de tratar as deficiências emocionais quase nunca é o verdadeiro motivo da ida ao consultório.

      Cada sessão é um aprendizado novo para mim e para quem vem em busca da melhora emocional, hoje irei divulgar como foi uma sessão para o tratar medo por locais fechados. Maria, nome fictício, tem 36 anos e um pavor absurdo de entrar em locais fechados, andar de elevador já é uma tortura. Maria foi ao ginecologista e descobriu alguns nódulos em seu seio, nos exames tradicionais aparecia algumas manchas escuras, seria preciso uma ressonância magnética.

             No dia marcado, ela foi até a clínica e no momento em que visualizou a máquina entrou em pânico, começou a chorrar e saiu correndo de lá. O médico disse que não teria outra alternativa, precisava do resultado da ressonância para poder agendar a cirurgia e ela deveria fazer o mais rápido possível e de forma consciente, ou seja, nada de calmantes para fazer o exame.

            O desespero já tomava conta de Maria, foi quando o marido sugeriu procurar um terapeuta para tentar resolver essa situação. João, marido de Maria tinha um amigo que anos atrás passou por momentos de pânico e conseguiu se curar com a hipnose, ligou para seu amigo e conseguiu o telefone da terapeuta.

            Eles precisariam viajar para a capital, eram 300 km que separavam Maria da melhora emocional. No dia e hora marcada o casal estava aguardado na sala de espera, Maria estava um pouco ansiosa, afinal eram anos de medo e agora isso seria resolvido. Desde a primeira conversa com a terapeuta que aconteceu por telefone, Maria sentiu uma afinidade enorme, era como se as duas já se conhecessem, tudo foi previamente discutido, assim como quais seriam os procedimentos, a explicação  foi minuciosa  e com antecedência  para gerar tranquilidade.

            Após uma conversa, é pedido que Maria deite no divã, passaria por um relaxamento e a indução a hipnose. Assim que ela adentrou em transe hipnótico já começaram as induções verbais para que se imaginasse próxima a máquina de ressonância magnética. A princípio Maria deveria se visualizar olhando e tocando a máquina, essa era a forma dela perder o medo. Após, iria se imaginar fazendo o exame, foram muitas idas e vindas mentais em que Maria fazia o exame, saia da sala e retornava; até se sentir segura e sem medo.

          O tempo todo ela estava consciente e tranquila, ouvia a voz da terapeuta e seguia tudo a risca. Em determinado momento, ao sair da sala de exame, Maria disse que visualizava uma porta que não tinha visto antes, a terapeuta perguntou:

           -Você gostaria de abrir essa porta? O que sente ao se aproximar?

           -A porta me parece familiar, escuto alguém me chamando, vou entrar.

         Para a terapeuta isso não era novidade, Maria sem perceber entrou em regressão. Ela entrou no novo ambiente e disse ver uma criança.

           -Me descreva essa criança e o ambiente.

        -É um quarto infantil, muito parecido com o que eu tinha quando criança, nossa tem até uma boneca igualzinha a que eu tinha.

          Ela foi descrevendo os brinquedos, os móveis e no final disse que com certeza era o seu quarto. Se via naquela criança de dois anos.

            -O que aconteceu com você nessa idade? 

           -Não sei dizer, não tenho nenhuma recordação de antes dos meus 5 anos. Mas ao olhar para essa criança, sinto medo, pavor na realidade.   

           Fiz mais uma contagem para que ela tranquilizasse e pedi para avançar no tempo alguns minutos, a resposta de Maria foi muito rápida e assustadora.

            -Não consigo respirar, me ajude.

      -Maria, eu estou ao seu lado, lembre-se que só estamos observando, conte-me o que está acontecendo com a criança?

           -Ela se virou rapidamente e o cobertor a cobriu totalmente, ela está presa, não consegue respirar e tudo está escuro. O que eu faço para ajuda-la? 

          O pavor estava no rosto de Maria, um misto de medo, angustia e desespero tomava conta dela. Com calma e segurança falei

          -Respire calmamente e observe.

          -Tem alguém chegando perto do berço, é minha mãe, bem mais jovem, ela desenrola o cobertor e eu consigo respirar.

          O rosto de Maria fica tranquilo e sereno, ficamos mais alguns minutos observando e ela percebeu que a criança dormia profundamente com a mãe ao seu lado. Após os procedimentos para ressignificar essa memória, a trago de volta do transe. Explico que aqueles segundos em que ela ficou presa com o cobertor criaram o medo em sua mente, sempre que ficava em lugares fechados inconscientemente acessava aquela lembrança dolorosa.

         Conversamos por mais alguns minutos e ela saiu do consultório totalmente relaxada. Foi embora e no outro dia pela manhã faria o exame. Assim que fez o exame me ligou, contou que foi bem tranquilo e não sentiu medo. Disse-me também que andou sozinha de elevador, coisa que nunca havia feito. Ela perguntou para sua mãe se algo estranho tinha acontecido com ela durante a noite quando tinha dois anos, a mãe contou a mesma história que ela tinha visualizado em nossa sessão. Passados alguns dias me liga para dizer que a cirurgia foi um sucesso e que já estava em casa se recuperando. Atualmente fazem dois anos da consulta, já terminaram as quimioterapias e ela está ótima.  

         Cada sessão é uma nova história e um novo aprendizado, não estamos vivendo aqui no planeta terra por imposição, mas sim por necessidade de melhorarmos, para eliminarmos nossas más tendências, para aprendermos a sermos pessoas melhores e felizes. Não faça terapia por curiosidade, faça para se tornar uma pessoa mais equilibrada e desenvolver o auto amor.

       

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Para onde vai uma pessoa que passou sua vida agindo no mal?

               -Meu tio era uma pessoa horrível, batia em minha tia e primos, bebia muito, tinha várias amantes e agora morreu. Como é a vida dele no mundo espiritual?
               Essa pergunta foi feita por uma frequentadora da casa espírita ao qual sou voluntária. É complicado explicar para alguém que não tem conhecimento sobre o mundo espiritual. Não deixamos de ser o que somos quando nosso corpo morre, pelo contrário, todas as aptidões, sejam elas boas ou ruins são afirmadas com a morte. 
                A maior ilusão criada por nós humanos é que a morte nos torna melhores, somos o que somos, ninguém será santo se já não era. O que costuma acontecer é que muitos vestem uma máscara tão perfeita que ao morrer chegam no plano espiritual acreditando que aquela máscara irá com eles, ledo engano, não tem como esconder o que está gravado em nossa mente ou o que sentimos.
               Aqui na terra onde a energia é densa e pesada muitas vezes não conseguimos discernir o certo do errado, mas no plano espiritual onde a fala nem sempre é importante, mas sim os pensamentos, nada fica escondido, qualquer espírito lê nossa mente e percebe nossas imperfeições de longe.
               A frequentadora que fez a pergunta queria saber se seu tio estava sofrendo, afinal muitas religiões pregam isso. A dúvida dela era se ele estava no umbral ou tinha ido a cidades mais evoluídas. Seria contra senso e até ignorância dizer que ele está bem, uma pessoa que fez maldades não pode estar num plano elevado, muito provável está entre outros que pensam e agem da mesma forma, afinal sabemos que a lei da sintonia é o que define para onde vamos e quem somos.
              Minha resposta foi baseada nos livros, não sou o tipo de pessoa que irá mentir ou iludir ninguém sobre assunto nenhum, o conhecimento é para todos, indiquei alguns livros para ela ler e entender como é o pós morte.
              Fiquei curiosa para saber por onde andava aquele homem, em minhas preces noturnas pedi para ir ver como pessoas que foram péssimas aqui na terra estão no plano espiritual. Como havia uma caravana indo a planos mais densos, tive a permissão de ir junto e ajudar no trabalho de limpeza e mudança energética.
              Para os amigos que ainda tem ilusões sobre o despertar espiritual, posso dizer que o trabalho nas esferas extrafísicas não para nunca, pelo contrario, uma revolução está acontecendo na dimensão que chamamos de umbral. Os vales e cidades umbralinas inferiores estão sendo revitalizados constantemente, os espíritos que por lá viviam estão sendo levados para hospitais e colocados em coma induzido para serem encaminhados a reencarnação compulsória.
              O trabalho está sendo intensificado por causa da transição planetária, daqui alguns anos não existirá mais umbral da forma como foi escrito a 100 anos. É por isso que estamos sendo obrigados a conviver com tanto mal, tanta corrupção, doenças físicas, mentais e emocionais. Tudo faz parte da mudança energética do planeta e isso interfere na vida dos que estão encarnados e dos desencarnados.
              Após a retirada dos espíritos das cidades umbralinas, é dissolvido todo o habitat que foi criado pelas formas mentais e pensamentos vinculados ao mal e ao prazer. Tudo se transforma em pó, os engenheiros e arquitetos espirituais reconstroem novas cidades, novos prédios, casas, árvores e parques. O trabalho é lindo e maravilhoso de se observar. A mente é criadora e pode transformar a escuridão em luz.
              Minha curiosidade no plano espiritual não tem fim, queria ver o procedimento ao qual os espíritos estavam sendo levados. Fomos a uma cidade onde existem milhares de hospitais, segundo me disseram, todos com o mesmo fim. Eu acompanhava um grupo de visitantes que foram convidados a observar para posteriormente divulgar, está na hora de mudarmos nossa vibração e disseminar a verdade é uma das melhores formas.

             Cada espírito que foi retirado daquele local é levado para salas coletivas, para quem já foi visitar alguém internado ou ficou em uma UTI, conseguirá entender como são essas salas. Em média 50 macas separadas por um espaço pequeno, cada maca envolta em uma máquina que se parece com aquelas de ressonância magnética, só que maior, pois o espírito ficava totalmente dentro do equipamento, aqui no plano físico só entra a parte de nosso corpo que precisa passar pelo exame.
            Ainda bem que eles estão adormecidos, dá um certo mal estar observar isso, para os que tem claustrofobia seria complicado. Disseram-me que esse equipamento faz com que ele se esqueça de tudo o que de errado fez, apaga-se da memória espiritual esse conteúdo para que em sua próxima encarnação recomece sem nenhuma aptidão para o mal. É muito mais do que o famoso véu do esquecimento.
            É a forma que a espiritualidade amiga criou para que este espírito que por muitas vidas sintonizou com o mal perca o interesse e realmente possa recomeçar. Certos espíritos terão sua última oportunidade aqui no planeta terra, afinal nenhum filho é deixado para trás.
            Fiquei encantada com essa tecnologia e o trabalho enorme que a espiritualidade está fazendo em prol da mudança planetária, nós realmente não sabemos de quase nada. O universo é muito maior do que imaginamos e ainda tem gente que acredita que só existe vida inteligente na terra. Cuidado, você pode ser o próximo a usar esse equipamento e apagar de sua mente suas tendências e crenças limitantes. Comece hoje sua mudança, leia mais, questione sempre e tente ser o seu melhor a cada instante.